31 de março de 2011

Fazer




A maioria de nós comete um equívoco brutal, que é confundir "realizar" com "pensar em realizar".

Outra expressiva maioria confunde "seguir" com "caminhar". Quando se segue, não se tem a correta consciência do certo e tampouco do errado.

Quando se segue, não se pensa; portanto, não se avalia.

O melhor aprendizado é aquele em que o indivíduo (portanto, único e não dividido) consegue entender seus equívocos e evolui com esta análise.

Desta forma, a tarefa mais importante de um ser humano é, sem qualquer dúvida, saber pensar, lembrando que a evolução vem com a implementação e a realização de suas tarefas.

Nossas existências no planeta são concedidas com muito custo e são para que aqui venhamos com a finalidade de REALIZARMOS e, assim, aprendermos.

Só resgataremos, só seguiremos ir em frente de forma inteligente, se realizarmos e, portanto, aprendermos a forma correta de concluir uma tarefa.

Os que nada fazem... Nada aprendem. Os que seguem podem se tornar fanáticos, obtusos.

Os que querem em pouco tempo acham que o dinheiro é tudo.

Os que se envolvem em criticar, um dia vão perceber que pouco ou nada progrediram.

Os que só lêem e nada aplicam, são meras culturas inúteis.

O que efetivamente precisamos é aprender como nos comportarmos, não fazendo aos outros o que não queremos que façam para nós.

O que poucos se dão conta é que hoje somos o fruto das decisões que tomamos até ontem. Portanto, somos o único timoneiro do nosso barco.

Dias atrás, conversei com uma moça que para poder se ver livre da mãe, que era uma eminente adestradora, casou com um rapaz... Deu certo o casamento? Claro que não.

Nossas crenças é que nos impõem limites. A forma como somos educados ou adestrados é que nos faz estacionar, ou impulsiona a evolução e o nosso crescimento. É nossa inércia que, igualmente, nos estabelece limites.

Entre no Google, e comece a se perguntar: O que sou eu? Que planeta é esse? Que vida é esta que estou levando? Qual o tamanho da minha ignorância?

Feito isso, comece a decidir a seu favor. Não siga ninguém... Um dia, faz anos, vi um catador de lixo em Florianópolis que tinha escrito em seu carrinho:

"Não me siga, também estou perdido!

Faça o mesmo. Siga a sua intuição. Aprenda a decidir a seu favor, e deixe de permanecer perdido.



Saul Brandalise Jr.

30 de março de 2011

A idade e a mudança




Mês passado participei de um evento sobre o Dia da Mulher.

Era um bate-papo com uma plateia composta de umas 250 mulheres de todas as raças, credos e idades.

E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e, como não me envergonho dela, respondi.

Foi um momento inesquecível...

A plateia inteira fez um 'oooohh' de descrédito.

Aí fiquei pensando: 'pô, estou neste auditório há quase uma hora exibindo minha inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho? Onde é que nós estamos?'

Onde não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado 'juventude eterna'. Estão todos em busca da reversão do tempo.

Acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas.

Há um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de senhoritas mesmo em idade avançada.

A fonte da juventude chama-se "mudança".

De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora.

A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamentos, é ter disposição para guinadas.

Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos.

Mudança, o que vem a ser tal coisa?

Minha mãe recentemente mudou do apartamento enorme em que morou a vida toda para um bem menorzinho.

Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras, que havia guardado e, mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada, rejuvenesceu.

Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou passear, sem temer ficar sozinha aos 65 anos.

Rejuvenesceu.

Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai à praia sempre que tem sol.

Rejuvenesceu.

Toda mudança cobra um alto preço emocional.

Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza.

Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face.

Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna.

Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho.

Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar.

Olhe-se no espelho...


Lya Luft

De quem você é refém?




Há alguns dias, tendo de tomar uma importante decisão no meu universo profissional, comecei a me sentir incomodada com algo, mas sem saber o que, exatamente. Sentia-me sem vontade de trabalhar, me dispersando por qualquer motivo, improdutiva. Resolvi me observar; queria descobrir o que estava me deixando irritadiça, como se estivesse contestando alguém ou alguma coisa.

Numa tarde, conversando com uma amiga descobri! Enquanto contava sobre como vinha me sentindo nos últimos dias, inclusive porque ela mesma dizia perceber que eu não estava dando o retorno de sempre, ‘a ficha caiu’: estava me sentindo refém!

Mergulhei neste sentimento... Refém de quê? De quem? A troco de quê? Quanto deveria ser pago pelo meu resgate, a fim de que eu me sentisse livre? Quem pagaria?

Segundo o Aurélio, ‘refém’ significa: Pessoa importante que o inimigo mantém em seu poder para garantir uma promessa, um tratado, etc.. Achei esta definição perfeita, formidável. Era exatamente isso que estava acontecendo. E fiquei pensando que a maioria de nós se torna refém de algum inimigo durante boa parte de nossa vida.

Mas que inimigo? Não tenho inimigos!, você poderia argumentar. E eu afirmo, com certeza, que se não estivermos atentos, teremos um inimigo em potencial muito mais perto do que imaginamos: uma parte de nós mesmos, seja em forma de pensamentos negativos, de crenças limitantes, de promessas ultrapassadas, de tratados que já não fazem sentido, ou simplesmente de desejos que não valem o preço do resgate.

Traduzindo melhor, esses inimigos podem ser escolhas que garantem aquisição de bens materiais – uma casa ou um carro, por exemplo; podem ser comportamentos para obtenção de fama ou reconhecimento de alguém ou a crença de que agindo de determinada forma seremos amados; a aceitação inconsciente da ilusão de que somos o que vestimos, o lugar onde frequentamos, e assim por diante.

Claro... tudo isso tem sua importância, sem dúvida! Mas desde que você seja sempre o mentor de cada uma dessas crenças e afirmações. Desde que você seja comandante de suas ações, dirigente de seus passos e tutor de suas escolhas – cada uma delas – durante todos os dias de sua vida, lembrando que a sua verdade de hoje pode simplesmente se tornar uma mentira amanhã... e que isso, na maioria das vezes, se observarmos com os olhos do coração, não é de todo ruim.

Por fim, é bom começar a considerar que a partir do momento em que você age sem respeitar seus verdadeiros sentimentos, sem levar em conta sua missão, seus dons e seus valores, torna-se refém de si mesmo, torna-se seu próprio inimigo. Abdica deliberadamente do seu direito de questionar o caminho que tem seguido e, se for o caso, mudar de idéia, de perceber que nada é garantia nesta vida, além da chance encantada de viver...

