9 de fevereiro de 2011

O bem da felicidade




É melhor ser alegre que ser triste...

Um novo estudo corrobora a visão apaixonada do poeta e garante que as emoções positivas fazem bem além da alma. Segundo a pesquisa realizada pela Columbia University Medical Center, o coração dos otimistas é mais resistente a doenças e corre menos riscos de problemas. No Brasil, especialistas reforçam a tese e afirmam que um sorriso pode até, quem sabe, salvar uma vida. 

Divulgado recentemente, o estudo americano avaliou, durante um período de 10 anos, 1.739 adultos com boa saúde (862 homens e 877 mulheres). Ao longo do acompanhamento, sintomas como depressão, hostilidade, ansiedade e o grau de expressões de sentimentos positivos como felicidade, excitação, prazer e contentamento foram avaliados. Ao final da pesquisa, os médicos concluíram que pessoas que tinham sentimentos positivos tinham 22% menos chances de sofrerem de doenças cardíacas. Esse novo estudo pode ajudar a descobrir como as pessoas devem agir em busca da uma boa saúde, principalmente para proteger o coração. 

Os especialistas brasileiros concordam. A cardiologista Walkiria Ávila, membro da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, afirma que o lado emocional tem grande influência na saúde do coração. “Essa nova pesquisa ainda precisa ser mais discutida, porém, já existem comprovações científicas que sentimentos ruins como a depressão, a tristeza, a solidão e desolação podem desencadear doenças coronárias”, afirma ela. 

A explicação é simples. Indivíduos deprimidos e que passam a maior parte do tempo com pensamentos ruins, consequentemente, estão mais propensos a sofrerem do coração, pois deixam de lado os cuidados básicos com a saúde. 

Aquelas pessoas que sofrem de depressão, em geral, fumam mais, bebem mais, comem em excesso e dormem mal. Todos esses fatores, principalmente se estiverem associados, constituem um grande perigo para o coração. Já aqueles que são felizes e estão de bem com a vida, tendem a cuidar mais da saúde, e por isso, conseguem manter um coração mais saudável. 

A ordem, portanto, é privilegiar os momentos agradáveis e que proporcionem prazer. Quem tem mais vontade e alegria de viver, se cuida e tem uma auto estima elevada afasta os fatores de risco e, obviamente, tem menos probabilidades de desenvolver doenças cardíacas. Portanto, ser feliz é mais um fator que pode proteger o coração. A partir de estudo inédito, novas descobertas levarão a uma vida mais saudável e com mais longevidade. 


Maria Fernanda Schardong

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