28 de novembro de 2012

Não alimente as culpas do passado




Quando conseguimos compreender, quando temos a consciência de quem realmente somos, quando as nossas atitudes passam a ser impulsionadas pelos nossos próprios pensamentos, o nosso maior desejo passa a ser encontrar um meio fácil e eficiente de substituir os maus pensamentos por uma postura mais agradável e que nos traga equilíbrio e alegria de viver.

Os reflexos dos nossos atos e pensamentos passados não devem ser mantidos vivos no presente. É preciso substituir os momentos ruins do passado e procurar viver o momento com alegria, com pensamentos positivos. Nós devemos desfrutar de uma vida focada sempre no agora, pois somos seres infinitamente capazes de mudar qualquer situação. Para verificar tal evolução é só entender o que representávamos na era primitiva e o que estamos representando hoje para o mundo.

Somos dotados de uma caixa de ferramentas fundamental, que pode ser usada quando precisarmos trocar toda a nossa decoração interna de tristeza para uma vida de alegria. De tantas ferramentas, duas delas se destacam pelo seu grande poder de mudar rapidamente qualquer situação: “a fé e o amor”.

Podemos colocar a fé em qualquer crença, e tudo se transformará de acordo com a nossa vontade. Quanto ao amor, basta deixarmos que se desenvolva dentro de nós e ele se transportará ao nosso exterior, promovendo várias mudanças a nosso favor. Porém, essas duas grandes ferramentas só podem ser utilizadas no presente.

Como devemos nos libertar dos medos do passado? Simples. O que passou, passou. Devemos verificar como os nossos sentimentos estão posicionados no presente. A melhor maneira de enfrentar o medo é encarando-o e enfrentando-o.

Os nossos pensamentos, que são consequências da nossa memória, devem estar prontos para nos bombardear de boas emoções e reações.

Um pedido deve ser realizado com um sentimento profundo de calma e tranquilidade absoluta. Sendo assim, é certo sermos atendidos, pois a certeza vinda do coração com toda fé fará o vento do universo soprar a nosso favor, de acordo com os nossos desejos. Mas para que este vento sopre com toda força é necessário que deixemos o passado em seu devido lugar.
Nunca abandone a sua vontade enquanto ela não der o sinal de que foi aceita. Sinta o vento começar a soprar a seu favor. Mesmo depois dos sinais de êxito podem aparecer alguns obstáculos, porém, estes serão os sinais de alerta, comunicando que cada um também deve fazer a sua parte. Os obstáculos são incentivos. Eles nos permitem aprofundarmos em nossos estudos, em nossas vontades.

Um dos sinais é o sentimento de absoluta calma, mesmo sabendo que a tempestade ainda não passou, e a visualização clara de possibilidades para a resolução de problemas, até então, insolúveis. Esses sinais nos fazem enxergar os nossos objetivos sendo desenhados.

A vida é simplesmente maravilhosa, cada um de nós temos o poder de realizar e mudar qualquer tipo de situação. O poder da fé e a magia do amor fazem coisas aparentemente impossíveis.

Então, não há culpas do passado no presente. O que existe é um passado que ficou para trás. Vivemos um presente com o desejo de um futuro sempre melhor e que desejamos realmente viver. Deixemos de lado as culpas, e com atitudes de fé e de amor, mostremos para nós mesmos e para o mundo a nossa nova vida, mais alegre, com mais prazer, mais amor ao próximo e a nós mesmos, e mais confiança em Deus.


Bernardino Nilton Nascimento



27 de novembro de 2012

Perder um amor pode render grandes lições!



Cada fase da vida pode ser uma lição imperdível. Sim, as diferentes demandas da vida, do amor e dos relacionamentos podem se tornar aprendizados preciosos ou castigos horrendos. Tudo vai depender de como cada um lida com seus sentimentos e reage aos convites para crescer e amadurecer.

Um dos maiores desafios, para a maioria das pessoas, é conseguir vivenciar a fase da perda de um grande amor sem se desmontar, sem sucumbir e se afundar num mar de desespero e lamúrias, perdendo completamente a noção de si mesmo, de seus planos e seu valor.

