4 de junho de 2010

Diário de Kahlo





"Eu devia ter seis anos quando vivi intensamente a amizade imaginária com uma garota mais ou menos da mesma idade. Na janela do que então era meu quarto, dando para a rua de Allende sobre um dos vidros mais baixos da janela eu soprava meu "bafo". E com um dedo desenhava uma "porta". Por essa porta eu saía na imaginação, com grande alegria e muita pressa.(...) não me lembro de sua imagem, nem de sua cor. Porém sei que era alegre e ria muito. Silenciosamente. Era ágil e dançava como se não tivesse nenhum peso. Observava os seus movimentos e contava para ela, enquanto ela dançava, meus problemas secretos. Quais? Não me lembro. Mas minha voz bastava para que ela soubesse tudo de mim..."

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