2 de outubro de 2010

Noviça Rebelde: juntos novamente



Uma reunião histórica está marcada para o próximo dia 29 de outubro. A apresentadora mais famosa dos Estados Unidos, Oprah Winfrey, reunirá em seu programa todo o elenco do musical “A Noviça Rebelde” (“The Sound of the Music”). A produção, lançada em 1965, se tornou um clássico do cinema: ganhou o Oscar de melhor filme em 1966 e eternizou a atriz Julie Andrews no papel da noviça que deixa o convento para ser babá dos filhos do severo viúvo Capitão von Trapp. Com sua música, a ex-noviça conquista as crianças arredias e, por fim, o coração do charmoso capitão.

O encontro é emocionante por vários fatores. Primeiro porque o elenco nunca se reuniu desde que a produção foi filmada. E lá se vão 45 anos. Estarão no palco a atriz Julie Andrews, o ator Christopher Plummer (o capitão von Trapp) e as sete crianças (hoje, adultos mais do que crescidos). Além disso, também participarão do quadro integrantes da verdadeira família Von Trapp, que inspirou o filme.

 Na década de 1930, a família formada pela ex-noviça Maria e pelo Capitão George Von Trapp fugiu para os Estados Unidos, por causa da anexação da Áustria à Alemanha nazista, e começou a ganhar a vida com apresentações de música. Espera-se que no Oprah Winfrey Show os telespectadores sejam brindados com uma performance conjunta (mas a atriz Julie Andrews, operada de nódulos na garganta em 1997, não deverá cantar).

O filme marcou a infância de muitas gerações. Sou suspeita para falar porque esse era o meu filme preferido quando eu era criança (e olha que eu nasci em 1983, 18 anos depois das filmagens). Meu avô gravou o filme no videocassete dele, em uma daquelas fitas VHS, alguma vez que passou na Sessão da Tarde.
O filme virou hit lá em casa. Eu e meu irmão assistíamos quase todas as manhãs, antes de ir para a escola. Como o filme era muito comprido (são quase três horas), eu só chegava até a parte do teatro de marionetes, a minha preferida. Daí para frente, a perseguição nazista e a fuga me deixavam muito angustiada.

Eu preferia as cantorias alegres do começo. Quem não se lembra da noviça destrambelhada correndo pelas colinas? Das roupas de piquenique feitas com cortinas velhas? Do primeiro beijo da mais velha do clã, em um gazebo no meio do jardim da mansão von Trapp? Se alguém por aqui não lembra, é melhor correr e se inteirar de um dos maiores musicais de todos os tempos. Até o dia 29 de outubro, ainda dá tempo de afinar a voz e fazer coro com os von Trapp (os reais e e os da ficção).

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