7 de agosto de 2010

Padrastos também são pais



Se ainda resta algum receio sobre o papel dos padrastos na criação da criança, um novo estudo norte-americano confirma o bom relacionamento entre eles e os enteados. As mudanças na sociedade, que se tornou mais aberta em relação aos pais e mães separados, nos últimos 50 anos, fez com que o preconceito contra os padrastos fosse cada vez mais deixado de lado.

Publicada recentemente no jornal científico Journal of Marriage and Family, uma pesquisa concluiu que os padrastos, quando residem na mesma casa que a criança, podem ser tão ou mais importantes para o desenvolvimento dela do que os pais biológicos.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores acompanharam crianças de 20 grandes cidades dos Estados Unidos, desde o nascimento até completarem cinco anos de idade. Principalmente até essa idade a criança não diferencia a figura paterna que está mais próxima a ela. Não importa se é o pai biológico, o padrasto ou um adotivo. Se existir alguém para estar junto, ir à reunião de pais, levá-la e buscá-la na escola, ou nas aulas de natação e violão, por exemplo, a criança não se sentirá diferente dos colegas que vivem com o pai biológico. Ela compreende que tem dois pais, mas vai passar a questionar mais o fato de não viver com o biológico apenas a partir dos cinco anos. É depois dessa idade que ela forma um raciocínio mais apurado sobre o assunto.

Os problemas de relacionamento entre padrastos e enteados acontecem quando o homem não aceita essa nova situação. O problema geralmente parte do adulto. Se ele chega com preconceito, dizendo 'não é meu filho', não tem como dar certo. Para ser um bom pai é preciso querer. O fato de gerar um filho não torna alguém um pai de verdade, mas sim, o desejo de amar, respeitar e cuidar de uma criança. A afinidade ocorre independentemente dos laços de sangue.

Feliz Dia dos Pais, Enzio!


Nota: Este post é uma homenagem ao meu marido, padrasto ou "grande pai" dos meus filhos que ajudou a educar meus filhos com maestria, bom senso e amor, quando crianças e adolescentes. E, enquanto atualmente adultos, continua a ser referência para eles, orientando-os e,  principalmente, amando-os. Obrigada e muitos beijos, meu amor!



Edição: Lena

Fonte 

Nenhum comentário: