15 de novembro de 2011

Não se concentre no medo!





Assistia há um filme pela TV a cabo e ao mesmo tempo folheava uma revista, buscando algo mais interessante que me prendesse a atenção. Em um olhar para a tela, uma personagem disse à outra exatamente o título desse artigo: "Não se concentre no medo..." Pronto havia achado algo que me absorveu.

Passei a analisar a tendência que o ser humano possui para se deter no pior em vez de olhar para as possibilidades positivas. Qualquer situação que indique riscos ou possibilidades de discordâncias é suficiente para desencadear reações de insegurança e temor. Com "pior" quero dizer expectativas negativas, resultados que não nos agradam, acreditar que, apesar das situações que terem tudo para dar certo, não acontecerá, enfim, a tendência de sempre se estar com "o pé atrás".

Medo no dicionário é "Perturbação resultante da idéia de um perigo real ou aparente ou da presença de alguma coisa estranha ou perigosa; pavor, susto, terror. Apreensão". Por apreensão entenda-se desassossego do espírito por temor do futuro. (O negrito é meu). Essa falta de paz interior demonstra o constante estado de estresse em que as pessoas se colocam.

Esse incômodo não é encontrado em pessoas que estão confiantes em si mesmas e no que fazem ou mesmo no que irão fazer. Pessoas que estão "afinadas" com suas capacidades e sabedoras que, aquilo que depender delas, será bem desenvolvido, bem realizado. São pessoas centradas e que possuem uma boa percepção de si e do mundo.

Recebo pessoas cuja bagagem de vida é fantástica, mas a insegurança com que se colocam em suas pretensões as levam, na maioria das vezes, ao insucesso. Sabem o que tem que fazer, mas titubeiam, perdem tempo, deixam para depois, achando que o adiar vai trazer novos alentos.

Esse medo que toma conta de nossas ações, além de nos impedir a realização do que queremos, tem conseqüências muito piores: destroem nossas motivações, eliminam a força que nos impulsiona em direção aos nossos objetivos.

Portanto, não se concentrem no medo! O medo não deve ser entendido como algo que nos paralisa, mas sim como um alerta que nos enviamos para estarmos mais cuidadosos. Assim, em vez de nos determos nele, devemos observar tudo o que cerca a situação que estamos "temendo". Verificar se estamos fazendo o que precisa ser feito. Se estamos em condição de ir em frente. Devemos estar em paz conosco mesmos. E então caminharmos.

Há uma afirmação de que a "esperança é a última que morre", mas nossa conduta não é de quem a possui. Ter esperanças é acreditar, é caminhar com confiança de que dará certo. É fazer confiante. Muito do que as pessoas perderam de esperanças é por terem "acreditado" que conseguiriam o que queriam sem precisarem se dedicar para tal. "Acreditaram" que bastavam pensar e "rezar" e pronto. Não fazem. Não acontece. Passam a desacreditar.

Precisamos realçar aqui que o temor é muito comum quando as pessoas sabem que vivem procurando levar vantagens. Quando se age assim, normalmente se desrespeita normas e regras estabelecidas. Qualquer coisa leva ao sobressalto. Vamos usar um exemplo de um aluno na escola, ou mesmo na faculdade: O aluno fez seu trabalho sem pesquisar e usando de subterfúgios como "colas" ou algum colega fazendo por ele. Se for chamado pelo professor o sobressalto será enorme, pois imagina que será questionado quanto à forma que fez o trabalho. Como ele sabe que não fez como se deveria fazer, vive em constante sobressalto. Transportar isso para outras situações de vida: O filho ou filha que vive mentindo para os pais sobre onde vão ou com quem estão. Os relacionamentos amorosos, os relacionamentos profissionais, onde a dedicação, a conduta deixam a desejar, são motivos mais que suficientes para estarem sempre "assustados", com medo.

Mas grande parte das pessoas agarram-se ao medo apenas porque foram "educadas" para temerem. Junto com o medo, há a culpa. Duas condições ótimas para que alguém as manipulem. Ocorre isso com você?




Paulo Salvio Antolini 
 
 
 
 

14 comentários:

Ale disse...

Infelizmente, o medo nos paralisa, e nos atormenta,


Lena, bom restinho de feriado!


Bjkas

Palavras disse...

Oi Lena,

como todo mortal, tenho meus medos-manias. E sigo lutando para vencê-los!
Talvez o autor esteja certo, talvez eu deva prestar mais atenção neles antes de qualquer atitude!

Belo texto! Boa semana para você!

JAN disse...

É... O MEDO APRISIONA A ESPERANÇA E, SOBRETUDO,A INICIATIVA.

VC ME DÁ UMAS SACUDIDELAS BOAS;-)

BEIJÃO
JAN

Imaculada disse...

Lena querida!
Ótimo texto!
O medo nos aprisiona...Precisamos desafiar nossos medos,para não sermos manipulados.
Abraços! Linda tarde pra ti.

mfc disse...

Só não o têm os inconscientes!
Mas é controlável... e domável.

Gisa disse...

Medo e culpa é uma dupla que faço de tudo para manter afastada de mim.
Um grande bj querida amiga

Silvia disse...

Oi, Lena
ótimo texto para refletir sobre o poder que o negativo tem.
Abraço

Célia disse...

Minha educação foi castradora ao máximo. A temática era "amedrontar" ao máximo para que eu ficasse paralisada! Medo de tudo e de todos. Um bom tempo foi necessário para que eu visse que "alguns limites" protegem-me... claro, mas medo pelo medo, jamais! Conscientemente do que devo ou não devo fazer, me expor etc... No mais free!!
Abraço, Célia.

Celina Dutra disse...

Penso existir um medo saudável que impede nossas ações impulsivas, que nos leva a refletir e ponderar sobre as possibilidades de escolhas, como autoproteção.
O medo torna-se prejudicial quando paralisa iniciativas. Paralisa a capacidade de escolher e agir. Paralisa a confiança e a esperança.
Girassóis de energia e confiança nos seus dias. Beijos

Anônimo disse...

Eu sempre di-se que a unica coisa a temer é o medo...saudades de tu la em casa bj..

Elisa T. Campos disse...

Lena
E na vida em quantas situações negativas
nos expomos por causa do medo.

obrigada por nos mostrar lindo
texto
bjs

Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Oiiii, lindona!
O medo sem limites pode paralisar uma vida. Um pouco, serve como proteção.
Saudades de ti!!!
Beijocas!

Rô... disse...

oi minha querida,

passado o casamento e a emoção,
tento voltar a rotina,
e como se num passe de mágicas tudo parece novo,
tento correr em todos os cantinhos que adoro,
mas sei que tem que ser lentamente...
adorei o texto,
sei que o medo tem um efeito negativo que faço questão de manter a distância...

beijinhos,
minha doce amiga,
cheios de saudades

Tatiana Kielberman disse...

Perfeito texto, Lena querida!!

O ideal seria mesmo nos concentrarmos na causa, e não nas consequências, no depois...

Evitaríamos muita coisa a partir disso!

Sempre uma leitura agradável por aqui... Me perdoa a ausência? Ando corrida, mas não te esqueço!

Beijocas!!