30 de setembro de 2012

Não basta conquistar. É preciso saber fazer seu amor durar!




Tem gente que acha que difícil é conquistar. Tá, não vou dizer que seja a tarefa mais fácil do mundo, afinal, requer charme, espontaneidade, coragem de correr riscos, um mínimo de autoestima e, sobretudo, coerência para atrair alguém com chances razoáveis de dar certo, ou seja, com compatibilidades!

Mas, pode ter certeza de que mais difícil do que conquistar é saber manter um grande amor. É saber transformar a paixão inicial numa parceria com boa dose de sintonia, respeito, confiança e admiração. Difícil mesmo é compartilhar com leveza, conviver com tolerância e relevar, abstrair, superar a si mesmo.

Sim, o mais difícil de tudo é conseguir se enxergar no outro. É parar de apontar o dedo e acusar como se qualquer pessoa pudesse ser responsabilizada pelos percalços no seu relacionamento, menos você mesmo. Parar de botar lentes de aumento em tudo o que o outro faz de errado e começar a exaltar seus encantos, suas qualidades.

Difícil mesmo, gente, é regar a plantinha todos os dias. Porque se não nos mantivermos atentos e comprometidos, o "todos os dias" distrai, cansa e perde a importância. E este é o maior erro da grande maioria das pessoas: esquecer que o amor é feito de um dia de cada vez.

Tendemos a acreditar que amor de verdade dura para sempre sem que nada precisemos fazer além de decidir isso uma única vez. Apostamos que uma vez escolhido, o amor sobrevive por si só. Errado! Isso não funciona! Amor é verbo de ação. É escolha diária. É um constante fazer, refazer, desfazer e começar tudo de novo! Amor é dinâmico, vivo, e por isso, precisa ser nutrido!

Como? Ótima pergunta! Cada um tem a sua lição de casa: descobrir de que forma melhor sabe reconquistar a pessoa que está ao seu lado. Mas de uma coisa eu tenho cada dia mais certeza! É de que o primeiro passo é você quem terá de dar! Enquanto continuar esperando que o outro mude, que o outro faça, que o outro ceda, que o outro te reconquiste, nada de efetivo e satisfatório poderá de fato acontecer! É você quem tem de agir!

Infelizmente, não existe uma receita que funciona para todo mundo. Mas algumas dicas podem ser providenciais e fazer a diferença na sua intenção de fazer o seu amor durar!

Meça as palavras na hora em que estiverem discutindo!
Quando estão nervosos, a chance de exagerarem e distorcerem o que vêem e o que sentem é bem grande. Por isso, pense antes de falar e, se for o caso, espere a poeira baixar para continuar a conversa.

Lugar de lavar roupa suja é em casa mesmo!
Esse negócio de brigar na frente dos outros, ofenderem-se ou expor o que o outro fez de errado não está com nada. Só serve para constranger a pessoa que você mesmo escolheu para viver ao seu lado. Segure a onda e espere chegar em casa para conversarem.

Observe e elogie ao menos uma qualidade do outro por dia!
Basta começar para encontrar ótimas razões de reconhecer o quanto você é inteligente por ter escolhido essa pessoa dentre as 7 bilhões do planeta! Faça isso agora!

Cuide de sua aparência e de seu perfume, como fazia no início.
Tem gente que acha que só na hora de conquistar é preciso escovar os dentes, cuidar dos cabelos e passar perfume. Não caia nessa cilada, porque detalhes contam muito na hora de manter uma relação.

Compartilhe sentimentos, pensamentos e, principalmente, sonhos!
Não deixe que o trabalho, os filhos e as contas mensais roubem sua vontade e seu entusiasmo para contar sobre o que sente, pensa e deseja viver. Compartilhe porque isso aumenta demais a intimidade e cumplicidade entre vocês.

Seja parceiro nos momentos difíceis!
O modo como você se comporta quando o outro está passando por uma fase difícil vai ser lembrado por muito tempo. Vale a pena se esforçar e caprichar na atenção, na paciência e no carinho!

Riam de si mesmos! Façam piadas e divirtam-se juntos!
A vida já é, por si só, muito dura algumas vezes. Por isso, faça a sua parte e cultive a alegria, o senso de humor e a leveza! Quando tudo estiver dando errado, ria. Tente e veja como isso pode aliviar a tensão e facilitar as soluções.

