24 de junho de 2010

Mafalda

                                  

Mafalda, a menina de seis anos de idade mais crítica dos quadrinhos, é uma doce e espevitada garotinha, sem papas na língua, com cabelos negros, traços fisionômicos simples e personalidade forte. No "mundo real", a irrequieta Mafalda, criação máxima do cartunista argentino Quino, completaria 46 anos em setembro.

Foi criada para uma campanha publicitária de eletrodomésticos chamada Mansfield (por isso seu nome começa com "M"). O cliente recusou o trabalho e dois anos depois, o semanário argentino Primera Plana encomendou a Quino uma série que fosse "engraçada". O autor resolveu utilizar a simpática garotinha que havia criado. A estréia foi em 29/09/64.

Mafalda tinha um espírito crítico e uma sagacidade típica das crianças de raciocínio rápido. Possuía um globo (o mundo) doente em casa e ouvia sempre o noticiário do jornal tendo uma excelente tirada para cada nova notícia. Muitos anos antes do jargão de Garfield sobre as segundas-feiras, Mafalda já odiava sopa, era apaixonada pelos Beatles e pelo desenho Pica-Pau.

Questionamentos como: Porque as guerras? O que se passa com os judeus e palestinos? Por que o Comunismo, Socialismo ou a Democracia? entre outras perguntas que afligem a humanidade, foram bem retratados com um toque de humor muito delicado e bem sarcástico. Com ingenuidade típica de uma criança, acaba deixando seus pais em situações de enrascada com seus questionamentos, políticos, econômicos, e familiares impecáveis, que dão a grande sacada das tiras humorísticas.

Mafalda teve importância mundial como, por exemplo, sua participação em 1976 na Declaração dos Direitos da Criança, do Unicef e em inúmeras campanhas educativas e de direitos humanos pelo mundo afora, além de ter sido tema de um selo postal.

Uma menina de opinião, com uma visão bastante crítica da realidade. Uma sonhadora. Uma contestadora. Foi assim ela conquistou o mundo, com a sua indignação pelas coisas erradas que aconteciam no mundo e vive até hoje nos nossos corações. Europa e América Latina se renderam aos encantos da personagem. Nunca foi publicada nos Estados Unidos.

Com sacadas absolutamente geniais, Quino fez de Mafalda um sucesso perene, que atravessa gerações há anos e continua encantando. A tira parou de ser desenhada em 1973, justamente no ano em que suas estripulias chegaram ao Brasil.


Fonte
Edição: Lena

2 comentários:

Maria José Rezende de Lacerda disse...

Eu adoro a Mafalda. É uma menina esperta, inteligente e de opinião. É preciso ir contra determinadas regras pré-fixadas, que vêm de gerações, para que a evolução se faça presente. Beijos, amiga.

Meire Oliveira disse...

Já vi que tu é fã da Mafalda assim como yo! Quando eu estava no colégio peguei um livro super grosso de tirinhas dela e lia com a minha irmã, tudo de bom!!! ;)