1 de dezembro de 2010

A ciência de viver bem



Use filtro solar. Coma frutas e verduras. Lembre-se do fio dental. Pratique exercícios físicos diariamente. Passe longe do torresminho de bar. Aliás, falando em bar, trate de parar de encher a cara. Aproveite também para largar o cigarro. Beba dois litros de água por dia. E durma oito horas por noite. Aprenda a meditar. Vá ao dentista regularmente. Se beber, não dirija. Faça um check-up por ano. Não fique com o rosto colado na tela do computador. Trabalhe menos, divirta-se mais. Não coma doces e gorduras. Sexo só com camisinha.

Pequenas mudanças de atitude podem melhorar sua saúde física, mental e material. Conheça sete hábitos comprovados cientificamente que você deve adotar para ganhar qualidade de vida, e uma coisa que você NÃO deve fazer.

1. Ouça música
A música tem efeitos muito benéficos para a saúde física e mental. Entre outras coisas, ela pode acalmar, estimular a criatividade e a concentração, além de ajudar na cura de uma porção de doenças.Uma vez que nosso organismo também tem um ritmo interno, ao entrar por nossos ouvidos, a música faz contato com este ritmo, interagindo com as atividades biológicas do nosso corpo. É assim que trabalha a musicoterapia, aplicada em pacientes com mal de Alzheimer, epilepsia, esquizofrenia e depressão. Pode-se dizer que ela está diretamente associada à promoção da saúde. Isso significa que ainda não é possível prescrever um Mozart em jejum ou duas doses de Beethoven após as refeições. Feita essa ressalva, é certo que eles podem, sim, trabalhar na prevenção do estresse.

2. Prepare-se para envelhecer
Ninguém gosta muito da ideia de ser velho, mas isso é a melhor coisa que pode acontecer a uma pessoa (pense na outra possibilidade). Graças à descoberta de novas drogas e a fatores de prevenção, estamos vivendo cada vez mais. Sendo assim, duas coisas precisam ser preparadas: saúde e finanças.
Para começar, os cuidados para ter um envelhecimento saudável. Os sinais de envelhecimento são consequência de desgastes físicos e emocionais que sofremos durante a vida. Os principais são o estresse, doenças, fumo, bebida em excesso, consumo de drogas e pouco sono. Os desgastes são cumulativos. Para envelhecer de forma saudável, é preciso tomar atitudes ainda jovem. Pense também em como estará sua conta bancária. Se você é daqueles que confiam no INSS, é bom abrir os olhos. O envelhecimento da população preocupa o mundo todo. Portanto, é melhor tomar outras atitudes, além de claro, continuar colaborando para o INSS.

3. Tenha fé
Costuma ser mais feliz quem consegue encontrar um significado para a vida. Esse significado pode estar em qualquer coisa mas é na religiosidade que a maior parte da população vai buscar essa razão de viver. Pesquisas mostram que as pessoas religiosas consideram-se, em média, mais felizes do que as não religiosas. Elas também têm menos depressão, menos ansiedade e índices menores de suicídio. A fé nos conecta com outras pessoas, dá sentido e propósito para nossa existência, ajuda também na auto-aceitação e sustenta a esperança de que, no final, tudo ficará bem. Existem evidências de que pessoas com atitude positiva e fé têm saúde melhor.
E crer em algo não significa necessariamente ser em Deus. Um ateu convicto pode ter fé em seu próprio papel na história da humanidade, na justiça social, no desenvolvimento sustentável do planeta, na democracia. Acreditar faz bem.
 
4. Ande mais a pé
Gastar sola de sapato é um dos melhores exercícios que existem, seja para a saúde física, mental e do seu bolso mesmo. Sim, porque para fazer caminhadas você não precisa gastar rios de dinheiro com academias e personal trainer. Um par de tênis basta. E quando falamos de caminhada, não estamos nos referindo a nada profissional. Pode ser no quarteirão da sua casa.
Os benefícios físicos vão desde a melhora do sistema imunológico, a perda de peso e a oxigenação do corpo, a até mesmo o aumento da nossa inteligência, acredite. A caminhada aumenta a resistência cerebral e melhora o desempenho do aprendizado. Sem contar o efeito no humor, pois ajuda no combate à depressão.No corpo, a caminhada ajuda a diminuir a gordura intra-abdominal, aquela que se acumula entre as vísceras. Ela é considerada a forma mais perigosa de depósito de gordura, causando vários problemas de saúde - ataques cardíacos, problemas coronarianos, hipertensão, até formação de pedras na vesícula biliar.