Deste modo, quando algo nos incomodar, que tal nos interrogarmos: quem disse que só existe esta saída? Quem disse que eu só poderei me sentir feliz deste jeito, neste lugar, com esta pessoa ou neste trabalho? Quem disse que eu tenho de ter isso ou aquilo? O que eu realmente quero? O que tenho feito para seguir a minha verdade, ainda que ela seja diferente da verdade de ontem? E, por fim, o que tenho feito para apostar diariamente naquilo em que eu genuinamente acredito?!?

Assim, estou certa de que valerá a pena pagar o preço do seu resgate. Sim, porque é você, sempre você, quem terá de pagá-lo. Afinal de contas, você é uma pessoa importante e não pode permitir que o inimigo – ainda que seja você mesmo – o mantenha em seu poder para garantir uma promessa, um tratado, etc. Se uma promessa se torna um cativeiro, é hora de pagar o preço por sua liberdade e retomar o caminho da felicidade, o seu caminho!


Rosana Braga 

29 de março de 2011

Honestidade


Honestidade é falar o que é pensado e fazer o que é falado. É quando não há contradições em pensamentos, palavras e ações. Tal harmonia proporciona clareza e funciona como um exemplo vivo.

A honestidade é tão nítida quanto um diamante sem falhas, não pode ficar oculta. Ela cria uma vida de integridade porque o lado interno e o externo são como uma só imagem no espelho. O valor é visível nas ações daquele que é honesto. Força interior cria um oásis de recursos espirituais, dando confiança para alicerçar a auto-estima. Isso é ser assertivo.

Honestidade é quando não há influência das negatividades do mundo interior e exterior. É quando há limpeza nos esforços e verdade no coração. Limpeza significa descobrir e mudar os pensamentos a atos que maculam o eu e criam negatividade nos outros.

Honestidade verdadeira é aquela que coexiste no coração e na razão. Quando o espelho do eu está claro, os sentimentos e os motivos são facilmente visíveis. Esta é a base de ser confiável.

Há o ditado que diz: o barco da verdade pode sacudir, mas nunca afundará. Mesmo com honestidade o barco pode sacudir, mas com confiança o barco não afundará. A coragem da verdade é o que torna alguém digno de confiança e a fundação dos relacionamentos sem manchas. Onde há honestidade e limpeza, há proximidade. São esses os princípios da ética humana. Aplicação pessoal e coletiva de tal ética é decidir escolher o que é útil e importante a cada passo. É nunca dissociar a honestidade e a integridade do sucesso.

Quem é honesto consigo e com os outros ganha confiança e inspira fé. Para sustentar isso é preciso haver motivos puros e esforços consistentes.

Uma pessoa honesta aprecia a interconexão do mundo natural e não maltrata, abusa ou desperdiça a riqueza de recursos fornecidos para o bem-estar da humanidade. Ela não pressupõe ser dela própria os recursos, tais como a mente, corpo, riqueza, tempo, talentos ou conhecimento.

Honestidade significa nunca abusar daquilo que é dado em confiança. Deveria sempre haver o desejo de que os recursos sejam usados de uma forma valiosa - para as necessidades físicas e espirituais de todos. Quando os recursos são bem utilizados eles geram bem-estar e este é o meio para haver multiplicação e prosperidade. Aquele que é profundamente comprometido com o desenvolvimento sustentável mantém honestidade como um princípio na construção de um mundo com menos desperdício e mais esplendor.




Brahma Kumaris

Dê um tempo para você!




Cada um do seu jeito sente o tempo cada vez mais escasso, o que mais se ouve é: "não tenho tempo". Claro, com o avanço da tecnologia recebemos cada vez mais informações e mal conseguimos processar todas as que chegam até nós. Estamos sempre na ânsia de fazer mais em menos tempo, e por vezes nos lembramos com saudades daquela época em que tínhamos mais tempo.

Você se lembra, acredito que não faz tanto tempo assim, de quando visitava um parente ou amigo, só para saber como estava? Hoje não conseguimos visitar nem quando precisam, quem dirá para simplesmente bater papo. Não conseguimos desligar do relógio nem nos finais de semana, e até nosso relógio biológico parece nos trair ao nos acordar no horário habitual, mesmo quando podemos dormir mais, pois são tantas tarefas a realizar que nos cobramos controlar o tempo. Ou será ele que nos controla?

A ociosidade transformou-se em não ter o que fazer, quando na verdade, nos convida à reflexão, e com isso, antes de tudo, permite ficarmos muito mais perto de nós mesmos e de nossos sentimentos. Alguns, eu diria, muitos, mesmo na praia, sentados à beira-mar, ao invés de contemplarem o horizonte e desfrutarem a natureza, estão com os olhos grudados em jornais. É claro, aproveitando o tempo para saber as últimas notícias. Ficar informado é importante, mas dar um tempo para nossa mente é igualmente sábio. Muitos chegam a se culpar quando não estão produzindo, sempre em busca de movimento, ocupação, o que nos induz a pensar se não seria uma fuga inconsciente para não se dar tempo para pensar na vida. Quem sabe?

Devemos lembrar ainda, que mesmo para processar tanta informação e transformá-la em conhecimento, é preciso análise, compreensão, e como para tudo, há um tempo para isso também. Precisamos de tempo para reflexão e amadurecimento. De que adianta tanta informação se mal conseguimos nos lembrar das últimas linhas que lemos, de tão saturados que às vezes ficamos de tanta informação? Para que buscar tanto conhecimento acerca do que acontece no mundo, se muitas vezes não sabemos sequer o que acontece dentro de nós mesmos ou até, dentro de nosso círculo familiar?

O tempo parece realmente voar, e muitos se tornam verdadeiros bombeiros, onde estão sempre apagando um incêndio, ou seja, nunca se preocupam em prevenir o aparecimento de novos focos de problemas, pois não há tempo. Sim, as pressões externas são inúmeras, mas são as pressões internas e a maneira com que lidamos com as situações, o que mais nos desgastam e nos levam ao estresse.

É importante aprender a avaliar as situações e identificar quando é possível deixar de dizer: "deixa que eu resolvo" e passar a dizer aquela palavrinha tão difícil de ser pronunciada por muitos: "não". Se você tem dificuldade de dizer não, tente treinar em situações em que você a princípio não conseguiria, imaginando como se sentiria se tivesse respondido negativamente e aos poucos aprenda a se impor. Geralmente são pessoas que inconscientemente desejam agradar, pois acreditam que se disserem "não", deixarão de serem amadas; se não mostrarem conhecimento, deixarão de serem reconhecidas, ou seja, estão sempre em busca de aprovação, porque em seu íntimo, não aprovam a si mesmas.

