22 de março de 2012

O analfabetismo emocional





Até mais ou menos o ano de 2006, eu era um analfabeto emocional. Diferente do analfabetismo comum onde a pessoa tem consciência de que não sabe escrever, o analfabeto emocional não tem a percepção da sua falta de conhecimento.

O que é então ser um analfabeto emocional? É desconhecer coisas básicas sobre o que são as emoções, como elas funcionam, como influenciam a nossa vida em todas as áreas. O que aprendemos durante a nossa formação escolar diz respeito de forma geral ao intelecto. Aprendemos e desenvolvemos o raciocínio lógico, a memória, a capacidade de aprender conceitos sobre coisas do mundo. O analfabeto emocional investe apenas no aumento da sua capacidade intelectual pois pensa que isso é o mais importante.

Esse aprendizado é útil, entretanto, fica faltando algo vital, que entendo como mais importante e que irá influenciar nossa vida de uma forma mais profunda. Formamos seres humanos dotados de uma grande capacidade intelectual mas que não conseguem criar uma vida feliz, em paz, próspera e saudável. 

Tive uma boa educação e sempre fui considerado uma pessoa inteligente. Entretanto, minha vida profissional se tornou um caos, e a ansiedade me consumia. Se eu era tão inteligente isso não era para acontecer. A maioria pensa que a única coisa que podemos fazer para ajudar um ser humano a ser feliz e bem sucedido na vida é dar uma boa educação formal e uma boa educação caseira. A educação que temos em casa é fortemente contaminada pela negatividade dos nossos pais, que eles acabam nos passando de forma inconsciente.

São essas as ferramentas que damos às crianças até que completem sua formação. A partir daí, temos a ilusão de que a pessoa tem toda a base que interessa e assim ela terá condições seguir na vida de forma satisfatória. Se ela não consegue o resultado esperado não compreendemos a razão. 

Apesar de ter tido uma boa educação, eu desconhecia sobre os aspectos emocionais, e o quanto essa área em desequilíbrio sabotava a minha vida. Talvezeu tivesse uma leve noção sobre essa influência, mas eu pensava que ela era mínima. Eu achava que se eu estudasse mais e tomasse as atitudes que me parecessem mais lógicas, eu encontraria as soluções. Só que as minhas ações e escolhas eram totalmente influenciadas pelo estado emocional, inconscientemente, e eu não tinha a menor idéia disso. A escolha da profissão, dos relacionamentos e as atitudes tomadas no dia a dia eram mais reflexo do meu estado emocional interior do que da minha inteligência.

A forma como eu lidava com a vida, de uma forma sutil e inconsciente, levava a mais e mais resultados negativos. Eu não percebia os erros que eu cometia. Tudo o que eu sabia é que as coisas davam errado e mais sofrimento surgia. E as razões por trás de tudo isso? Eu nem sabia que haviam razões. Parecia acaso, má sorte, qualquer coisa, só não parecia que tinha uma explicação tão óbvia como eu consigo enxergar hoje.

Depois de muito sofrimento e de não entender o porque tudo dava tão errado, percebi que somente estudar e ser inteligente não era o suficiente. Despertou, então, o interesse pelo autoconhecimento. Comecei então um lento e gradual processo de alfabetização emocional. Aprendi muito com GaryCraig, criador da *EFT.

Durante esse aprendizado foi ficando cada vez mais claro pra mim o quanto as crenças que eu carregava, e os problemas de autoestima (muitos que eu nem sabia que tinha) estavam criando resultados negativos. Somente a inteligência intelectual jamais seria capaz de me levar a bons resultados. Pela primeira vez, eu comecei a entender profundamente que eu era o criador de tudo aquilo e que precisa curar muitas coisas dentro de mim para que a minha vida mudasse. E foi o que aconteceu. Passando por diversos processos terapêuticos, lendo livros, textos na internet, vídeos, meditação e outrascoisas, o interior foi mudando e o resultado foi aparecendo em todas as áreas: melhora da saúde física, dos relacionamentos, da parte profissional, diminuição da ansiedade.

O analfabeto emocional não tem uma consciência profunda deque quando a sua vida não está indo bem, ele é a única pessoa que pode mudar a situação e que somente curando o seu interior sua vida vai mudar. Ele normalmente vai achar que são fatores externos a ele são os principais responsáveis pela sua infelicidade: seu pais, seu sócio, sua mulher, o Brasil, a cultura da cidade, o governo. Na sua lógica inconsciente, são esses fatores que precisam mudar para que ele seja feliz. Ele mesmo gerou muito sofrimento para si mesmo e não percebe. Não criou de forma proposital, mas sim inconscientemente. Mesmo assim, ele é o responsável.