Claro que interromper um relacionamento quando todo o seu corpo e até a sua alma ainda pulsam diante da pessoa amada é extremamente doloroso. Claro que perder alguém -seja simbólica ou literalmente falando- é uma experiência que nos deixa absolutamente sem chão, como se o enredo de toda uma história se esvaísse e nada mais fizesse sentido.

Ou seja, não estamos falando sobre não sentir, não chorar, não doer, não sofrer. Claro que não! Tudo isso é intrinsecamente humano e parte indispensável de qualquer evolução, de qualquer possibilidade de consciência, percepção e desenvolvimento saudável.

A questão, portanto, é: por que será que, mesmo sendo imprescindível estar na "escuridão" de si mesmo, temporariamente sem saber para onde ir ou o que fazer, sem saber o que é ou o que será, ainda assim tantas pessoas resistem, recusam-se a aceitar, negam-se a aproveitar esta oportunidade, como se se tratasse de uma grande injustiça, uma tragédia inominável e equivocada?

Feito crianças mimadas, tornam-se agressivas, acusam o mundo e o outro por sua insatisfação e suas frustrações. Tornam-se, sobretudo, cegas e surdas diante dos sinais que a vida sabiamente lhes envia, dia após dia. E, assim, não percebem a sua parte no desenrolar dos acontecimentos.

Não se dão conta de que existe uma parcela desta história que tem a ver com suas próprias escolhas, com seus próprios direitos. E tem uma segunda parcela que tem a ver com as escolhas do outro, com os direitos do outro. E tem ainda outra parcela que pode, sim, ser incontrolável, inexplicável e até irracional. Sobre esta, nada podemos fazer. Apenas aceitar. Está além do alcance de nossa visão, de nosso entendimento.

Por isso, se você está latejando de dor e desespero por ter pedido um amor ou porque o ritmo deste encontro não é exatamente o que você havia imaginado, dê um crédito ao tempo e confie um pouco mais no sábio dito popular de que "o que tiver de ser, será!". Algumas dicas podem ajudar:

- Acolha-se! Quando alguém que você ama muito está se contorcendo de dor, você provavelmente abraça, acaricia, cuida. Faça isso consigo mesmo neste momento e até a dor diminuir. Você precisa ficar forte para atravessar o escuro túnel do aprendizado.

- Pare de se culpar!
Num momento de perda, a culpa não serve para nada. Autopercepção é a palavra, é a lição. Reconheça seus erros para não repeti-los. Peça desculpas, mas lembre-se de que o outro tem o direito de dizer "sim" ou "não" e isso nada pode ter a ver com a sua consciência de que pode fazer melhor da próxima vez.

- Permita-se viver o luto!
Tem gente que, quando está triste, vai pra balada, bebe demais, foge de si mesmo acreditando que a negação é a melhor saída. Não é, definitivamente. O que não for digerido e vivenciado vai explodir de alguma forma, seja como doença, agressividade ou depressão.

- Viva um dia por vez!
Pare de reivindicar o alívio antes de o processo terminar. Aprender é um processo que leva tempo. Crescer exige um passo a passo que vai acontecendo conforme as "fichas vão caindo". Seja razoável consigo mesmo e tente ficar bem "só por hoje". Se não conseguir, tudo bem. Amanhã será um novo dia e uma nova chance de estar melhor.

- Faça bons planos para um recomeço triunfante!
Resgate seus prazeres deixados por fazer. Peça ajuda dos amigos. Arrisque um novo curso, um novo corte de cabelo, um novo esporte. Aposte no novo e se refaça. Esteja certo de que é para frente que se olha e que o melhor sempre está por vir...