Na verdade, antes de aprendermos a aproveitar melhor o tempo, devemos estar conscientes do que pode estar oculto no jargão "não tenho tempo", refletindo profundamente sobre quais questões podem vir à tona se houver mais tempo para pensar, ficar mais consigo mesmo, com aqueles que ama.

O que poderá acontecer ao permitir-se fazer nada de vez em quando? Identifique culpas, ou se durante sua formação aprendeu que quem não faz nada não tem valor. Ou ainda, se a necessidade do controle do tempo não pode estar refletindo uma necessidade do controle da própria vida, ou de agradar, se mostrar importante, tendo sempre que verificar a agenda antes de marcar um compromisso. E permita-se ter tempo ao menos uma vez por semana para olhar o céu, contemplar as estrelas, brincar com as nuvens, ou simplesmente fazer nada e nem por isso, ser alguém com menos valor. Afinal, a sabedoria não estar em acumular informações, mas sim, em colocá-las em prática.



Rosemeire Zago 

28 de março de 2011

Sensações





“Entendo que amar é coisa abstrata
está na mente feito pó no ar;
mas, é matéria viva quando ata
duas almas sob as cruzes do altar.

Amar é bom. O corpo sua, a íris se dilata
o desejo queima que nem raio solar;
nasce no peito sem medida exata
e corre no sangue qual ondas no mar.

Amar sãos ossos, músculos em contração,
dois corpos em perfeita simetria
bailando uma estranha melodia...

Nenhum poder atrai quanto essa atração.
Vivemos, quando o amor nos invade
a doce loucura da felicidade!”



Inácio Dantas

27 de março de 2011

Qual o melhor dia da semana para você?





Você já pensou sobre a pergunta do título? Qual o dia da semana que você prefere? Noite de sexta-feira, sábado, ou segunda? Muitos podem dizer: é claro que prefiro o final de semana, mas saiba que nem todos. Na verdade, a resposta por um ou outro pode representar que algo não está bem. Se prefere os dias que trabalha é importante questionar o que não está bem em sua vida pessoal. E se a preferência é pelos dias de descanso, também é válido identificar se há algo que não vai bem na área profissional. Há ainda quem não se sente feliz nem durante a semana nem no final de semana.

Em tudo é preciso equilíbrio. É evidente que temos as exceções, como pessoas que trabalham em escala, mas a maioria trabalha de segunda à sexta-feira e descansa sábado e/ou domingo. O ideal é sentir satisfação e prazer tanto no trabalho, como na vida pessoal, compartilhando os momentos de descanso com aqueles que ama, ou quem sabe, sozinho. Mas quando percebemos que estamos insatisfeitos, irritados, intolerantes, é hora de parar e refletir sobre os prováveis motivos.

Para quem tem o final de semana livre, a programação começa logo na sexta-feira à noite, com happy-hour, viagens, festas ou outras atividades em que possa descansar e esquecer os problemas. Afinal, com tanto estresse, lazer hoje se tornou uma necessidade. Isso mesmo, ne-ces-si-da-de. O final de semana é propício para repor as energias e cada um faz isso a sua maneira.

Quem gosta do final de semana espera cada segundo para chegar noite de sexta-feira, seja para sair ou ficar em casa. Mas quando o domingo chega, parece baixar um desânimo, desejando que as horas passem mais devagar e que a segunda-feira custe a chegar. Para a maioria, a volta ao trabalho pode representar o retorno das obrigações, responsabilidades, dos horários a cumprir. Em linguagem freudiana, diríamos que durante a semana somos regidos pelo superego, aquele que dita as normas, e no sábado, regidos pelo id, que representa o prazer. Claro que isso não é regra básica, mas apenas proporcionar uma reflexão em como você está se sentindo em cada dia de sua vida. Como se sente durante a semana? E no final de semana? O sentimento que prevalece é semelhante? Não? No que difere? Já pensou sobre isso?

Quando o desânimo já começa no domingo à tarde, se acentuando durante à noite e ficando quase que insuportável na segunda pela manhã, fazendo que você se arraste para ir trabalhar, é preciso buscar a causa. Se trabalhar está sendo sinônimo de sofrimento, desgastante e insatisfação, é preciso saber o que está acontecendo. Está apenas cumprindo com uma obrigação? Está sem motivação? Não gosta do que faz? Ou do ambiente? Ou o salário está abaixo de suas necessidades ou do que merece?
Pense sobre tudo isso, mas lembre-se que no mínimo você o mantém por alguma recompensa, seja pelo salário, para aprender mais, esperando uma promoção; alguma vantagem deve ter, ou então, comece a pensar na possibilidade de procurar algo novo, que corresponda mais às suas expectativas.

Sempre que estamos em um caminho, devemos nos lembrar do objetivo inicial que nos fez optar por ele, pois geralmente no meio da caminhada tendemos a esquecer. Procure se lembrar o motivo pelo qual iniciou seu trabalho atual. Reveja se o objetivo continua o mesmo ou se mudou. Se os objetivos são outros, pense por onde recomeçar, só não vale ficar trabalhando sem garra, sem vontade, sem motivação. Relembre uma fase de sua vida em que sua atuação profissional o fazia feliz. O que você fazia? Pense como pode melhorar sua atuação atual, ou se realmente deseja mudar, procurar outros caminhos.

Enquanto alguns cancelariam a segunda-feira do calendário, outros contam os segundos para chegar a hora de ir ao trabalho. Para estes, o insuportável é o final de semana em casa, com a família ou com a falta de uma. O trabalho se torna o encontro com pessoas que se sente bem, companhia para almoçar, conversar, onde encontra pessoas que compensam o final de semana solitário ou insatisfatório.

É no trabalho, e somente nele, que muitos se sentem valorizados, estimulados, reconhecidos, seguros. A busca excessiva pela realização profissional, na maior parte das vezes, oculta uma insatisfação enorme na vida pessoal e/ou afetiva, pois o trabalho representa uma fonte de reconhecimento e segurança que nem sempre se consegue na vida afetiva. Para alguns, parece mais fácil vencer na profissão do que construir relacionamentos afetivos saudáveis e duradouros. Hoje, talvez até por medo, muitos preferem o trabalho ao amor.

Homens e mulheres precisam na verdade, descobrir um ponto de equilíbrio entre a realização afetiva e profissional, que não precisam ser antagônicas, mas devem e podem ser complementares. É preciso estar atento para não fazer do trabalho ou do final de semana, um escudo ou uma fuga constante de seus sentimentos e do encontro consigo mesmo, como se fosse uma escolha, onde um compensa a falta do outro. Quando isso acontece é hora de parar, pensar e avaliar valores e escolhas, acreditando que se pode sim, obter prazer e satisfação, tanto no trabalho quanto na vida pessoal.