O analfabeto emocional também não sabe que ele cria suas doenças físicas a partir de sentimentos negativos que vão se acumulando dentro de si. Toda emoção negativa é produzida quimicamente pelo nosso corpo e afeta a nossa fisiologia gerando: tensão nos músculos, alteração do hormônios, mudança do PH sanguíneo. Sentimentos vão ficando guardados dentro de nós e se somando até que começam a provocar reflexos mais visíveis na parte física: diabetes, pressão alta, câncer, doenças de pele, alergias, doenças cardíacas e etc. 

É muito provável que a pessoa desenvolvida intelectualmente, mas analfabeta emocionalmente fique com raiva de mim ao ler esse texto. Pois ela tem certeza de que as doenças são causas por fatores externos, e que se sua vida está mal em outras áreas, a maior causa está em coisas fora do seu interior. Seu ego defenderá a posição da vítima, que gera muito sofrimento e não permite que a pessoa mude, mas é o que ela está acostumada a ser.

Seria muito bom que aprendêssemos desde criança a perceber nossos sentimentos. Saber o que é raiva, o medo, a culpa, a frustração. Perceber a manifestação física dessas emoções. Sim, toda emoção quando surge provoca um desconforto no corpo, é a sua química afetando a fisiologia. Deveríamos aprender como os sentimentos negativos sabotam a nossa vida de forma inconsciente, influenciando nossas escolhas. Poderíamos aprender na escola sobre crenças limitantes, quais são e como elas nos prejudicam. Se aprendêssemos a detectar aspectos da autoestima baixa, jogos de manipulação familiar, padrões negativos que se repetem, teríamos muito mais condições de nos libertamos dessa negatividade. Mas nossos pais e professores também são analfabetos emocionais, eles não sabem lidar com nada disso. Normalmente, só vamos aprender na idade adulta, depois de muito sofrimento, buscando professores nessa áreas através de livros, palestras, vídeos e terapeutas.



Andre Lima



20 de março de 2012

Três pílulas de gentileza por semana!




Selecionei, com muito carinho, três pílulas de gentileza do meu livro PÍLULAS DE GENTILEZA para você tentar praticar durante esta semana e verificar quais as consequências. Estou certa de que ser gentil só nos traz benefícios, ainda que não imediatamente, ainda que não pela via que esperamos. Mas basta praticar e ter paciência que o resultado -sempre muito bom- virá!

1. DÊ UM CRÉDITO
Sabe aquele dia em que você acorda, sai para o trabalho ou para seus compromissos e tem a nítida sensação de que deveria ter ficado em casa, dormindo? Definitivamente, você pensa, este não é o seu dia! Tudo o que gostaria é de não ter que resolver problemas nem manter as aparências com ninguém. Pois é... saiba que você não é o único "privilegiado". Todos nós experimentamos dias assim. E é justamente nesses dias, que tudo o que gostaríamos é que nos dessem um desconto ou, melhor ainda, um crédito. Que esperassem nosso mau-humor passar e pegassem leve, não é? Então, faça o mesmo quando se deparar com uma situação em que uma pessoa é grosseira com você do nada, sem motivos. Dê um crédito a ela. Pense: bem, hoje não deve ser o melhor dos dias para ela, então, vou deixar passar, vou relevar! E assim, certamente estará praticando a gentileza e evitando aborrecimentos desnecessários!