Rosana Braga

26 de novembro de 2012

Pressões sociais e liberdade individual




Acredito que possa ser de enorme valia dissecar certas peculiaridades das relações interpessoais e suas correlações com a questão da liberdade do ser humano. Apesar de já ter sido enfático na afirmação de que o prazer derivado da coerência entre os conceitos e a conduta - é assim que defino a liberdade - está na dependência da maturidade individual, não se pode subestimar o caráter pernicioso das pressões do meio. É preciso uma grande força interior para ter condições de não ceder às repressões externas; se o meio social fosse menos homogeneizador, sem dúvida alguma mais pessoas teriam mais força para buscar um modo de ser coerente com suas convicções.

Fica claro também que os esquemas econômicos e políticos repressivos - e que sempre estão a serviço de trazer benefícios materiais exagerados a um pequeno grupo - têm um maior interesse na imaturidade e consequente fraqueza emocional das pessoas; é evidente que, nessas condições, elas ficam totalmente submetidas às ordens do meio, por não terem forças para suportar qualquer tipo de dor derivada das críticas e maledicências. E estas pessoas mais inseguras também atuam de um modo repressor em relação às outras pessoas.

Um exemplo, bem característico do que costuma acontecer no seio da família, poderá nos esclarecer bem. Um pai ou uma mãe inseguros se comportam exatamente conforme as normas de uma dada sociedade; se sentem profundamente infelizes e frustrados com suas vidas, sendo capazes de se perceber como covardes - ao menos consigo mesmos - por não terem dado às suas vidas uma direção diferente. Temem o julgamento dos vizinhos, dos parentes e amigos e acham isto abominável. Porém, se tiverem um filho que, na adolescência, tende para condutas extravagantes e pouco convencionais, imediatamente se transformam nos repressores dele. Temem, por ele, represálias que eles, pais, seriam incapazes de suportar; temem também as críticas diretas relativas ao seu modo de educar os filhos; e, principalmente, agem de modo repressivo por causa da inveja, que é um impulso agressivo derivado da admiração.

Os esquemas repressivos podem ser diretos - autoritários - ou mais sutis. Os esquemas autoritários são de natureza primitiva, tanto através do exercício do poder efetivo que uma pessoa tenha sobre a outra (o pai pode impedir um filho de sair de casa, suprimir sua mesada etc.), como através da subtração das manifestações de afeto (ficar sem falar com um filho, mostrar-se indiferente e decepcionado etc.).

Os esquemas sutis são de natureza mais intelectualizada, tendo, por isso mesmo, uma aparência racional e lógica. O mais em voga tem a ver com o uso que muitas pessoas fazem das interpretações psicológicas. O modo como o conhecimento da subjetividade humana foi difundido pelos meios de comunicação em massa guarda apenas uma pálida semelhança com a grandeza do pensamento, sério e refinado, do grande nome e iniciador da psicologia como ciência, que foi Freud. Estabelecem-se rápidas e fáceis correlações entre os comportamentos atuais e eventuais experiências "traumáticas" do passado, todas elas com a finalidade de desqualificar a racionalidade da conduta afetiva.

Assim, se os jovens se opõem aos padrões convencionais de sua família, isso será porque teve uma forte carência afetiva na infância e está agora apenas querendo chamar a atenção e atenuar suas frustrações afetivas. Será que as coisas são mesmo assim? Será que se opor a padrões oficiais - mesmo quando seus seguidores não estão satisfeitos e se percebem como frustrados e covardes - é apenas uma manifestação de inadequação psicológica? Não será um esforço sincero no sentido de buscar uma solução individual mais satisfatória, ao menos como ingrediente fundamental?


Flávio Gikovate
 
 

24 de novembro de 2012

A vida é motivada pelo magnetismo pessoal




O nosso interior possui a magia e o poder de transmitir uma voz, em circunstâncias precisas, que tem o dom de hipnotizar e conseguir coisas relevantes. Possuímos o dom de transformar nossas relações em amizades profundas. Temos o conhecimento e a chave do sucesso, a sabedoria dos mistérios para desenvolver a vontade, a fé e a certeza. Tudo com o poder do magnetismo e do amor.

Quando nos definimos como pessoas possuidoras de um magnetismo pessoal, podemos acreditar na potência da personalidade e na autoconfiança. O que quer que seja intangível cria em nós a confiança de outros.

