Popularmente conhecida como dor de cabeça, cefaleia é o termo médico utilizado para definir esse problema que pode afetar a maioria da população. Estudos mostram que 90% a 100% das pessoas têm ou terão crises de dor de cabeça ao longo da vida.
A cefaleia pode ser dividida em primária e secundária. Quando é o sintoma de alguma doença, é chamada secundária, como em casos de infecções, aneurismas, tumores cerebrais, entre outras situações. Quando a dor é por si só a manifestação principal da doença, é chamada cefaleia primária, como no caso da enxaqueca.
A enxaqueca é uma doença comum, incapacitante, caracterizada por crises de dor pulsátil e latejante em um lado ou em ambos os lados da cabeça. Uma crise pode durar de três horas a três dias, podendo ser precedida por alteração de humor, irritabilidade e depressão, alteração do apetite, alterações na visão com sensibilidade à luz, sensibilidade ao barulho, náuseas, vômitos, fraqueza, tontura e diarreia. A enxaqueca é uma das principais causas de incapacidade e perda produtiva no trabalho.
A interação entre enxaqueca e nutrição é um tema amplo e polêmico e existem muitos mitos e verdades sobre o assunto e o jejum prolongado é considerado um comportamento alimentar que também pode desencadear o problema. A suscetibilidade a determinado alimento depende de cada indivíduo, por isso é importante que o paciente preste atenção na alimentação e qual o alimento ocasiona uma crise de enxaqueca. Vários são os fatores alimentares desencadeantes de crises de enxaqueca, mas muito mais frequentes são os mitos relacionados a eles.
Quando há um aumento do consumo desses alimentos, pode acontecer hipoglicemia. O organismo reconhece a carência de energia no cérebro para o funcionamento normal e utiliza outros mecanismos para manter os níveis de glicose cerebral. Um dos mecanismos é o aumento da produção de catecolaminas, gerando vasoconstrição, que tem como consequência o aumento da frequência cardíaca, da temperatura, da irritabilidade e da produção de prostaglandinas, que causam vasodilatação e, por conseqüência, a enxaqueca.
- Adoçante: o consumo de 30 mg/dia de aspartame pode aumentar em até 9% o risco de enxaqueca em indivíduos predispostos.
- Glutamato monossódico: usado como tempero na cozinha oriental, pode inibir a absorção de glicose por parte das células cerebrais.
- Nitrito: usado para realçar a coloração dos alimentos; é encontrado em embutidos.
- Cafeína: presente no café, chá, guaraná, cacau e chocolate. Tem ação vasodilatadora nos vasos sanguíneos do corpo e vasoconstritora nos vasos do cérebro.
- Tiramina: presente no queijo amarelo, chocolate, vinagre, bebida alcoólica, iogurte, lentilha, amendoim e sementes.
A seguir, algumas dicas alimentares para evitar episódios de enxaqueca:
- Adequar o consumo de carboidratos, especialmente os carboidratos complexos (cereais, massas, pães, farináceos).
- Acrescentar frutas na dieta.
- Incluir selênio na dieta; é um mineral envolvido no funcionamento do sistema nervoso central. O consumo de apenas uma amêndoa é suficiente para as quantidades necessárias ao dia.
- Fracionar a dieta em seis pequenas refeições ao dia, evitando os jejuns prolongados.
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas, principalmente de vinhos tintos que contêm grande quantidade de tanino.
- Ingerir alimentos fontes que contenham magnésio, como as folhas verdes escuras, soja, leguminosas, castanhas, cereais, carnes, peixes (salmão) e ovos.
- Inserir a vitamina B2 presente no leite, queijos (ricota e requeijão), iogurtes, carnes magras, ovos e vegetais verdes.
Um comentário:
gostaria de ganhar o livro sobre enxaquecas
pois sofro muito com as dores .
me ajudem .obrigada .
tenho muitas crises.
Postar um comentário