Seja você mais paciente e tolerante!
Pare de achar que é o outro quem tem de ter mais tolerância. Tenha você! Mude você! Isso é sinônimo de originalidade e inteligência. E se não houver reciprocidade, fale: tenho tentado dar o melhor de mim, mas parece que não tenho conseguido. De que forma você acha que eu posso melhorar? E escute de verdade!

Faça algo novo, diferente. Saia da rotina!
Não deixe que o dia a dia cegue o casal e transforme a vida de vocês numa grande chatice. Vá tomar um chope num final de tarde ou comer um cachorro quente na praça da cidade. Chega de dar desculpas e faça algo pra tirar as "teias de aranha" desse relacionamento.

Brinque de sedução e erotismo de vez em quando.
Sei que transar todo dia ou esperar uma performance de cinema na maioria das vezes é utopia, mas convenhamos: de vez em quando, dá sim para caprichar no cenário e no visual e brincar de namorar. É tudo de bom e revigora a relação.

Beijar é fundamental! Intimidade é o que os torna um casal!

Infelizmente, muitos casais deixam de se beijar com o tempo. Beijar mesmo, beijo completo, com língua e demorado. Essa é uma das atitudes que você só tem com quem se relaciona, por isso não perca o que diferencia essa relação da que você tem com amigos, filhos e familiares.

Fazer seu amor durar realmente requer investimento, dedicação e atualização. Mas se você faz isso com seu trabalho, com seu conhecimento e com sua vida material, por que vai negligenciar justamente a área mais importante de sua vida? E se não acha a mais importante, imagine agora que acabou de sofrer um acidente ou uma grande perda. Para quem vai ligar? Com quem vai contar? De quem espera receber companhia e apoio?

Tomara que seja da pessoa com quem você escolheu compartilhar seu coração, sua casa e sua cama! 


Rosana Braga


27 de setembro de 2012

O que fazer quando ele para de beijar, não pega na mão, se afasta?




Entender! É preciso entender que o mundo é frio. O mundo não tá nem aí. E entender que há muita gente fria no planeta, vestida com pele de ursinho, sorriso de simpatia e festa, exalando um calor brutal ao público que falta tanto na intimidade. Ah, quando um dos lados do casal ganha espinhos na pele e não toca, não retribui, não beija, se acomoda, é preciso entender. Entender que provavelmente a coisa já era. Entender que se essa frieza for por pouco tempo, por algum motivo justo, às vezes até injusto, mas real, tudo bem. Você apoia, você conversa, você procura, você ouve, você beija pelos dois. 

Mas entender que se não te tocar, não beijar, não encostar for o comum, se isso virou o normal, é que a coisa anda tropeçando às cambalhotas rumo a uma escada. Uma escada sem fim. Uma escada sem rumo. Rumo, aliás, ao fim. 

Por fim, entender que você precisa entender isso. E não insistir. E escapar. Mesmo que doa. Porque uma pessoa que faz isso com você – e mesmo que ela não pareça cruel fazendo isso – essa pessoa precisa ir. Você precisa fazer com que ela vá. Pra longe. Pra sempre. 

Existem mesmo sujeitos que não curtem um contato físico em público. Homem que estranha mãos dadas. Homem que não gosta de abraço, de pegar. Às vezes, a gente põe isso na conta da criação. Tem vergonha. Acha que pega mal. Não quer divulgar. Motivos são infinitos. 

Diante de um sujeito que não te encosta, você precisa entender, precisa conversar, precisa sutilmente mostrar que tocar é bom, mas também precisa respeitar, entender que o direito de grudar e de não grudar tem o mesmíssimo peso. Acho ok um cara levar tempo pra se soltar. Acho ok manter uma distância enquanto um casal começa a entender se é casal ou se não é. Mas que isso dure pouco. Que isso dure até o amor nascer. E que esse freio dure muito pouco. 

Agora, ainda que sempre seja uma lindeza respeitar as diferenças, eu sinceramente não entendo muito um sujeito que não pega, que não toca, que não beija. Tem que beijar. Tem que beijar todo dia. Nem que seja um pouquinho. E de vez em quando, pular nas costas dele e ele te segurar. E os dois rirem. Abraço. Mão no bumbum, no peito, no pescoço, na bochecha. 

A gente já é tão sozinho no mundo. O milagre de deixar alguém especial furar essa capa espinhosa que cobre os nossos ossos, poxa, isso é bonito. Isso exige tanto carinho. Tanta pele. Tanta doçura e maciez. 