Ficamos sabendo que não temos o poder e que nem somos capazes de separar a beleza do amor. O magnetismo que possuímos já separa os nossos olhares externos pela atração. Então, podemos em seguida descartar o que todos pensam, que a beleza contribui para a manifestação do amor. O que realmente vai trazer o verdadeiro amor é o magnetismo pessoal. É a seta que atinge o coração, despertando a amizade e o amor.

Pode haver saúde, encanto e graça, sem que, para isso, haja magnetismo pessoal, porém ele representa a expressão real do nosso Eu interior, o verdadeiro amor. O que restará quando todos os carmas pessoais forem subtraídos e todos os talentos tangíveis eliminados?

Na história da humanidade, existem várias pessoas que, com seu magnetismo, conseguiram quase que dominar o mundo. Pessoas que conseguiram convencer outras com certa facilidade. Milhares de pessoas tiveram seus nomes espalhados pelo mundo por razões extraordinárias, seja para o bem como para o mal. Pessoas que se destacaram e ficaram para sempre na história da humanidade. Em sua maioria, vieram de origem humilde e pela força da vontade. Trabalhado para o bem, sempre vamos conseguir os nossos objetivos, porém, quando trabalhado para o mal, muitos só chegaram perto. Isso mostra a força do magnetismo pessoal.

Todos nós temos este poder, e ele não está somente na camada superior da sociedade. Ele está em todos nós. Podemos começar tomando uma solução firme, que é a de executar tudo àquilo que desejamos e planejamos com toda a nossa força de vontade. Sem trabalharmos o nosso magnetismo pessoal, não iremos muito longe, porque sempre dependeremos de outras pessoas, e para trazê-las para o nosso lado teremos que ter amor pelo nosso objetivo e o magnetismo de conquistá-las para a adesão aos nossos sonhos.

Não existe um ato, por mais insignificante que seja, que encerre o prazer do êxito. Sempre vamos triunfar. Realizando os nossos objetivos, a cada passo, todas as pessoas conquistadas passarão a contribuir com os nossos objetivos.

O pensamento centrado no seu objetivo, no seu sucesso, ganha asas para a sua realização.Pense somente no seu objetivo. Tenha sempre o valor de ousar. Alimente a sua confiança com tudo aquilo que é capaz de fazer. Desenvolva o poder do magnetismo e adquira a humildade de aceitar sugestões sem deixar abater o seu poder magnético de atrair somente o que você deseja de verdade.

Cultivando a decisão do caráter, aprendendo a dizer as coisas prontamente e bem, com a alma decidida, não deixará dúvida alguma de sua sinceridade. Sempre equilibrado para não vacilar.

Mesmo no poder com alguns vacilos, que dão mostras de perplexidade no que há de fazer, não poderá reter muito tempo junto de si os seus adeptos. Aí está a diferença do magnetismo da coragem para o bem, os fracos acabam sempre mal, deixam escapar e perder o seu poder pela falta de firmeza nas decisões e ações, muitas vezes demoradas, mostrando fraquezas. Tem o poder, tem o magnetismo pessoal, porém, não tem a vontade, não tem a força, não tem o verdadeiro amor no que está praticando.

O vacilo é inimigo do mando. Pelo contrário, a decisão é, por assim dizer, o seu alimento. Nas ocasiões oportunas, a indecisão produz o frio da morte, ao passo que a vivacidade é a pedra fundamental da confiança. A segurança é o tesouro acumulado pela confiança.

O magnetismo humano não pode ter um lugar fixo no plano do destino de cada um. Uns trazem no seu todo, logo quando nascem. Outros se manifestam na juventude, e outros mais adiante, talvez por falta de conhecimento e dos exercícios de colocar em prática a força da atração, do magnetismo pessoal.

O maior e mais importante elemento para a aquisição do magnetismo pessoal é a sua fé e o prazer de desejar a felicidade do próximo.


Bernardino Nilton Nascimento