2. ESCUTE MELHOR
Durante algum tempo de minha carreira, tratando dos temas "relacionamento e comunicação", insisti que não existe melhor maneira de resolver um conflito do que conversando. Mas terminei descobrindo, com meus próprios clientes, que pela palavra "diálogo" entendia-se, sobretudo, falar. Acontece que só falar, embora já seja um ótimo começo, resolve bem pouco. Mais eficiente é realmente escutar o que o outro tem a dizer. Ouvir com o coração aberto e a intenção real de solucionar o problema. Afinal, só quando compreendemos o que o outro está pensando e sentindo é que podemos tomar uma atitude mais certeira. Note que estou sugerindo que você escute 'melhor' e não escute 'mais'. O que conta é a qualidade da escuta! Escutar ignorando, fazendo outra coisa, sem olhar nos olhos, é péssimo. Só faz com que o outro se sinta totalmente desconsiderado e a situação piore. Escutar fingindo, sem realmente dar atenção, também é lastimável, porque a pessoa termina percebendo que você não se envolveu e que ela foi tratada como se não tivesse a menor importância. Escutar seletivamente é típico dos casais em crise ou de colaboradores que só fazem o que querem. Já escutar com atenção é muito bom, mas existe uma qualidade de escuta ainda melhor. É a empática. Aquela em que você consegue se colocar no lugar do outro enquanto ele vai falando sobre o que pensa, sente e quer. Esta sim, faz com que a pessoa se sinta acolhida e compreendida. E possibilita a você uma mudança de atitude que faz toda a diferença!

3. PESSOAS GENTIS TAMBÉM DIZEM "NÃO"
Muita gente pensa que ser gentil é estar sempre disponível e levar aquela bendita fama de "bonzinho". Não, não e não! Ser gentil não é isso e também não é ser feito de bobo. Pessoas gentis sabem reconhecer seus próprios limites e respeitar o outro tanto quanto a si mesmo. E isso significa que, muitas vezes, terá de negar um pedido do outro, para que esteja sendo coerente consigo mesmo, com seus compromissos e até com seus valores. Pessoas que não sabem dizer "não" certamente apresentam uma questão mal resolvida com sua autoestima. Usam o "sim" para, talvez inconscientemente, conseguir a aprovação ou o amor do outro. Não funciona! Resultado? Sentem-se frustradas, vítimas das relações e muito insatisfeitas com suas vidas. Saber dizer "não" quando necessário é sinal de maturidade e equilíbrio. E nem é preciso alterar o tom de voz ou ser grosseiro. Um "não" dito com firmeza e coerência é muito eficiente e, quase sempre, mais produtivo do que supomos.



Rosana Braga




15 de março de 2012

A casa de cada um




Nesta época de início de ano, gosto de tratar da vida. Dou a roupa que não uso mais. Livros que não pretendo reler. Envio caixas para bibliotecas. Ou abandono um volume em um shopping ou café, com uma mensagem: "Leia e passe para frente!". Tento avaliar meus atos através de uma perspectiva maior.

Penso na história dos Três Porquinhos. Cada um construiu sua casa. Duas, o Lobo derrubou facilmente. Mas a terceira resistiu porque era sólida. Em minha opinião, contos infantis possuem grande sabedoria, além da história propriamente dita. Gosto desse especialmente.

Imagino que a vida de cada um seja semelhante a uma casa. Frágil ou sólida, depende de como é construída. Muita gente se aproxima de mim e diz: Eu tenho um sonho, quero torná-lo realidade! Estremeço.

Frequentemente, o sonho é bonito, tanto como uma casa bem pintada. Mas sem alicerces. As paredes racham, a casa cai repentinamente, e a pessoa fica só com entulho. Lamenta-se.

Na minha área profissional, isso é muito comum. Diariamente sou procurado por alguém que sonha em ser ator ou atriz sem nunca ter estudado ou feito teatro. Como é possível jogar todas as fichas em uma profissão que nem se conhece?

Há quem largue tudo por uma paixão. Um amigo abandonou mulher e filho recém-nascido. A nova paixão durou até a noite na qual, no apartamento do 10º andar, a moça afirmou que podia voar. Deixa de brincadeira, ele respondeu. Eu sei voar, sim! rebateu ela. Abriu os braços, pronta para saltar da janela. Ele a segurou. Gritou por socorro. Quase despencaram. Foi viver sozinho com um gato, lembrando-se dos bons tempos da vida doméstica, do filho, da harmonia perdida!

Algumas pessoas se preocupam só com os alicerces. Dedicam-se à vida material. Quando venta, não têm paredes para se proteger. Outras não colocam portas. Qualquer um entra na vida delas.

Tenho um amigo que não sabe dizer não (a palavra não é tão mágica quanto uma porta blindada). Empresta seu dinheiro e nunca recebe. Vive cercado de pessoas que sugam suas energias como autênticos vampiros emocionais. Outro dia lhe perguntei: Por que deixa tanta gente ruim se aproximar de você?

Garante que neste ano será diferente. Nada mudará enquanto não consertar a casa de sua vida. São comuns as pessoas que não pensam no telhado. Vivem como se os dias de tempestade jamais chegassem. Quando chove, a casa delas se alaga. Ao contrário das que só cuidam dos alicerces, não se preocupam com o dia de amanhã.

