12 de setembro de 2010

Roubadas que podem estragar umas férias

Durante as férias, todos querem viajar, conhecer novos lugares e novas culturas. Mas muitos dos roteiros turísticos preferidos dos brasileiros acabam se revelando grandes furadas. Veja quais são as maiores – e se você já caiu em alguma delas.

10. Ir a Machu Picchu nas férias de verão
Quem nunca sonhou em juntar uns amigos para fazer um off road pela América do Sul até as ruínas de Machu Picchu? E quer melhor ocasião do que as férias de verão? Pois saiba que qualquer ocasião é melhor do que ir ao Peru entre dezembro e março, temporada de chuvas no país andino. Nesse período, o risco para quem quer fazer a trilha inca é de caminhar quatro dias debaixo d’água.




9. Atravessar a Golen Gate a pé
Cidade hippie por excelência, São Francisco costuma despertar aquele andarilho que existe dentro de todos nós. Mas ir a pé de uma ponta a outra da ponte Golden Gate pode ser meio demais. Primeiro porque são quase três quilômetros de caminhada (sem direito a pegar um ônibus no meio do caminho). E segundo porque o acesso para pedestres só é permitido na pista da direita (pra quem vem de San Francisco). Pegar um ônibus para voltar, portanto, pode ser tarefa árdua, já que atravessar para o lado esquerdo da ponte é um desafio e tanto. O risco é repetir todo o trajeto no sentido contrário, também a pé.



8. Visitar o Taj Mahal
Quem vê fotos do Taj Mahal, na cidade de Agra, pode até ficar tentado a conhecer o imponente mausoléu indiano. A verdade é que essas imagens geralmente escondem aspectos desagradáveis da Índia que estão por toda a volta do monumento. O rio que cheira mal, o calor insuportável, os mendigos, as hordas de turistas por todos os lados…



7. Percorrer a Ilha de Páscoa sem carro
Se um dia você tiver a oportunidade de ir a Rapa Nui, guarde bem essa dica: alugue um carro! A ilha pode até ter lá o seu lado místico, mas quando o assunto é transporte público, fica muito a desejar. Essa falta de infraestrutura pode acabar estimulando o viajante a palmilhar todo o território, um dos lugares “mais cheios de nada” do mundo. Muitas partes, inclusive, não têm nem árvores para oferecer uma sombrinha nos dias mais quentes – e muito menos um barzinho para se refrescar. Além do mais, entre um e outro moai, você pode ter que correr de um dos inúmeros cachorros e vacas que ficam soltos pela ilha.


6. Acampar na Austrália
O país permeia o imaginário de todo aventureiro que se preze, mas muitos não sabem os perigos que correm naquela porção longínqua da Oceania. Entre eles, estão os crocodilos, que podem ser encontrados mesmo em águas rasas, e até tubarões, frequentadores de movimentadas praias australianas. O mochileiro ainda pode se deparar com águas-vivas mortais, sapos venenosos e inúmeras espécies de cobras peçonhentas. Sem contar o risco de ser mordido ou arranhado por um coala ou golpeado por um canguru.




5. Conhecer o carnaval de Veneza
Quem nunca viu aquelas belas fotografias de mascarados navegando em gôndolas no Canal Grande? Elas retratam o famoso carnaval de Veneza, que faz turistas do mundo todo pagarem os olhos da cara para enfrentarem aglomerações e preços exorbitantes. Lembre-se que existem diversos destinos muito mais baratos que oferecem boas opções de lazer nessa época do ano. E que Veneza é linda em qualquer temporada e poderá ser melhor desfrutada sem uma multidão de turistas deslumbrados.



4. Ir a Roma e ver o Papa
A não ser que você esteja em alguma espécie de peregrinação religiosa, evite colocar essa programação em seu roteiro. Ver o Papa costuma exigir que você vá ao Vaticano em um dos dias reservado para a santíssima aparição pública, como as quartas-feiras, quando milhares de pessoas do mundo todo têm a mesma ideia. E para desfrutar um aceno daquele pontinho branco remoooooto, você terá que se juntar à multidão – isso depois de passar por um forte esquema de segurança, que faz o acesso à Praça de São Pedro se parecer mais com a zona de embarque de um aeroporto pós-11 de Setembro.


3. Subir o Corcovado em dia nublado
Você tem pouco tempo no Rio de Janeiro e não quer sair de lá sem conhecer o principal cartão postal da cidade. Afinal, você não pode sair da Cidade Maravilhosa sem posar de braços abertos em frente a uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo Moderno: o Cristo Redentor. Acontece que está nublado. E agora? Insistir na ideia só vai trazer decepção, já que a vista ficará comprometida e existe grande probabilidade de você não conseguir ver nem o Cristo – e acabar tirando uma foto de braços abertos em frente ao nada.



2. Ir ao Louvre para ver a Mona Lisa
Para quem não é grande admirador de arte, visitar o Museu do Louvre quando se tem toda uma Paris a ser explorada a céu aberto já pode ser considerado um erro por si só. Você vai enfrentar longas filas e andar quilômetros para ver obras que lhe dizem pouco ou nada – e que podem ser vistas facilmente pela internet. Pior ainda é ir ao museu em busca da Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci. O quadro é pequeno (77 centímetros por 53 centímetros), o tempo para apreciá-lo é curto e há chances de você só ver cabeças de outros turistas que embarcaram na mesma furada.



1. Passar o réveillon na Times Square
Todos os anos, vemos pela TV o disputado réveillon na Times Square, em Nova York. Pela telinha, porém, não dá para sentir o insuportável frio que faz durante a contagem regressiva, quando desce a famosa bola iluminada (o ápice da noite, diga-se de passagem). As temperaturas nesse momento costumam ficar abaixo de zero. Pouca gente imagina também que é preciso chegar com horas de antecedência à Broadway para conseguir arrumar um lugar – e ali se permanece sem ter nada para fazer. E mais um detalhe (sobretudo para os brasileiros que costumam estourar a tradicional garrafa de champanhe à meia-noite): não é permitido beber na rua.

 
 
Autora: Isadora Pamplona

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