Se eu pudesse dizer algo a vocês e a eles, eu diria: peguem, peguem sempre, nunca deixem de pegar aquela pessoa especial. Um dia – sem chance de errar nesta previsão – eu sei que vocês deixarão de se encostar. Que seja em vida ou na morte. Um dia todo mundo separa. Que quando isso acabar, vai dar uma saudade. 

O problema é quando a gente tem saudade estando junto. Quando tem saudade com ele a três palmos de distância. Quando ele não está mais ali, mesmo estando ali. 

E aliás, sejamos docemente verdadeiros: há muitas de vocês que também são assim. Que não procuram. Que afastam uma mão e um dedo com vontade de carinho. Que congelam a gente numa frieza cheia de sorrisos e esporádicos carinhos. Não são somente os caras. 

Acho isso tudo profundamente triste. E acho profundamente sintomático. Que um relacionamento esfrie, normal. É da vida. Daí que entendo: há fases pra tudo quando se é casal. Mas tem que ser fase, não regra. Amor precisa de um pouquinho de primavera inicial, algum verão e muito inverno pra que a gente consiga viver no outono infinito que é o amor a dois. 

A verdade? A verdade é que a gente se engana demais. Que a gente finge não ver. O pior cego não é aquele que não quer ver, é aquele que ama. É aquele que não escuta o som do silêncio. E que insiste. 

Um amor não retribuído aleija mais do que uma tipoia, uma cadeira de rodas, uma bengala. E sabe qual é o grande culpado, o grande problema? Você, eu e todo mundo que não vê naquela falta de tocar, de beijar, um sinal do fim dos tempos. Dos tempos a dois. 

Ele não te beija? Ele não te toca? Então ele não te quer… É triste, é tristíssimo. Que a gente é tão covarde. Que a gente vira a cara e não vê a mais espelhada das verdades. Que o problema é sempre o outro. Eu fico bravíssimo, tristíssimo como a gente conta as maiores lorotas do mundo a nós mesmos. 

O sujeito, a sujeita que já causaram uma dor de amor, que enganaram, que gelaram por dias, semanas e meses quem ama, que fizeram o parceiro sofrer, que foram covardes e que depois, sofreram um pouco, mas seguiram a vida como se tudo estivesse normal, como se fosse normal espalhar dor,esse sujeito deveria ganhar um prego eterno e dolorido no joelho. A gente deveria ter sempre mais cuidado com o outro. Mas não tem. E o mundo é assim. 

Não se culpem, meninas. Amar e não receber de volta amor, beijar e não receber um beijo de volta, isso tudo é uma paulada na cervical, dessas de não fazer mais a gente andar. É triste. Mas há muita gente que gosta disso. De fazer você sentar e jamais andar novamente. 

Se você está passando por isso, eu queria te dar um leve choque e um abraço e um beijo – o abraço e o beijo que ele não tá te dando. E então dizer: ele não te ama mais. Ele é covarde. Mas coitado, ele é só ele, o que ele pode e consegue ser. 

E dizer por fim: sai dessa. Que, repetirei: ele é covarde, é confuso. Comum demais pra admitir isso, esperto demais pra não te deixar ir, ruim demais pra não pensar que você sofre. Quem não beija, quem não abraça, quem não pega na mão, não ama. 



Marie Claire Brasil

Edição: Lena 



Você está sempre tentando modificar seu parceiro?



 



Você já tentou ou pelo menos desejou mudar algo em seu parceiro? Dar uma arrumadinha nele, deixá-lo mais romântico, ou deixá-la mais econômica, ou mais organizado(a)? Mais objetivo(a) ou mais sentimental?

Nos relacionamentos algumas vezes chegamos a crer que estaríamos mais felizes com pessoas que pensam da mesma forma que nós, ou que possuem as mesmas crenças e pontos de vista, e de certa forma, realmente seria mais fácil, pois com esse perfil as chances de você ser confrontado certamente seriam menores.

A grande questão é que os relacionamentos que mais nos estimulam a crescer e a repensar nosso forma de vida são aqueles travados com pessoas que se orientam por parâmetros diferentes dos nossos, pois é com elas que aprendemos a exercitar nosso conceito de respeito.

Respeito implica em receber e entender o outro a partir de sua perspectiva, de seu prisma, o que significa estar na mesma hierarquia, no mesmo patamar, sentir-se nem maior nem menor que o outro, apenas fazendo parte de uma relação simétrica e não complementar.

Desse ponto de vista, sempre teremos a acrescentar em nossa vida, à medida que possamos nos permitir entrar em contato com o genuíno que existe em cada um de nós.

