Em seus mais de 50 anos de carreira, Clinton “Clint” Eastwood Jr. atuou em 66 filmes e dirigiu mais de 30. Natural de São Francisco, Califórnia, ao completar 80 anos neste último 31 de maio, em plena atividade e com prestígio crescente, ele merece mesmo ser chamado de “a lenda viva do cinema hollywoodiano”. O sucesso não veio imediatamente, o que ele julga ser melhor. “Fazer sucesso da noite para o dia pode ser prejudicial. Já arruinou muita gente”, disse uma vez. Agora faz questão de mostrar que não só não tem nada a perder, como ainda tem muito mais para oferecer.
Começou como ator em pequenos papéis na televisão, em seriados de faroeste, até ser convidado para estrelar uma série de western spaghetti e ser popularizado como o policial durão Dirty Harry.
Ícone do cinema nos anos 60, 70, 80, 90 e 2000, o ator, diretor, produtor, compositor e músico, transitou por vários gêneros (faroeste, drama, policial, guerra, romance), sempre tendo como destaque um trabalho sério e cuidadoso. A cara quase sempre fechada, o cigarro no canto da boca e as falas recheadas de mau humor dos seus personagens, no entanto, não escondem outra característica que o torna genial: a sensibilidade.
Grande pianista insere sempre que possível o jazz, sua grande paixão, na trilha sonora dos seus filmes, que contam também com sua colaboração como compositor. Ganhou quatro Oscars, cinco Globos de Ouro, sem falar em outros prêmios, e é hoje um dos mais respeitados cineastas de Hollywood, com novos filmes programados para este ano e 2012.
Clint nunca deixou de ser aquele homem de estilo claro e direto, sem palavras ou gestos desnecessários, sem chamar atenção para suas virtudes. Tornou-se o mais clássico dos cineastas modernos, um defensor ferrenho, como protagonista ou mesmo como indivíduo, dos antigos valores americanos.
Defensor contumaz do meio ambiente, nas últimas eleições americanas, posicionou-se a favor do republicano John McCain, mas, diante da vitória de Obama, disse: ''Ele é nosso presidente e vou torcer para que se saia bem''. Foi prefeito de Carmel, na Califórnia, de 1986 a 1988 onde ajudou a proteger os pequenos negócios e a ecologia.
E, ainda que tivesse declarado que não iria comemorar seus 80 anos, o cineasta ganhou uma homenagem da Warner Bros., da qual é contratado desde 1975. A empresa lançou, nos Estados Unidos, a coleção Clint Eastwood, com 35 filmes em que ele trabalhou como diretor e/ou ator. O box é composto por 19 DVDs e é o maior já lançado com obras de um único artista. No Brasil, a caixa é vendida por R$ 673,50.
Principais trabalhos: Menina de Ouro, Gran Torino, A Conquista da Honra, Cartas de Iwo Jima, Sobre Meninos e Lobos, Caubóis do Espaço, As Pontes de Madison, Na Linha de Fogo, Os Imperdoáveis, Perseguidor Implacável, Fuga de Alcatraz e Por um Punhado de Dólares.
Fonte
Edição: Lena
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