O mais importante não é só estar bem durante a semana ou no final de semana, com o trabalho ou com alguém, mas principalmente consigo mesmo, fazendo coisas que gosta, sem se preocupar com o dia da semana, mas fazendo de cada dia uma fonte rica de satisfação e prazer!



Rosimeire Zago 

Olha tuas flores...



 
Deixa tua dureza derreter-se frente ao novo que te é dado dia após dia.

Aprende a ouvir as águas rolando nos seixos, elas trazem uma canção que o teu coração já conhece...

Vê, o vento que balança as folhas das árvores é o mesmo que toca tua fronte iluminada.

Acompanha o vôo do pássaro sob o céu e sente, o teu espírito é tão livre quanto ele.

Sente o silêncio abençoado da natureza e te permite comungar com ela a quietude, a paz que vai em teu ser.

Olha tuas flores, mistura tuas cores e cria teu próprio arco-íris.

Deixa teu coração presente em tuas palavras, em tuas decisões, em teus silêncios.

Deixa a saudade vir e avisar-te de um tempo precioso, onde viveste em liberdade, em alegria, e sente, ainda é tempo de ser feliz.

Relembra tua estória, o caminho que fizeste...

Quanto aprendeste, quanto mudaste e, quanto ainda há por ser feito...

O tempo não pára, ele continua fiel a sua natureza.

Sê também fiel a tua e resgata tuas fontes cristalinas, tua alegria generosa, tua confiança no agora, tua dança, tua segurança em ti mesmo.

O mundo não tem outro propósito senão o de ensinar-te que és a alegria de Deus e para ti toda a criação é presente, todo amor é dado.

Descansa, teu jardim ainda é o mais bonito e floresce mansamente aos olhos
daquele que tem por alegria olhar, amar e cuidar de todas as tuas flores.



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26 de março de 2011

Encontro com o passado



Nem sempre o passado provoca nostalgia. Às vezes, dar de cara com ele só traz alívio.

O sujeito está lá, feliz com a sua vida, quando recebe pela internet a foto de uma ex de olhos alucinados, copo na mão, enroscada num cara no meio da balada. Ao ver as formas e o rosto conhecido, ele instantaneamente leva a mão à boca, num gesto de susto e autocomiseração.

Mas isso dura menos de um segundo.

É tempo suficiente para ele lembrar que não tem mais nada a ver com aquilo - que aquele furacão de álcool e extravagância já não é mais da conta dele.

Com um suspiro de gratidão indefinida, ele observa a imagem na tela enquanto lembra que a moça, embora linda e arrebatadora, era uma dor de cabeça que não dói mais nele.

Quem é capaz de se identificar com essa história?

Eu sou. E acho que muitos serão.

Cada um de nós já teve experiências de convívio carregadas de ambiguidade. Você gosta da pessoa, às vezes ama, mas, junto com as coisas que você deseja ou admira nela, percebe traços de personalidade, manias ou comportamentos que são simplesmente insuportáveis. É bom livrar-se deles, embora não seja gostoso separar-se do que você ama nas pessoas.

Eu, por exemplo, não suporto gente intolerante, arrogante, belicosa. Mas já convivi com isso bem de perto, numa pessoa que tinha qualidades admiráveis. Foi traumatizante. Desde que essa relação acabou, faço questão de acordar ao lado de gente com menos certezas e pedras na mão. Tem sido bom assim.

Com as mulheres acredito que acontece o mesmo.

Uma delas me dizia outro dia como foi chegar na casa de um amigo e dar de cara com o ex- namorado embriagado se comportando como um grosso na frente da nova namorada – exatamente como fazia com ela. “Deu raiva dele, deu pena da garota, mas a alegria de estar livre daquilo foi bem maior”, me disse a amiga.

Às vezes o que está errado numa pessoa é como certos barulhos no carro que vão e voltam. Algo está lá, incomodando, mas você não consegue perceber o quê, exatamente. Apenas meses ou anos depois, já na condição de amigo, ou pelo menos de ex, fica claro, repentinamente claro, qual era a origem do ruído.

Você olha para a aquela mulher encantadora e falante e percebe a crônica incapacidade dela em se mover em qualquer direção.

Ou então se dá conta da tristeza, quase depressão, que emana dela e que pairava sobre a relação de vocês como uma névoa.

Ou então nota, por trás da polidez, a insistência dela em falar de si mesma, como se ninguém mais importasse.

Ou a frequência exasperante com que ela menciona fulano, um antecessor que já era antigo ao seu tempo, mas que parece não ter sido esquecido.

Nessas ocasiões, a gente entende por que acabou, por que não deu certo, por que não tinha de ser.

O tempo ajuda a perceber sutilezas. Ele nos ajuda a ver através das pessoas e raramente o mito delas resiste a esse olhar objetivo e desapaixonado.

É bom que seja assim.

Se o seu ex era um controlador ególatra ou um quarentão indolente que precisa de mãe, é importante perceber. Ajuda a olhar para frente. Faz com que a vida ande. Permite entender que as coisas que aconteceram no passado tinham lá seus motivos. Permite olhar para a foto da ex na internet e dar uma boa gargalhada - sem o menor sentimento de perda.


Ivan Martins 

25 de março de 2011

Inocência




A verdade se esconde sob muitos disfarces e, ao contrário do que imaginamos, encontrá-la não acontece através de esforço nem de luta.

Somente quando conseguimos nos despojar da ânsia por realização, do impulso pelo fazer e do desejo de ter o controle sobre a realidade, é que podemos nos aproximar de nossa verdadeira essência.

Para muitos, descobrir a verdade se assemelha a uma experiência de laboratório, onde as variáveis são pré-determinadas e as condições controladas.

Entretanto, a vida é muito mais rica, multiforme e cheia de nuances e possibilidades do que podemos imaginar. Exatamente por isto, entrar no terreno do mistério exige de nós um total despojamento, uma confiança absoluta e uma entrega sem reservas.

Confiança, aliás, é algo que a mente sempre tenta bloquear, visto que um de seus principais objetivos é semear a dúvida e a desconfiança dentro de nós.

Por essa razão, olhamos com reserva tudo o que não pode ser cientifica e racionalmente comprovado.

Adentrar na dimensão do mistério e contatar a natureza divina de nosso ser, não requer nada a não ser abandonar todas as crenças pré-estabelecidas e os condicionamentos a que fomos submetidos ao longo de nossa vida.

"Sabedoria não é conhecimento, mas eles são parecidos. Conhecimento somente pretende ser sabedoria, é exatamente o oposto da sabedoria. O conhecimento é sempre emprestado, e porque ele é emprestado, é basicamente falso.

A sabedoria nasce em você - é o seu florescimento, é a sua fragrância. É auto-compreensão, auto-conhecimento. Você se torna luminoso; você alcança uma presença sólida. Você tem um centro, você se sente enraizado, integrado, você não é mais fragmentado...

Sabedoria é uma revolução em seu ser: o conhecimento é apenas lixo. Você pode recolhê-lo dos outros, mas não muda você, você permanece o mesmo. É claro que você se torna muito decorado, você ganha muitas belas máscaras, mas o seu próprio rosto continua o mesmo.

Você vai acumulando conhecimento, sua memória se torna mais e mais rica, mas seu ser permanece tão pobre como sempre. Mas o conhecimento pode simular ser sabedoria, ambos usam a mesma linguagem..

Se você está simplesmente repetindo as experiências de outras pessoas, isto é argúcia, é conhecimento - morto, sem sentido, nada mais que tagarelice. Você pode decorar-se com ele, você pode fortalecer seu ego através dele, mas você não vai conhecer a verdade".(OSHO)



Elisabeth Cavalcante


Compaixão



Há situações-limite na vida em que precisamos e, muitas vezes, só podemos contar com a compaixão alheia. E é nestes momentos que nos damos conta do valor deste sentimento tão profundo e poderoso que pode operar verdadeiros milagres.

O drama vivido pelas vítimas das enchentes ocorridas no Rio de Janeiro, revelou uma verdade que deveria ser óbvia, mas da qual nem sempre nos damos conta: o quanto somos vulneráveis e dependentes uns dos outros.

Quando tudo corre bem em nossa vida, esta realidade se mantém esquecida, mas as tragédias se encarregam de trazê-la de volta de maneira contundente.

E, nestas ocasiões, felizmente, se revela o melhor, o lado mais luminoso que todos possuímos, embora muitos ainda se mantenham inconscientes disso. Estas circunstâncias, embora tristes, são a maneira que a vida escolheu para não nos deixar esquecer de que somos todos um.

Como ninguém se encontra imune de passar por algo semelhante, é útil que nos lembremos de não permitir que o ego nos faça sentir humilhados ou diminuídos por precisar da compaixão alheia, mas sim preenchidos pelo sentimento de gratidão. E que o ego igualmente não faça sentir superiores por ajudar aos que necessitam.

E é importante também nos lembrarmos que, todos os dias e nas situações mais cotidianas, podemos exercer nossa compaixão, se estivermos com nosso coração tão preenchido de amor, que compartilhá-lo se torna para nós, não apenas necessário, mas uma bênção.

Piedade e compaixão parecem ser sinônimos no dicionário e, geralmente, usamos as duas palavras com o mesmo sentido. Isso cria uma grande confusão. A piedade é circunstancial e a compaixão é resultado de um estado psicológico. Compaixão quer dizer aquilo que vem de dentro do coração da pessoa, e nada tem a ver com circunstâncias externas. A compaixão emana do coração da pessoa, mesmo que esta pessoa esteja sozinha, a compaixão emana sem motivo. É como uma flor se abrindo sozinha; vai espalhando sua fragrância. Não tem nada a ver com o outro. A fragrância de uma flor é exalada, independente de ter alguém por perto ou não. O perfume da flor nasce da flor, faz parte da flor, não está relacionado com nada de fora.

A consciência interna é a fonte da compaixão, a compaixão surge dela como um perfume... A piedade nasce sob a pressão das circunstâncias. A compaixão nasce da evolução do coração. O que surge em você ao ver um mendigo na rua, não é compaixão, é piedade.

(...)
A piedade fortalece o ego, enquanto a compaixão o dissolve.
A piedade é uma maneira de inflar o ego. É um bom meio, usado por pessoas "boazinhas", mas apesar disso é usada pra inflar o ego.
(...)
Se uma sociedade com real compaixão for criada ela não tolerará esmolas, pois nela não existirão mendigos!!

OSHO


Elisabeth Cavalcante 

24 de março de 2011

Humildade é força




Humildade é a virtude que nos torna abertos a aprender e mudar. Ela só é possível quando temos auto-respeito, que só pode vir com autoconhecimento. Conhecer-se é entender que somos parte de um todo, como um raio de uma roda. Não somos tudo, também não somos nada. É a humildade que cria este entendimento e nos mantêm em equilíbrio.

Quando não somos apegados às nossas boas qualidades nem às nossas fraquezas, podemos lidar com ambas. Através de cultivo amoroso, nossas qualidades positivas crescem e servem outros. Através da atenção e honestidade, nossas fraquezas diminuem.

Humildade é nossa maior proteção. Ela nos mantém alerta para todas as possibilidades, desde sermos enganados até a de criarmos os mais surpreendentes milagres. Humildade é o fruto do auto-respeito: uma pessoa humilde nunca teme perder. Para isso precisamos sempre ir para dentro de nós mesmos. Nada e ninguém podem nos tirar esse recurso.

Humildade nasce da segurança interna, nos deixa prontos a comunicar, cooperar com novos pensamentos e idéias. É a prova da maestria de ter conquistado o “eu” e o “meu” limitados que anulam o respeito e a amizade. Nós devemos ser tutores, não donos. A posse automaticamente cria o medo de perder. Ser um tutor nos dá entendimento que nada e ninguém é nosso. Paradoxalmente, ao renunciar tudo, recebemos tudo. O que precisarmos virá até nós, mais cedo ou mais tarde. Há o suficiente para todos.

A maior humildade de todas é reconhecer e aceitar que existem leis além daquelas dos seres humanos e que não somos o padrão do universo. Os princípios eternos protegem e governam o bem-estar de todas as formas de vida. Quando nos alinhamos com as verdades eternas, encontramos a liberdade, nosso caminho. Alinhamento às leis divinas não nos limita ou anula. Ao contrário, as leis eternas são o meio que permitem a expressão completa do indivíduo. Não há transgressão, uma vez que respeito é sempre dado à individualidade dos outros. A harmonia é mantida.

Com humildade reconhecemos o direito que todas as coisas têm de existir; existir em liberdade e existir em felicidade. Este direito inato é uma lei imortal. Subserviência nos relacionamentos ou aos objetos materiais é resultado do medo; medo de sermos nós mesmos; a falta de coragem de enfrentar, de mudar, de mover numa outra direção. Auto-respeito nos libera do medo e da dependência. Quando não pensamos profundamente o suficiente por nós mesmos, nos tornamos subservientes às opiniões sociais e às pessoas com as quais interagimos.

Humildade traz introspecção, começamos a examinar as emoções que nos limitam. Abre a porta para o autoconhecimento. À medida que crescemos em autoconhecimento, crescemos em auto-estima. Com essa estabilidade interior não há medo do que é diferente. Não há desejo de controlar pessoas ou situações. Sabemos que as coisas certas irão acontecer da forma correta, no tempo certo. Humildade é a outra face do auto-respeito. Quanto maior a humildade, maior o auto-respeito. Nada e ninguém são uma ameaça. Nós somos livres.



Brahma Kumaris

23 de março de 2011

Sua vida de adulto é muito chata?




Penso ser isso uma situação a ser muito bem ponderada por todos nós, afinal de contas a vida bem pode ser vivida como uma brincadeira, mas uma brincadeira muito séria.

Esta história toda da vida do adulto ser chata deve ter tido suas raízes em amargas palavras e orientações que vieram lá de trás, da infância; onde recebemos todos os tipos de informações durante o a época de crescimento, e sem saber avaliar o que exatamente cada um quer dizer vamos guardando tudo num baú que sem fundo...

Uma pastinha, um arquivo na memória, com um novo talvez sugestivo e talvez até mesmo engraçado nome como:- "Informações a serem usadas somente quando crescer!" E às vezes não são dados muito bem esclarecidos, apenas apontamentos sobre o que deveremos fazer numa determinada situação quando já formos grandes.

Ora, nem tudo que se ouve se aproveita mesmo vindo de um adulto do tipo querido e poderoso das sombras da infância. Não por ser bobagem o que o tal adulto falou, mas será que cabe no contexto de hoje, na situação vivida agora? Alguns conceitos e ensinamentos sim, outros com certeza terão de ser avaliados quando a situação de agora assim o exigir.

Esta ideia de que a vida do adulto responsável é chata e sem graça, por exemplo, é algo a ser pensado e repensado com muito cuidado e carinho.

"Falas" que foram ouvidas inúmeras vezes durante toda a infância como:- "aproveite que um dia esta farra toda acaba, e aí sim você vai ver..." acaba na verdade deixando um amargor permanente na visão do futuro. Que tudo será só dureza na vida adulta, tão somente problemas e dificuldades a serem resolvidas.

Quem quer crescer se tornar-se adulto é perder a alegria e a espontaneidade que tem e vive durante os anos dourados da infância?

Já trabalhei com muita gente que trouxe para a psicoterapia medos que não lhes pertencem, medos de viver uma vida adulta mais plena e feliz por estarem ainda com referências ouvidas e assimiladas na infância; medo de ser um adulto feliz, pois, ser adulto é ser chato, preocupando em pagar contas e "carregar pedras", um sofredor. Sem espaço algum para a alegria, o que acaba por ir deixando a criança livre lá de trás, aquela que andava de bem com o mundo, sem ar para respirar e se soltar nos tempos de hoje.

Fazer as pazes com as informações e ensinamentos recebidos durante a meninice é garantir uma vida adulta mais sadia e mais leve, sem precisar se fixar só no padrão que foi passado de geração para geração sem uma avaliação mais apurada sequer, pelo simples fato que não era muito o costume questionar ensinamentos dos mais velhos; apenas ouvia-se e depois tratava de viver com estes conceitos, mesmo que isso significasse
tê-los atravessados na garganta.



Cássia Marina Moreira
 

22 de março de 2011

Positivo atrai positivo




"O pensamento tem poder infinito.

Ele mexe com o destino, acompanha a sua vontade.

Ao esperar o melhor, você cria uma expectativa positiva que detona o processo de vitória.

Ser otimista é ser perseverante, é ter uma fé inabalável e uma certeza sem limites de que tudo vai dar certo.

Ao nascer o sentimento de entusiasmo, o universo aplaude tal iniciativa e conspira a seu favor, colocando-o a serviço da humanidade.

Você é quem escreve a história de sua vida - ao optar pelas atitudes construtivas - você cresce como ser humano e filho dileto de Deus.

Positivo atrai positivo.

Alegria chama alegria.

Ao exalar esse estado otimista, nossa consciência desperta energias vitais que vão trabalhar na direção de suas metas.

Seja incansavelmente otimista.

Faz bem para o corpo, para a mente e para a alma.

É humano e natural viver aflições, só não é inteligente conviver com elas por muito tempo.

Seja mais paciente consigo mesmo, saiba entender suas limitações.

Sem esforço não existe vitória.

Ao escolher com sabedoria viver sua vida com otimismo, seu coração sorri, seus olhos brilham e a humanidade agradece por você existir".


Pablo Neruda

21 de março de 2011

Amor é algo que se faz




Não é novidade nenhuma afirmar que um dos problemas mais graves e recorrentes em qualquer relacionamento é o da comunicação. A começar pelo significado da dinâmica (sim, porque comunicar-se é como um tango, delicado e profundo ao mesmo tempo!). Muitos casais sequer sabem do que é feita a autêntica e eficiente comunicação.

Comunicar-se com a pessoa amada não inclui somente falar, seja sobre o que pensa, sente ou quer, como a maioria acredita. Inclui especialmente e acima de tudo, ouvir. Mas não ouvir somente com os ouvidos, somente as palavras que estão sendo ditas, somente o que é conveniente.

Para que uma conversa realmente termine bem, ou seja, sirva para resolver pendências, amenizar crises e solidificar o amor, seus interlocutores devem ouvir com todo seu ser, incluindo sensibilidade, intuição e a firme decisão de – por mais difícil que seja – compreender o que o outro está pensando, sentindo e querendo!

Mas por que isso parece mesmo tão difícil? Simplesmente porque aprendemos que conversas entre casais que discutem alguma divergência têm de virar briga, onde cada um deve tentar falar mais alto que o outro e provar, a qualquer custo, que está com a razão! Aprendemos, infelizmente, que conversas são como jogos, e servem para mostrar quem é o vencedor e quem é o perdedor! Mas, definitivamente, isso nunca funcionou e nunca vai funcionar!

Simplesmente porque num relacionamento, seja ele de que nível for, não existe um certo e um errado e, sim, dois pontos de vista, dois pedidos, dois sentimentos, duas interpretações, dois universos que, em última instância – e isso posso afirmar com toda certeza do mundo – só querem ser aceitos, amados e felizes!

Mas enquanto um e outro falarem como se disparassem flechas em direção ao alvo, enquanto tentarem impor seus desejos e repetirem frases-feitas do tipo com você, não dá para conversar, você nunca me ouve, você é um egoísta-cabeça-dura, não vão chegar a um consenso, muito menos à paz que tanto desejam (mas não sabem como alcançá-la).