Quando tentamos modificar o outro, sem respeitar suas particularidades, talvez estejamos buscando nos relacionar com nosso espelho, impondo nossas verdades e entendimentos de mundo, numa busca desesperada de evitar o medo do novo e do diferente. Para lidar com eles, temos que estar muito convictos de nossa identidade e de nossas certezas, e ao mesmo tempo dispostos a checá-las e consequentemente repensá-las.

Em contrapartida, muitas vezes queremos mudar no outro o que ele tem de nós; implicamos com a chatice do outro para não olharmos para a nossa, olhamos o mau do outro para evitarmos entrar em contato com o nosso mau interno, implicamos com sua desorganização para não lidar com nosso excesso de ordem que muitas vezes nos escraviza.

Nossas escolhas de vida são processos de amadurecimento e transformação pessoal. A maturidade emocional passa pela capacidade de fazer escolhas e lidar com suas consequências.

Aprender a apurar nosso foco de atenção, perceber nossas necessidades, desejos e dificuldades, é o primeiro passo. Em decorrência desse processo ganhamos a capacidade de sermos assertivos em nossas atitudes e consequentemente fortalecemos nossa autoestima, condição indispensável para lidar com nossas escolhas.

Sendo assim olhe para seu companheiro(a) não com os olhos críticos de quem procura defeitos a serem corrigidos, mas com os olhos de quem está pronto e aberto a conhecer outras formas de existir.



Sirley Bittú 
 
 

26 de setembro de 2012

Por que é tão difícil começar?




 
Começar! Como parece difícil para algumas pessoas dar o primeiro passo. Seja para fazer o que for, uma atividade física, um programa de reeducação alimentar, um relacionamento afetivo, uma reforma de casa, um curso, ou seja, tudo que envolve mudança, mesmo que saibam que será para o próprio bem, resistem com unhas e dentes como se tivessem que dar um passo rumo a algo que as fará sofrer muito.

As desculpas e justificativas são inúmeras. Tudo passa a ser motivo de adiar para depois, para o amanhã, para segunda-feira, ou ainda desistem até antes de terem começado. Os sentimentos são dúbios; pois um lado, o racional, diz que deve fazer, que será bom; o outro lado, o emocional, faz que pense que será impossível e, diante de tal fracasso previsto, o melhor mesmo é nem começar.

Ao encontrar com um amigo que não via há tempos e vê-lo muito melhor do que da última vez, talvez o pensamento seja assim: "ele, sim, consegue; é capaz, mas eu não vou conseguir, que vergonha ter encontrado com ele justamente nesse momento em que me encontro tão infeliz, tão feio, tão incapaz, sentindo-me tão sem valor... por que eu não consigo?..." Você já deve ter se perguntado infinitas vezes por que você não consegue. Claro que você também consegue, mas talvez esteja cansado de ter que recomeçar, ou ainda, sequer sabe por onde e qual caminho trilhar. Você pode responder que já tentou tantas vezes e que não quer mais um fracasso em sua lista. Compreensível. Mas será que já não aprendeu o suficiente, não sofreu o bastante por estar tão insatisfeito consigo mesmo que agora poderá usar toda sua experiência a seu favor?

O que está esperando acontecer para começar a fazer algo para mudar o que não te faz bem? Seja seu casamento, seu trabalho, o curso que está fazendo, o peso que está acima do que gostaria... Será que vai acontecer algo e, de repente, tudo mudará num passe de mágica? Sabemos que não.

Ou prefere continuar triste, insatisfeito, doente?

Muitas pessoas cometem o erro de dizer que só vão começar quando tiverem vontade. Não! Primeiro devemos começar. Alguns dizem que só vão começar a atividade física quando o tempo melhorar, ou depois que comprarem aquele tênis que tanto desejam, ou só depois de eliminar alguns quilinhos. Outros dizem que só vão terminar o relacionamento que tanto os faz sofrer depois que tiverem forças. Errado! Só nos motivamos com o que estamos fazendo depois que começamos. É preciso antes começar para então sentir a energia de ter conseguido, e não o contrário. As pessoas ficam esperando ter vontade de começar. Mas como ter vontade quando nos sentimos sem chão, sem forças, sem saber qual o melhor caminho a seguir? Adquirimos energia por uma atividade, depois que começamos. A energia é o resultado do envolvimento. O segredo é começar!