5. Tenha (pelo menos) um amigo
Os amigos resumem a soma das três coisas que resultam na alegria: prazer, engajamento e significado. Conversar com um amigo, por exemplo, nos dá prazer, e, ao mesmo tempo, nos sentimos engajados, porque doamos muito de nós mesmos a ele.
Outro benefício decorrente de ter amigos é manter a saúde em ordem. As pessoas que têm amizades próximas têm menos possibilidade de morrer prematuramente, se comparadas àquelas que têm poucos laços sociais. E perder esses laços aumenta o risco de ficar doente. A amizade libera substâncias hormonais no cérebro que favorecem a alegria de viver e o bem-estar
Quanto aqueles que vivem na solidão, um conselho: tenha pelo menos um amigo e um amor. Um só de cada, não precisam ser muitos. Mas isso dá um trabalhão dos diabos. Para termos pelo menos um amigo, precisamos nos livrar da tal "avareza de si mesmo". Trocando em miúdos: doar-se, estar disponível, saber trocar.

6. Coma devagar
Para começar, ninguém ganha tempo comendo um sanduíche na frente do computador – o máximo que você ganha são quilos a mais, uma vez que, quanto mais rápido come, mais fome sente. Existem dois centros que regulam a alimentação no cérebro: o centro da fome e o centro da saciedade. O centro da saciedade demora até 20 minutos para mandar uma mensagem ao outro de que você está comendo e está satisfeito. Se você comer muito rápido, vai passar da conta, sentir o estômago estufado antes que seu centro de saciedade tenha tempo de informar seu corpo de que já está bom e você deve parar de comer.
Devemos também, diminuir a quantidade de comida se quisermos viver mais. Mas e o prazer de comer? Tem razão, é um dos principais prazeres da vida. Mais um motivo para você comer devagar: vai saborear melhor a comida, apreciar o prato e o momento, e, de quebra, não vai ficar empanturrado. O slow food prega que incrementar a qualidade da comida e desfrutá-la com calma é uma maneira simples de fazer o nosso cotidiano mais feliz.

7. Desligue a TV
Ninguém está dizendo para você nunca mais assistir à televisão. Mas que você poderia diminuir o tempo em frente ao aparelho, isso você poderia. Telespectadores inveterados podem ter suas funções cognitivas alteradas, problemas de postura e articulações, além de tornar-se dependentes da telinha. Sim, o hábito de se largar no sofá e assistir a qualquer porcaria pode deixar as pessoas viciadas no relaxamento que a TV produz. O problema é que essa sensação gostosa vai embora assim que o aparelho é desligado, o mesmo que se viciar em substâncias químicas. Quando vista por mais de 20 horas por semana, a televisão pode danificar as funções do lado esquerdo do cérebro, reduzindo o desenvolvimento lógico-verbal. Isso pode acarretar desde a obesidade a até mesmo demência e Alzheimer. Portanto, mande ver nas atividades físicas. E lembre-se também de ler, escrever, aprender coisas novas, fazer palavras cruzadas. Todas essas atividades mantêm seu cérebro ativo e, quem sabe, criam reservas de células e conexões.

8. Não leve nada disso tão a sério

Se der para fazer tudo o que foi colocado aqui, ótimo. Se não der, tudo bem também. E não precisa levar tão a ferro e fogo as dicas que mandam comer isso e fazer aquilo, caindo em depressão profunda se "fracassar" em um ou dois itens. Afinal, são as escapulidas que tornam a vida da gente divertida? Radicalismos e rigidez com regras são um perigo, causam até problemas cardíacos. Podem se tornar uma obsessão e isso não é bom. Ser resiliente não é seguir os clichês de ‘se a vida te deu um limão, faça uma limonada’. Ser resiliente é não ignorar seus sentimentos, suas dores. É perceber que nem sempre você tem que ser forte, você pode pedir ajuda. 
Esses são fatores fundamentais para lidar bem com o estresse e com as situações ruins da vida. Está vendo? Até o corpo agradece.

Mariana Sgarioni

Texto resumido do original por Lena Simões

Um comentário:

orvalho do ceu disse...

OLá,
A gente aprende de todo lado e acaba fazendo o errado mesmo assim...
Salutares conselhos... alguns já os faço regularmente...
Abraços fraternos