Parece mesmo paradoxal essa vontade de viver um grande amor, cheio de alegrias e aquela harmonia de quando estavam completamente apaixonados e, ao mesmo tempo, essa estranha e angustiante fome de discussão, desentendimento e embate pelos motivos mais bobos, pelas razões mais infantis, por questões que, no fundo, na maioria das vezes, não têm nem metade da importância que se dá a elas durante uma briga.

A impressão que fica é que, em algum momento da história, solidificou-se a ideia – completamente equivocada e ineficaz – de que amor é isso: uma queda de braços, um interminável vai-e-vem de destilar a própria raiva à custa do outro para, em seguida, arrepender-se e fazer as pazes. Mas acontece que isso só serve para desgastar a relação, acumular mágoas e amontoar frustrações.

O que sobra? Cada qual no seu limite, a sensação de que não vale mais a pena. Pronto: este é o começo do fim! Um fim medíocre, sem uma razão que realmente o valha, mas – ao mesmo tempo – com todas as razões que foram – irresponsavelmente e pelos dois – cavadas, acumuladas e amontoadas dia após dia!

Talvez você diga: eu bem que tento conversar, mas o outro não tem condições! Ok, mas você tenta quanto? Até o outro dar a primeira resposta torta e grosseira e você pensar: ah, mas não vou mesmo ficar aqui ouvindo isso, e daí aumenta o tom de voz o máximo que pode para deixar bem claro que você tentou, mas que com ele é impossível? Ou, talvez, simplesmente desiste da conversa e sai, alegando sua superioridade?

Assim, pode estar certo de que não vai funcionar! Se você realmente deseja se entender com quem ama, tente mais! Tente até o fim. Não aumente o tom de voz, fale com calma e repita, quantas vezes forem necessárias, que você deseja compreendê-lo. Para tanto, faça perguntas, peça para que ele explique como está se sentindo, por que reagiu de tal forma, enfim, esmiúce detalhe, interesse-se de verdade pela dor do outro e tenha a certeza de que isso, sim, é amor!

Mais do que declarar o que você sente, mostre! Afinal, pode apostar: amor não é algo que se sente. É algo que se faz!


Rosana Braga 

Viver




"Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos, um livro mais ou menos.

Tudo perda de tempo.

Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoraçao ou seu desprezo.

O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia".


Martha Medeiros

20 de março de 2011

No amor, não existe jogo ganho!




Algumas pessoas, inocente ou inadvertidamente, acreditam que basta conseguir um "sim" do outro para que tudo esteja resolvido em sua vida afetiva. A esses desavisados, creio ser absolutamente preciso deixar bem claro: seja para um namoro ou, especialmente, para um casamento, o "sim" não é sinônimo de "E foram felizes para sempre..." como nos contos de fadas. Muito pelo contrário!

A decisão de viver um relacionamento amoroso, embora só seja possível diante do aceite de ambas as partes, apenas dá partida a uma longa viagem. E como qualquer viagem, no amor não é diferente: é preciso atenção, foco, investimento, tempo, dedicação e, sobretudo, saber onde se quer chegar, para não se perder no caminho!

A grande verdade é: num relacionamento, não existe jogo ganho! Para fazer valer a pena, é preciso exercitar todos os dias. Entretanto, infelizmente, muitos casais acreditam que o amor é uma espécie de mágica que acontece em suas vidas e, sem que nada precisem fazer, ele estará lá, agindo sobre seus corações e norteando suas escolhas.

Não, não, não! Amor é verbo, e como todo verbo, precisa ser conjugado! Precisamos praticá-lo, transformá-lo em ações propositais, em atitudes com objetivos claros e definidos. O amor é um planejamento feito a quatro mãos e dois corações. Senão, pode apostar que não vai funcionar!

Trata-se de uma química muito especial que, embora bastante poderosa e transformadora, acontece entre duas pessoas cujas naturezas são fugazes, frágeis, vulneráveis. Portanto, sem reforço e sem reconhecimento diários, a química desanda, a essência se perde. E para que você comece a renovar diariamente seu desejo de fazer seu relacionamento valer a pena, vou ressaltar três atitudes infalíveis. O quanto antes você começar a conjugar seu amor baseando-se nelas, mais fortes e consistentes serão seus resultados!

. Reconheça verbalmente o que o outro faz de bom!

Principalmente, quando convivemos com a pessoa amada, tendemos a reclamar de certas atitudes que nos incomodam. Seja a toalha molhada deixada sobre a cama ou, ao contrário, a mania de limpeza e organização do outro; seja a falta de romantismo ou o ciúme exagerado; seja a ausência de carinhos ou o excesso de sensibilidade. Enfim, somos peritos em apontar o que consideramos errado e, embora exista o lado bom disso, que é dar ao outro a chance de se rever, melhorar e crescer na relação, é preciso ter o contrapeso! Ou seja, não podemos nos esquecer, como a maioria faz, de elogiar, de reconhecer o que o outro faz de bom! Senão, não há amor que cresça, que se torne intenso e gostoso! Por isso, procure demonstrar, verbalmente, olhando nos olhos, o quanto você valoriza e admira certas atitudes da pessoa amada. Seja a gentileza de perguntar se você quer água, seja o jeito cuidadoso de lidar com a casa, seja a tarefa diária de preparar a comida para a família. Qualquer elogio ou reconhecimento são sempre poderosos aliados do amor, porque mostra o quanto você está olhando e interagindo com o que o outro é!

. Invista no contato físico!

Alguns casais, com o tempo, param de se tocar e nem se dão conta dessa mudança. Já não andam de mãos dadas, já não se beijam quando se encontram, quando acordam ou quando vão dormir. Vão se distanciando fisicamente, mantendo somente o contato verbal. Sua comunicação é razoável, conseguem se entender, mas bem pouco se tocam. Ser tocado e tocar o outro é um modo maravilhoso e infalível de investir na intimidade, na confiança e no carinho mútuo. Enquanto o outro dirige, por exemplo, coloque sua mão sobre a perna dele. Enquanto almoçam, faça carinho com os pés, por debaixo da mesa. Quando assistirem tevê juntos, faça um cafuné em seus cabelos ou deslize as mãos em suas costas. Não existe um ser humano no mundo que não goste de ser acariciado, que não queira se sentir acolhido, querido e amado. Demonstrações explícitas como o contato físico são tão poderosas que se tornaram indicação médica, em muitos casos. O toque tem o poder de curar as dores do outro, sejam orgânicas ou emocionais. E o amor, então, nem se fale. Imagine essas duas forças juntas: amor e toque? Estamos todos muito mais carentes de contato físico amoroso do que supomos. Sendo assim, aproveite a pessoa amada para saciar essa necessidade e ainda investir em seu relacionamento.

