1 de agosto de 2010

Impermanência

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Encare sua vida como se fosse um banco no parque, em uma tarde de clima ameno. Você vai até lá passar algumas horas, sentado, aproveitando tudo ao máximo: a brisa fresca, os pássaros cantando, as borboletas, o sol batendo no rosto.

Tudo aquilo dura pouco tempo e vai chegar ao fim. Por isso, você deve aproveitar o momento e criar boas condições. Você não deve se apegar ao banco. Não tente colocar uma etiqueta nele com o seu nome, querendo mantê-lo para você! Isso vai impedi-lo de sentir o prazer e a liberdade de estar lá, simplesmente sentado. E se alguém se sentar com você, seja gentil, tratando-a com amor e compaixão. Não brigue com esta pessoa. Seu tempo é muito curto. Vocês estão ali apenas de passagem.

Ao lembrarmos de que tudo na vida é impermanente e chega ao fim, podemos ser generosos com ela, sabendo que provavelmente ela nunca pensa no fato de que terá que deixar o banco em breve, assim como você.

Todos nós queremos manter as coisas e não conseguimos. Temos que ter compaixão por elas, e por nós mesmos. Compreender a impermanência nos faz ricos: temos tudo neste momento e podemos ser generosos, abertos, decididos a fazer o que pudermos para beneficiar a todos com o nosso amor, sem medo de perder.



Nascida nos EUA, Lama Tsering foi por mais de onze anos, intérprete de
S. Ema. Chagdud Rinpoche. Depois de completar em 1995, um retiro de três anos,
 recebeu a ordenação de Lama, sendo autorizada a dar ensinamentos e
iniciações. Neste mesmo ano, foi convidada a dar ensinamentos no Brasil,
para onde se mudou logo depois. Reconhecida por seu estilo caloroso e bem-humorado,
 Lama Tsering foca seus ensinamentos no desenvolvimento da compaixão e
 na aplicação da filosofia budista na vida diária.


Autoria: Lama Tsering
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