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25 de julho de 2010

O meio ambiente agradece




Guarde esta cifra: 5.666.730.000. Segundo um levantamento da empresa de pesquisas Nielsen, esse foi o número total de fraldas descartáveis comercializadas em 2009 no Brasil. Depois de saírem dos supermercados e de uma breve escala nas casas dos consumidores, essas peças estacionam nos lixões das cidades. Embora o período de decomposição chegue a aproximadamente 500 anos, as fraldas ainda não são recicladas no país.

Números assim têm modificado o comportamento mundial, estimulando a volta a um passado sem plástico. A moda do momento são as fraldas de pano, que nossas mães e avós usavam. Um exemplo: na Grã-Bretanha, o consumo de fraldas de pano quadruplicou nos primeiros anos do século XXI, segundo resultados obtidos por uma empresa de pesquisa britânica, em 2008. As maiores entusiastas da ideia são mães com idade superior a 30 anos, das classes A e B, com bom nível de educação e que moram em grandes centros urbanos.

A carência de estatísticas não permite precisar a força dessa tendência no Brasil, mas é possível perceber que é crescente. Além de ecologicamente corretas, as fraldas de pano são bem mais confortáveis para os bebês e muito mais baratas.Outra suposta vantagem é o tempo que a criança leva para se livrar das fraldas. O contato direto com a urina imposto pelas fraldas de pano faz com que a criança perceba que está molhada e se conscientize do próprio corpo. O pediatra Denis Burns, diretor da Sociedade Brasileira de Pediatria, discorda. Ele rejeita a ideia de treinar o bebê a controlar o esfíncter antes dos dois anos e meio, uma vez que isso pode causar infecções urinárias por refluxo e prisão de ventre. O certo é ensinar qual é o local adequado para a criança fazer as necessidades fisiológicas e mostrar que aquilo é um prazer.


A preservação do meio ambiente é, portanto, o ponto-chave. Enquanto cada criança consome mais de 5.500 peças descartáveis durante a vida, segundo dados da Procter & Gamble, 65 fraldas de pano suprem a necessidade de um bebê. São 80 sacos grandes de lixo por criança que deixam de ser depositados nos aterros sanitários. A economia de dinheiro também é considerável. Enquanto são gastos mais de R$ 2.700,00 com fraldas descartáveis, o custo com as fraldas de pano gira em torno de R$ 1.600,00.

Embora o trabalho com lavagem, secagem e armazenamento seja praticamente o mesmo, as fraldas de pano modernas são mais práticas (com velcro e botões) e esteticamente mais agradáveis do que suas antepassadas – que nada mais eram do que um tecido de algodão dobrado. Hoje, dezenas de cores e modelos estão disponíveis no mercado e a parte externa é impermeável. E não é preciso aderir 100% às fraldas de pano; pode-se alternar o uso de acordo com as suas necessidades. O importante é diminuir a quantidade de lixo produzido. Não é preciso ser radical, mas caso haja condição, é importante diminuir o consumo de fraldas descartáveis.

Criadas na década de 1940, as fraldas descartáveis só começaram a ser produzidas em larga escala a partir de 1956, quando o engenheiro químico americano Vic Mills, funcionário da empresa Procter & Gamble, desenvolveu um produto absorvente que prevenia vazamentos, deixava o bebê limpo e seco e podia ser descartado depois do uso. A ideia surgiu durante uma viagem de Mills com a neta recém-nascida, durante a qual ele descobriu o profundo desprazer de lavar fraldas. O objetivo principal era justamente facilitar a vida das mulheres. Os primeiros meses de vida de um bebê já são bastante estressantes para a mãe; se a fralda for uma preocupação a mais, isso pode contribuir para uma depressão pós-parto e para a diminuição da lactação. Nesse caso, o melhor é continuar com as descartáveis.

É uma mudança no estilo de vida imposto pelo ritmo do mundo moderno, onde tudo o que as pessoas buscam é praticidade e velocidade.

A opção tem que ser feita!

23 de julho de 2010

Recicle!



Um gigante na produção mundial de telefones celulares criou recentemente uma campanha de reciclagem de celulares decorrente de pesquisa feita em 2008, com a participação de 6.500 pessoas de 13 países, incluindo o Brasil. Segundo o estudo, apenas 3% das pessoas no mundo costumam reciclar seus celulares usados. No Brasil, o número é ainda menor: apenas 2%. A maior parte dos usuários guarda os aparelhos antigos em casa, sem uso.

Estimativas da empresa apontam que se todos os cerca de 4,8 bilhões de usuários no mundo devolvessem pelo menos um aparelho em desuso, seria possível economizar 380 mil toneladas de matéria-prima e reduzir a emissão de gases, com efeito idêntico à retirada de quatro milhões de carros das ruas. Um aparelho celular é composto por 45% de plástico; 35% de metais; 10%de vidro e cerâmica; 9% de bateria; 0,11% de materiais preciosos e 0,9% de outros materiais.

A reciclagem possibilita a economia de energia, de produtos químicos e resíduos. De 65 a 80% dos materiais de um aparelho podem ser reciclados, mas até 100% podem ser recuperados, se transformados em outros produtos e na geração de energia. Para incentivar a reciclagem, o programa criou também a promoção Troca com o Troco, onde a cada celular depositado pelos participantes, um voucher de R$ 30 para compra de um celular (que custe mais de R$ 149,00) é concedido. Se for de outra marca que não a do patrocinador, ganha R$ 15,00.



As empresas são a Nokia e o Grupo Pão de Açúcar.
O programa “Alô Recicle” está se realizando na
Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo e
são recolhidos celulares, acessórios e baterias.