3 de novembro de 2010

Beijos: um, dois ou três?



Trocar beijinhos é um ótimo hábito, mas como tudo na vida, existem algumas coisas que devem ser levadas em consideração antes de qualquer comprimento.

Brasileiros são conhecidos por serem beijoqueiros. Não importa muito se estamos diante de parentes ou semi-conhecidos, o primeiro impulso é cumprimentar a pessoa com um beijo (ou dois, ou três...)

Em geral, depende de seu Estado de origem: em São Paulo dá-se um só; no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, dois; no Nordeste, três!

Mas, apesar de divertida e simpática, essa história de beijar todo mundo abre espaço para algumas dúvidas, como, por exemplo, na hora de cumprimentar o dono da empresa onde a gente trabalha. Beija ou não beija? E o médico que a gente acaba de conhecer no consultório? Beija ou não beija?

O fato é que o mundo globalizado, menos formal, acabou aceitando o beijo como um cumprimento normal, mas, como tudo na vida, tem lá seu ritual... Não que haja uma etiqueta muito rígida para o beijo, mas algumas coisinhas devem ser levadas em consideração.

É sempre o superior hierárquico quem dá o sinal. Se você for apresentado à Presidente da República, por exemplo, é ela quem vai sinalizar se beija ou não; no caso de duas pessoas da mesma idade e situação profissional, é a mulher que mostra se está a fim de cumprimentar com beijo ou se prefere ficar só no aperto de mãos.

Atenção especial quando encontrar um estrangeiro, pois não é sempre que estão acostumados a trocar estalos logo no primeiro encontro. Além disso, os brasileiros costumam beijar primeiro no lado direito do rosto e, depois, no esquerdo. Mas há quem exatamente o contrário, como os italianos, o que pode ocasionar narigadas para lá de constrangedoras.

E vale lembrar: está gripado? Não beije e pronto! Melhor dizer que está doente e não chegar muito perto de ninguém, no fundo, todo mundo quer distância de micróbios. Nada pior do que ver uma pessoa com o horrível cacoete de fungar vir se aproximando para um caloroso beijo.


Gloria Kalil 

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