Certa vez uma amiga conseguiu vender um terreno valioso recebido em herança. Comentei: Agora você pode comprar um apartamento para morar. Preferiu alugar uma mansão. Mobiliou. Durante meses morou como uma rainha. Quase um ano depois, já não tinha dinheiro para botar um bife na mesa!

Aproveito o início do ano para examinar a casa que construí. Alguma parede rachou porque tomei uma atitude contra meus princípios? Deixei alguma telha quebrada? Há um assunto pendente me incomodando como uma goteira? Minha porta tem uma chave para ser bem fechada quando preciso, mas também para ser aberta quando vierem as pessoas que amo?

É um bom momento para decidir o que consertar. Para mudar alguma coisa e tornar a casa mais agradável. Sou envolvido por um sentimento muito especial. Ao longo dos anos, cada pessoa constrói sua casa. O bom é que sempre se pode reformar, arrumar, decorar!

E na eterna oportunidade de recomeçar reside a grande beleza de ser o arquiteto da própria vida.



Walcyr Carrasco
 
 
 

11 de março de 2012

Sobre gatos e lebres


Eis a minha nada inovadora máxima: na teoria, a maioria dos homens quer uma companheira independente e moderna. Mas, na prática, anseia mesmo é por um Amélia.

Não que se dêem conta disso, conscientemente. Eles juram de pés juntos que não querem “mulheres prendadas” como as do passado, de forno e fogão, cama e mesa. Querem uma mulher com quem se identificam intelectualmente e a qual respeitam profissionalmente.

Mas no insconsciente, a coisa muda de figura. O desejo é por uma mulher que cuide do lar, faça canja de galinha em caso de doença e cozinhe quitutes de lamber os beiços. É quase uma genética cultural. Um determinismo social.

E quando o inconsciente toma conta, mesmo os homens mais desencanados declamam perguntas conhecidas, como robôs preprogramados: “o que você preparou para o jantar?”, “passa a minha camisa, por favor?”, “cadê a minha cueca?”.

Aqui no Oriente Médio, essa dicotomia masculina fica ainda mais latente. Na maioria dos países árabes, os papéis são claros. Os homens são os provedores, as mulheres, donas-de-casa. E ponto final. Com raríssima exceções.

Mas aqui em Israel, tudo parecia ser diferente. Israel é repleto de contrastes e de imigrantes de várias partes do mundo. Mas o etos do país é de um Estado ocidental, moderno, desenvolvido. Os homens, aqui, hoje em dia, lavam louça, trocam fraldas, passeiam com os filhos nos fins de tarde. E as mulheres trabalham, desenvolvem carreiras. Muitas chefiam o lar. Os papéis são menos claros (há exceções, claro, como entre os ultraortodoxos judeus ou os muçulmanos mais concervadores).

Justamente por isso é que tenho a sensação de que tanto eu quanto meu marido levamos gato por lebre quando nos casamos.

Eu porque tinha certeza de ter encontrado um companheiro que acreditava na utópica divisão meio-a-meio das tarefas domésticas. E ele porque achava que queria dividir essas tarefas, mas, na verdade, quer mesmo é se esparramar no sofá e navegar horas a fio na internet. A louça na pia? Uma vez a cada 29 de fevereiro ele lava. Mas, no dia a dia, se eu não botar a mão na espuma, os pratos e copos pode ficar na pia até mofar. A roupa suja? Se eu não enfiar na máquina, pode acumular até ele ter que comprar meias novas.

Tenho conversado sobre isso – ou melhor, reclamado disso – com diversas amigas israelenses. E elas me dizem a mesma coisa. O marido jurava ser todo moderninho, ser de uma geração em prol da igualdade entre os sexos, blablabla, mas na hora do “vamos ver”, se comporta como um suserano diante de vassalas que deveriam serví-lo.

Aqui tenho que fazer uma ressalva: as mulheres – eu incluída – também não estão livres da tal genética cultural, com ou sem movimento feminista. Admito. Outro dia o carro quebrou e liguei mecanicamente para o meu marido. Carro é coisa de homem, né? Ele que leve à oficina, oras bolas, até porque mecânico aqui é igual a no Brasil: adora cobrar mais caro de mulheres, trocar uma parafuseta a mais, essas coisas.