Em alguns momentos, temos que trabalhar com prioridades e saber defini-las. Quais são as suas nesse momento? Seja o que for, comece e dedique-se de corpo e alma. Se sentir que algo o impede, que está sempre se dando desculpas, deixando para amanhã, sempre protelando, justificando... pare e reflita sobre isso. O que o faz protelar sempre para depois? Você aprendeu a ser assim com alguém? Com quem? Não fazer nada lhe causa mais segurança? É melhor ficar insatisfeito a ter que enfrentar mudanças? Reflita sobre essas perguntas e pense sobre as respostas. De cada resposta, faça outras perguntas, até que esgote o assunto e entenda os motivos que o fazem agir assim.

Se estiver sempre adiando o que precisa fazer, repense por qual motivo deve fazer. Faz por obrigação, por alguém? Ou sente-se incapaz de conseguir? Se deseja garantias sobre o resultado, esqueça, não temos garantias de nada na vida.

Pode ser que esteja sempre adiando algumas mudanças como uma forma de sentir que sempre terá algo para fazer. Mas, na verdade, está enganando a si mesmo. Lembre-se que cada vez que adia algo, aumenta mais ainda a sensação de incapacidade e incapaz nenhum ser humano o é, muito pelo contrário, a diferença está que alguns acreditam em si e outros, pelos mais diferentes motivos, duvidam que irão conseguir.

Em geral, a pessoa sente dificuldade em começar por diversos fatores. Os motivos podem ser muitos, mas explore cada um deles e veja qual está mais relacionado ao que sente. Lembre-se que coragem não é ausência de medo, ter coragem é agir apesar do medo. Medo todos nós sentimos, afinal é um instinto natural de segurança, mas não podemos nos paralisar diante do medo. Procure ser mais flexível, mais aberto às mudanças. A rigidez é boa na pedra, não no homem, a ele cabe firmeza, o que é muito diferente.

Ficamos motivados quando estamos fazendo as coisas e não quando apenas falamos sobre elas. O diferencial é a ação, agir em busca do que se deseja, sem dúvidas, sem medos, apenas com a certeza de que por fim foi capaz de... simplesmente começar! Afinal, não importa por onde você começa e, sim, como termina.



Rosemeire Zago 
 
 

25 de setembro de 2012

Psicoterapia eu?? Não sou louco!




Imagine uma sala escura que você não conhece e vai entrar pela primeira vez, o papel do psicoterapeuta é acender a luz, com a claridade você poderá ver o que tem na sala e decidir o que quer fazer com isso, onde quer sentar, se quer mudar algo de lugar, se vai trocar a mobília ou a cor das paredes, etc. Algumas pessoas acreditam erroneamente, que o psicoterapeuta esta lá para dizer o que você deve fazer com sua vida e por isso não o procuram.

A palavra “psicoterapia” vem de therapia - que significa tratar, cuidar e psic.(o) que se refere a mente, portanto, psicoterapia é um processo de busca de conhecimento e desenvolvimento pessoal e principalmente de ajuda. Psicoterapia não é magia, o psicólogo não tem uma varinha de condão que vai alivia-lo de todos os seus males ou resolver todos as suas dificuldades. A psicologia é uma ciência e uma profissão que tem como objeto de estudo o comportamento humano. O que basicamente orienta o psicólogo não é sua forma pessoal de compreender o mundo, o psicólogo não é um professor da vida, é um profissional treinado e habilitado para conduzi-lo nesse difícil processo de autoconhecimento.

O papel do psicoterapeuta é iluminar o caminho para permitir que você faça escolhas, é difícil escolher no escuro. Não é um doutrinador, alguém que vai impor seus valores morais, crenças e verdades próprias. Também não é um juiz que vai decidir entre certo/errado ou dar seu parecer sobre o que pensa a respeito deste ou daquele comportamento. É alguém que fará uma proposta de relação de respeito, aceitando você como é em sua completude, com suas particularidades, incondicionalmente. Lembre-se: aceitar não significa concordar.

Apesar da similaridade humana, as pessoas são diferentes, justamente por isso, cada processo de psicoterapia é único, cada pessoa é especialmente diferente em suas necessidades, em seu ritmo, e em seus potenciais emocionais, físicos e intelectuais.

Psicoterapia è um processo de mão dupla onde é necessário alguém que queira ajudar (psicoterapeuta) e alguém que queira ser ajudado, mas principalmente, esteja disposto a se ajudar. Ninguém ajuda ninguém que não queira ser ajudado, já dizia meu avô.

