13 de junho de 2010

House, Hugh e Heinz...



Tão seguro de si, prepotente, metido (e adorável) na TV como o dr. House, o ator Hugh Laurie tem medo de especular sobre o que faz do médico misantropo, insensível e ranzinza um dos personagens mais populares da televisão. Ele é mestre na investigação de diagnósticos complexos, mas está mais para monstro que médico: trata-se de um anti-herói viciado em remédios e com partes iguais de humor, introspecção e crueldade, ele diz, enfim, aquilo que muitos médicos pensam, mas não confessam: que as doenças são muito interessantes, mas os pacientes são um aborrecimento.


Há elementos no personagem que têm apelos diferentes para pessoas diferentes. House tem um apelo junto ao público jovem porque ele é rebelde, não joga segundo as regras e é impaciente com as autoridades. Tem apelo com o público mais velho por sua irritação com o politicamente correto do mundo moderno.

Por outro lado, muita gente no seu cotidiano tem alguns pensamentos que gostaria de expressar, mas não o faz por educação ou porque está tentando se encaixar em algum tipo de hierarquia profissional ou algo assim. Eles ficam como que subjugados por essas convenções sociais e assistir a um personagem que é livre, que não obedece às leis sociais, que é livre para dizer o que quer é algo libertador. O que dá a ele essa liberdade é o fato de que House não se importa com o que ninguém pensa, não tem consideração com seus colegas de trabalho ou com seus pacientes, não está nem aí para o que podem pensar dele. É algo que ninguém consegue fazer, se não quiser ir para a cadeia ou tomar um processo.




 

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