. Nunca deixe de namorar!


Sei que a rotina e as pressões do dia-a-dia nos deixam anestesiados para a leveza e o lúdico do namoro. Como muito bem poetou Carlos Drummond de Andrade, "... Não tem namorado que não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria...". Então, namorar é reservar momentos de leveza e alegria que são só de vocês dois, sem os filhos, sem os amigos. Só você e a pessoa amada. Pode ser uma volta no parque do bairro, um cinema fora de hora, um chope na sexta, após o trabalho. Qualquer coisa que lembre vocês dois de que essa relação é, além de tudo, divertida e prazerosa. O nível de energia e motivação que esse tipo de atitude, mesmo que apenas uma vez por semana ou quinzenalmente, garante ao relacionamento é incrível. Experimente e sinta a diferença!

Enfim, não viva seu relacionamento como se o jogo estivesse ganho, por mais que esteja tudo bem! Assim como você investiria diariamente numa faculdade, numa academia ou num trabalho; ou ainda como investe nos cuidados com seu filho, sua casa ou seu corpo, lembre-se: é imprescindível estar atento ao seu relacionamento todos os dias! Essa é a diferença entre quem vive à espera da felicidade e quem faz a felicidade acontecer aqui e agora!


Rosana Braga

Dançar: alimento para a alma



Dançar traz alegria. A verdadeira alegria de poder reconhecer e expressar, de forma simples e direta, os anseios da alma.

Dançar nos restitui os laços perdidos com nossa própria essência. Isso realmente acontece quando nos entregamos ao seu movimento como uma onda que brota espontaneamente, de uma fonte que não é racional, nem esteticamente premeditada. Quando deixamos que o movimento expresse livremente algo que é único em cada um de nós. Nesse sentido, a dança espontânea se revela como sendo uma linguagem corporal subjetiva, rica de significados. Assim, a dança se abre como um caminho maravilhoso para o autoconhecimento.

Através de exercícios de sensibilização, expressão, interação e consciência corporal, entramos em contato com nossos próprios bloqueios, herdados de uma educação e cultura voltados para a praticidade de um mundo cada vez mais alienado de nossas necessidades anímicas. Assim, aprendemos a reconhecer nossas próprias limitações, a nos libertarmos dos condicionamentos e padrões indesejados, aqueles que negam a nossa verdadeira essência e o exercício do nosso potencial criativo.

Com a dança espontânea se propõe um caminho de retorno de cada um consigo mesmo. Uma redescoberta, numa viagem, que pode começar pela percepção e refinamento dos sentidos, adentrar nas paisagens coloridas das emoções, encontrar o seu ritmo na respiração e, da integridade dos gestos, nascer uma verdadeira fonte de inspiração e renovação.

Sônia Imenes 

19 de março de 2011

Por que a Internet é uma grande aliada da solidão?



Desde o seu advento, a Internet já foi alvo dos mais diversos tipos de considerações acerca dos malefícios e benefícios que poderia causar, especialmente aos seus mais ardorosos adeptos, que passam horas e horas do seu dia envolvidos nas malhas da rede.

Já passados os primeiros tempos da sua pouco tímida inserção na vida do homem pós-moderno, até os dias atuais - já integrada à mobília de muitos lares -, a leitura que hoje fazemos dela agrega múltiplos elementos para uma avaliação menos passional e mais fidedigna dos seus efeitos. Se num primeiro momento temia-se que viesse a provocar o isolamento familiar e social do usuário, que uma vez ligado à rede, desconectava-se do mundo real ao seu redor, hoje há dados que nos levam a supor exatamente o inverso: a Internet como companheira das mais requisitadas e benéficas entre os solitários e os isolados do convívio social. Blogs e sites como Facebook, Orkut e Twitter são uma grande prova.

Pesquisa realizada no Canadá demonstrou que a população não usuária apresenta um índice maior de problemas psicológicos do que entre os usuários habituais da rede. Entre esses últimos, encontram-se aqueles que têm na net uma grande aliada contra o isolamento, inserindo-os num universo de contatos imediatos e solidários, e lhes proporcionando uma oportunidade de relacionamentos sociais que, de outro modo, não lhes seria possível. Às pessoas mais introvertidas, o anonimato permitido pela rede também vem facilitar o estabelecimento de novas relações, dentro do limite de exposição que julgar mais confortável. Assim, podemos até pensar em atribuir ao computador um caráter terapêutico, enquanto promotor de interação entre os indivíduos, que por razões pessoais, sociais ou culturais encontram-se afastadas do convívio com outras pessoas.

Mesmo entre aqueles que não padecem de dificuldades de relacionamento, os mais sociáveis também encontram nos jogos online, por exemplo, um canal lúdico de comunicação. Os games que acontecem em rede têm atraído um número cada vez maior de jogadores, cujo perfil predominante é de homens jovens, com formação universitária. No jogo, a modalidade em si não é o mais importante; o objetivo maior é a interação entre os jogadores, ainda que numa relação virtual.

Desta forma, não há como negar que a Internet é, hoje, dentre os veículos de comunicação, aquele através do qual o homem tem experimentado novas formas de relacionamento e interação social, e que ainda lhe delega o privilégio de modelar a direção na qual essas relações poderão evoluir. Ainda assim, vale lembrar ao internauta que, mesmo com tantas virtudes e possibilidades, é preciso ficar atento aos perigos que ela também contém, tomando os devidos cuidados ao realizar suas escolhas interativas, seus parceiros, suas relações virtuais e o destino que dará a elas, para que a Internet seja de fato uma companheira de muitas horas.


Maluh Duprat Teixeira da Silva 


O maior amor do mundo ...




"Ah, eu tenho o maior amor do mundo! E isso não é privilégio meu, é de cada um de nós.

O maior amor do mundo é aquele que faz nosso coração vibrar e até chorar de vez em quando!

Ele é extraordinariamente único e maravilhoso e transforma qualquer dia chuvoso e triste na mais linda noite enluarada. Ah!... e com as estrelas mais brilhantes do universo!

O amor maior do mundo nos deixa assim com alma de criança, jeito de adolescente que acaba de descobrir a vida ou de adulto que perdeu um pouco do juízo...

Ele escancara as portas do coração e nos deixa à mercê de tudo. É tão grande que chega a doer, que chega a tirar o sono ou a razão. Tão alegre que devolve o riso.

O amor maior do mundo é tão grande que chega a ser incomparável, tão único que chega a ser individual.

É aquele que dura o bastante para ser lembrado para o resto da vida, mesmo quando não mais houver aquele "quê" que fez vibrar cada uma das fibras do nosso coração...


Letícia Thompson