O ser humano é resultado de sua história, nascemos com potenciais de saúde (características herdadas) e necessitamos de provisão externa para nos desenvolver. Somos influenciados e influenciamos todo o tempo. Nascemos totalmente espontâneos e criativos e somos moldados para vivermos socialmente, podados de forma mais ou menos severa, dependendo da visão de mundo e principalmente da saúde interna de nossos educadores.

Recebemos modelos sociais todo o tempo, os mais fortes geralmente são os que surgem de nossas primeiras experiências de vida e de vivenciar a sociedade, que acontece através de nossos pais, ou daqueles que fazem esse papel. Você já parou para pensar que toda família tem um código particular? Você já presenciou uma troca de olhares entre dois irmãos que só eles entendem, sem precisarem dizer uma só palavra? Ou regras do tipo: quem se serve primeiro no jantar, as crianças ou os pais?, os da casa ou as visitas? Ou aquela regra que ninguém nunca falou mas que todos na casa sabem?, pois é, isto é família, é código, são alguns dos parâmetros que usamos para nos relacionar com o mundo, consciente e inconscientemente.

Algumas das dificuldades surgem, quando pensamos que todos são iguais, como se todos fossemos da mesma família, com as mesmas regras e hierarquias.

O processo de psicoterapia faz também este trabalho de pesquisa e revela esses códigos, nossa forma de nos relacionar, nossas expectativas e desejos, ajudando a trazê-los para a consciência, e uma vez conscientes, podemos enfim decidir o que fazer com eles, quais alterar e quais preservar.

Nós somos seres sociais, vivemos em relação todo o tempo e necessitamos do outro para crescer e nos desenvolver fisicamente (nos primeiros anos de vida) e psicologicamente (durante nossa vida toda). Somos o resultado de nossas características hereditárias e do nosso potencial de saúde acrescido das influencias que recebemos, resultantes das crenças e dos valores morais de nossos pais/educadores.

Estamos continuamente aprendendo com nossas relações, todo o tempo. A relação de psicoterapia torna-se um novo modelo, uma nova proposta, onde passamos a compreender nossa historia, perceber e entender a nossa responsabilidade naquilo que nos acontece e onde contribuímos, mesmo sem perceber, para nossas dificuldades.



Sirley Bittú 
 
 

24 de setembro de 2012

Solícito sim, submisso nunca!




O ato de submeter-se em muitas circunstâncias tiveram sua origem na infância, quando pais instigavam o medo e a ameaça como forma de obter obediência dos filhos.

Sendo assim, quando adultos poderão estes modos forçados de obedecer , anular sua próprias vontades e metas em prol de outrem. Não podemos descartar que trazemos de vivências anteriores sentimentos de culpa por abandonarmos em algum momento um ente querido.

Inconscientemente gravado em nosso "arquivo mental" nos submetemos a situações para compensarmos estas memórias faltosas do passado.

E o que podemos falar ainda, quando estes mesmos indivíduos desequilibrados por conflitos herdados na infância não desenvolvem quando adultos em sua personalidade uma enorme satisfação em dominar, tiranizar e afligir outras pessoas submissas? O ser humano que se sujeita a ordem de comando vive tentativas de cumprir e concordar com ordens recebidas e decepções e revolta por nunca receberem consideração pela obediência executada.

Atos de submissão não são virtudes do coração, porque na grande maioria das vezes, simplesmente camuflam uma obrigação autoimposta de querer agradar à todos, esperando receber em troca atenção e amor .

Quando exercitamos o auxílio espontâneo, consentimos nossos atos com o coração e a razão. Abdicamos o nosso direito em favor de alguém ou de uma causa por livre vontade, já que o direito era de nossa competência.

Ser solicito sem a obrigação compulsiva de agradar à todos, faz bem aquele que recebe, mas acima de tudo cooperar com ou outro de forma lógica e racional sem desviar de nossa real missão na Terra que é crescer e amadurecer espiritualmente faz bem ao nosso coração.

Envolve um estado de disposição em servir, amparar e agradar de forma natural.

Seria proveitoso para o nosso ser refletir o quanto estamos nos submetendo a situações que não serão jamais reconhecidas e que estão minando a nossa energia e direcionar com sabedoria para ajudar aquele que realmente necessita e merece nossos atos compassivos, porque esse doar-se terno e tranquilo não esteriliza o nosso ser ...nem rouba a nossa dignidade!



Silvana Giudice