Adoro faxinas de Ano Novo!
Além de se livrar de uma porção de coisas inúteis e acabar o dia imunda, mas de
alma lavada, sempre existe a possibilidade de descobrir no fundo de alguma
gaveta algum tesouro esquecido. Foi numa dessas orgias de arrumação que
encontrei aquele texto sobre Inteligência Espiritual. A expressão dançava há
tempos na minha cabeça, mas eu ainda não tinha feito nada a respeito e a xerox
cheia de pó veio me lembrar desse compromisso de saber mais sobre o assunto.
O texto me levou ao livro
de um professor da Universidade da Califórnia, Dr. Robert Emmons, considerado o
criador do termo Inteligência Espiritual. Seu livro, The Psychology or Ultimate Concerns: motivation and spirituality in
personality, não é uma leitura assim fácil, mas é ótima para desbravar
estradas ainda desconhecidas.
Inteligência Espiritual. É
disso que trata o livro e de como a busca espiritual pode, sim, nos trazer a
felicidade. Ou, pelo menos, ajudar cada um de nós a ter uma personalidade mais
integrada; quer dizer, lidar melhor com desejos e apelos conflitantes e com a
sensação de fragmentação que a gente experimenta tantas vezes nesse nosso mundo
louco e competitivo.
O Dr. Emmons descobriu que
de todos os objetivos que a gente coloca para nortear e dar sentido e
significado para as nossas vidas, a busca da espiritualidade é a que mais
parece ser capaz de trazer junto a felicidade. E para dar conta das caras de
espanto e incredulidade, o livro é recheado de pesquisas e dados que dão aval
científico para você concluir que dinheiro (e poder e sucesso e amor) não faz
mesmo as pessoas felizes.
Em uma das pesquisas os
estudiosos concluíram que, em média, 20% dos adultos consideram a busca da
elevação espiritual seu principal objetivo na vida. Além disso, descobriram que
era justamente nesse grupo que estavam as pessoas que se consideravam mais
felizes. E tinham casamentos mais harmoniosos, eram mais saudáveis e lidavam
melhor com as frustrações.
Depois de concluir que,
sim, as pessoas que orientavam suas vidas pela busca espiritual eram mais
felizes, a próxima pergunta era como reconhecer e desenvolver esses recursos
dentro de cada um. O Dr. Emmons cunhou o termo Inteligência Espiritual para dar
nome às principais características (ele chama de forças ou dimensões) que
formam o lado espiritual da nossa personalidade.
1) capacidade de ir além
ou de transcender as preocupações materiais e físicas;
2) habilidade para
experimentar estados mais profundos de consciência em relação às Verdades
Últimas da vida humana. Esses estados são caracterizados por um sentimento
forte de conexão com a natureza, com a vida, com a humanidade ou com Deus;
3) habilidade de
santificar o trabalho de todo o dia e as relações humanas, impregnando o
cotidiano com valores, sentido e propósito;
4) habilidade de usar seus
recursos espirituais para resolver problemas;
5) capacidade de fazer
investimentos psíquicos para alcançar um comportamento virtuoso.
Pois é, queria muito falar
com vocês sobre esse tema, Inteligência Espiritual, embora ache que ele ainda
vai dar muito pano para manga. Porque, como disse o nosso Dr. Robert Emmons,
ainda não está completamente esclarecido o tremendo potencial que existe na
compreensão do aspecto espiritual da personalidade. E talvez seja esse lado da
nossa alma, agora com carimbo científico, que pode nos levar onde outras
estradas falharam na busca de uma vida mais rica e mais feliz.
Adília Belotti
2 comentários:
oi Lena querida,
aqui em casa estamos em faxina total,
desde os armários,
até a pintura da casa e pequenas reformas nos móveis,
ano novo, vida e casa nova...
beijinhos
Oi Lena
Espiritualidade para mim é o sustentáculo da vida.
Mesmo distante, não a esqueço nunca!
Desejo um Ano Novo cheio de alegrias e realizações, com saúde e muita paz.
Beijos com carinho
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