Aliás, marido, aproveita e calibra os pneus, tá?, porque fiz as unhas ontem (e aqui manicure custa o triplo do Brasil).

Pensando bem, eu é que sou minha própria lebre. Acho que quero um homem que divida comigo o fardo do dia a dia. Mas, na verdade, quero é um príncipe encantado que cuide de mim, traga o sustento do lar e leve o carro para o conserto. Em troca, posso até fazer uma canjinha para ele em dia de resfriado.


Daniela Kresch

10 de março de 2012

Tenha em mente ser próspero



É preciso vivermos sempre verdadeiramente atentos à nossa força interior, pois, ainda que, aparentemente, ela não nos faça diferença, faz com que a nossa realidade atue sempre por elevados estímulos. 
Os nossos pensamentos devem ser elevados até as mais altas esferas, e ligados permanentemente ao poder infinito que temos em nós. Se assim procedermos, iluminadas ideias virão do vento a clarear nossas mentes, ajudando-nos a utilizarmos o nosso pensamento para chegarmos ao sucesso.
O segredo da suprema força está, simplesmente, na união dos agentes exteriores com o poder que opera dentro de nós.

Aquele que alimenta ideias de pobreza, pobre será. Procure alimentar-se sempre de pensamentos de prosperidade. Seja qual for a situação que se encontre nesse momento, você tem o poder, você tem a força para mudar tudo e prosperar.

Assim como toda verdade subsiste por si e somente espera que a percebamos, todas as coisas indispensáveis à satisfação de nossas necessidades existem também por si, aguardando que nos apropriemos delas.

Para aqueles que sabem fazer um prudente uso de suas forças e transformá-las em energia para a evolução, para o bem, a natureza terá sempre abertas as arcas onde se acham os seus tesouros. A graça é sempre concedida de acordo com o que se pede, mas desde que seja pedida com prudência e justiça. Quando chegamos à realização destas altas leis, nos libertamos do medo, da miséria e da pobreza. É certo que a maior pobreza é a ignorância. Com ela, sua prosperidade estará sempre em risco, te fazendo viver com medo constante de tudo.

Se, de repente, você perder o emprego, não se deixe dominar pelo temor de não encontrar outro, pois, o seu pensamento é que o guiará e o ajudará ao êxito de logo estar bem e satisfatoriamente empregado. Faça vibrar a sua força interior sempre que sofrer qualquer prejuízo. Essa sua energia positiva será como um imã, que o atrairá a uma boa colocação, e bem melhor que a perdida.

Fixe seu pensamento na ideia de que a apropriada colocação virá em tempo oportuno. O seu pensamento, a força da alma e a força do universo, possuem, juntos, um poder oculto de energias incalculáveis, desde que empregados com retidão e prudência. Saiba que todos nós, através da fé e da segurança, temos o poder de atrair a prosperidade. Firme toda a sua força e espere, que logo será atendido.

Não é bom ser tomado por queixas e lamentos inúteis. Eles vão interferir na sua força e diminuir a sua energia. Não se amedronte com as más sugestões que lhe chegarão. Trate de expulsar todas as crueldades com energias vitalizadas pela sua força de vontade, que fará o mal se revestir de formas positivas e sensíveis.

Jamais deixe de pensar positivamente. A prosperidade vem através dos bons e positivos pensamentos. Quem assim vive sabe ultrapassar as barreiras com facilidade. Os ventos que vêm de longe sopra a favor ou contra. Manter o pensamento na prosperidade é atrair os bons e poderosos ventos vindos do universo.

Se deseja alguma coisa boa e necessária para você, algo que possa melhorar a sua vida ou acrescentar uma nova utilidade para com o próximo, mantenha singelamente em ação o pensamento constante nesses desejos, porque, em tempo oportuno, por meios naturais e nas devidas condições, você entrará pela porta do êxito para nunca mais sair.

Tudo o que chamamos de fruto da imaginação são realidades e forças dos elementos invisíveis. Se pensamos e desejamos ser grandes, logo seremos.

Então, goze a realização do que deseja de verdade, desde as primeiras horas do dia até o momento do seu descanso noturno. Logo você irá perceber que algo está mudando, ou melhor, a sua vida está mudando, e para melhor. Não faça planos para começar no ano que está se iniciando, comece agora a ser próspero, e inicie o ano com uma nova missão para a sua vida. Seja mais humano, mais amoroso, mais educado, mais bondoso e mais próspero. Riscos existem, mas se não conseguimos eliminá-los, temos que aprender a driblá-los com sabedoria.

