Lembre-se de uma situação
bem desagradável que já aconteceu com você! Talvez uma traição num
relacionamento, uma mentira descoberta, uma briga grave ou algo assim. Agora,
sem abusar do lugar de vítima, tente retroceder esse acontecimento na memória,
como se fosse um filme que pudesse ser rebobinado em câmera lenta.
A ideia é que você perceba
que antes do "caldo entornar" ou "da porca torcer o rabo"
ou do pior ter acontecido, alguns sinais foram dados. Se você reparar bem, nada
acontece da noite para o dia, ou do nada, como muitos preferem acreditar. Além
disso, tudo o que faz parte da nossa história, sempre inclui a nossa
participação, de uma forma ou de outra. Ou seja, nunca somos somente passivos.
Há algo de nós que está ativo em qualquer circunstância e que precisa ser
considerado se quisermos aprender alguma coisa. Nem que seja como não cometer o
mesmo erro infinitas vezes.
O fato é que a vida sempre
nos manda dicas, sinais, avisos sobre estarmos ou não estarmos no caminho
certo. Mas, geralmente, ignoramos, não estamos atentos. Simplesmente insistimos
no mesmo, no cômodo, no conhecido. E quando dá errado, imediatamente vestimos a
carapuça de vítimas. Vítimas do outro, da injustiça do mundo, do raio que o
parta. Nunca vítimas de nós mesmos, das armadilhas que nós mesmos armamos
contra nossa chance de ser feliz.
Se repararmos bem, diante
de grandes dores que vivemos -não de todas, é claro, mas de muitas delas-
poderíamos ter evitado de alguma forma. Ou amenizado o desastre, pelo menos.
Quer exemplos?
Muito antes de um
relacionamento terminar, poderíamos ter sido mais atentos, ouvido mais, tentado
melhorar em algum aspecto? Muito antes de uma traição, poderíamos ter nos
interessado mais, elogiado mais, criticado menos? Diante de agressões,
poderíamos ter buscado ajuda, investido em nossa autoestima?
Veja bem, não se trata de
"chorar pelo leite derramado", nem acreditar que seja possível viver
uma vida sem erros, enganos e dores. Não se trata, tampouco, de se afundar numa
culpa inútil. Não é isso! Afinal de contas, é o erro que, em última instância,
nos proporciona a chance de descobrir como acertar, muitas vezes.
Estou falando de parar de
acreditar que a vida é mesmo tão difícil, tão exigente de sacrifícios, tão
cheia de dores. Estou falando de olhar o outro, o amor e as relações por um
viés mais claro. Tem a ver com abrir os olhos e ver; manter-se atento ao que
acontece ao seu redor. Tem a ver com intuição, percepção, sensibilidade. Talvez
uma combinação equilibrada entre razão e emoção, visível e invisível, o que se
diz e o que se cala.
Se queremos acertar,
precisamos antes admitir que nem sempre sabemos como. Mas podemos aprender. E
isso se faz com atenção! Quanto mais abertos estão a nossa mente e o nosso
coração, mais teremos condições de avaliar e escolher de que forma e para qual
direção daremos o próximo passo.
Então, chega de botar a culpa
por sua tristeza e infelicidade no mundo, como se você nada pudesse fazer para
mudar isso. Você pode! Aos poucos, devagar. Sobretudo, mantenha-se acordado
para a vida, porque ela está ao seu favor, e sempre manda sinais. Sem dúvida,
sinais de amor.
Rosana Braga
2 comentários:
Olá Lena, adoro os texto da Rosana Braga, e sim, com certeza não existem vítimas, sempre, de alguma maneira, temos alguma influência sobre tudo o que nos acontece! Mesmo que seja em um passado muito remoto, temos sempre responsabilidade sobre os atos que nos atingem.
Lindo final de semana!!
Beijinhos!!♥
E não é só nos relacionamentos não é amiga? No trabalho, na saúde, nas oportunidades, precisamos estar sempre atentas aos sinais que a vida nos manda, pois o universo conspira a nosso favor, está tudo na nossa frente é só estarmos energizados e atentos para captar os sinais!
Linda escolha de texto!
bj Sandra
http://projetandopessoas.blogspot.com.br//
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