Assim é minha vida, fortificada de fé, de certeza e de bondade. Uma prática que vem desde criança, quando era chamado de sonhador. Não espere ter sorte, seja a sorte e pense próspero.





Bernardino Nilton Nascimento 



9 de março de 2012

Mulheres...



Mulheres fracas, fortes.
Não importa.
Mulheres mostram que mesmo através da fragilidade.
São fortes o bastante para erguerem sempre cabeça
Sem desistir, pois sabemos que somos capazes de vencer.

Temos a delicadeza das flores
A força de ser mãe,
O carinho de ser esposa,
Reciprocidade de ser amiga,
A paixão de ser amante,
E o amor por ser mulher!

Somos fêmeas guerreiras, vencedoras,
Somos sempre o tema de um poema
Distribuímos paixão, meiguice, força, carinho, amor.

Somos um pouco de tudo
Calmas, agitadas, lentas!
Vaidosas, charmosas, turbulentas.

Mulheres fortes e lutadoras.
Mulheres conquistadoras
Que amam e querem ser amadas
Elegantes e repletas de inteligência

Com paciência
O mundo soube conquistar.
Mulheres duras, fracas.
Mulheres de todas raças
Mulheres guerreiras
Mulheres sem fronteiras
Mulheres... Mulheres...



Rozilene P. de Souza



 

4 de março de 2012

Fazer diferente...


 


Tenho ficado muito ligada sobre como nos fechamos às infinitas possibilidades que sempre estão disponíveis, quando nos apegamos a antigos padrões que tanto nos limitam e, especialmente, à forma pela qual esses padrões são criados.

Passamos a vida nos defendendo de coisas supostamente ruins e buscando coisas supostamente boas... e nem nos damos conta de como essas regras, que usamos para selecionar uma coisa e outra, são furadas, antigas e já não significam nada para quem somos hoje. Somos levados a defender tantas coisas, que acabamos nos limitando a espaços internos e externos cada vez menores e mais apertados...

Criamos nossa sombra com as partes que não aceitamos em nós mesmos...

Mas já pensaram como esse não aceitar coisas tem a ver com os muitos papeis que assumimos durante a nossa vida... os muitos "times" nos quais jogamos?

Sempre são criadas regras e padrões de comportamento para tudo... e quase nunca podemos ser simplesmente o que somos.

Seria como se, por ser mulher, já defendêssemos um time, ao escolhermos uma profissão, já defendêssemos outro, ao sermos mães já participássemos de outro time, ao pertencermos à determinada crença religiosa, mais um time, e esse, diga-se de passagem, costuma vir com um peso enorme de regras, e de condições extremamente limitantes e inexplicáveis para o propósito a que se destinam...

No entanto, ao assumir que pertencemos a tantos times, vamos, sem sequer perceber, pouco a pouco... adequando-nos a regras e a comportamentos tão absurdamente distantes de nossa verdadeira natureza, que são muitas vezes conflitantes entre si... e acabamos virando uma mistura sem graça de muitas coisas que não nos representam com integridade.

Ao tentar fazer parte de qualquer coisa que inclui e defende algumas regras de comportamento e exclui todo o resto... estamos nos afastando de ser a totalidade de nós mesmos. Nós somos parte do todo e cada parte contém o todo... quando negamos uma parte de quem somos, não permanecemos inteiros...

Infelizmente, quase todas as instituições querem nos prender e limitar a uma parte infinitamente menor do que o todo que realmente somos.

Estarmos abertos para tudo... e a partir daí escolhermos conscientemente, é uma liberdade muito maior do que limitarmos nossas escolhas às coisas que são classificadas como "boas" pelos muitos times nos quais jogamos...

É muito mais cômodo ser guiado por outros, que consideramos autoridades, do que assumir a responsabilidade de seguir o nosso coração estando abertos a todas as possibilidades. A partir do momento em que nos colocamos como seguidores de algo ou de alguém, e fazemos isso sem questionar, cada escolha deixa de ser nossa e passa a ser do outro.

Por que não nos arriscarmos pelos caminhos muito mais amplos e inexplorados que acessamos ao nos libertar das muitas coisas que seguimos, para abraçar somente a nossa intuição? Por que não fazer diferente, se do jeito que está não está dando certo?



Rubia A. Dantés