2 de fevereiro de 2011

Não deixe para depois




Em bom português, procrastinar significa empurrar com a barriga, enrolar, deixar para depois. O hábito de adiar aquilo que não nos agrada ou consideramos cansativo pode estar diretamente relacionado à dificuldade de tomar decisões do que com a nossa personalidade. Se você costuma deixar tudo para última hora, faça um esforço e leia esse artigo agora. Como diz o ditado: nunca deixe para depois o que você pode fazer hoje.

Para muitas pessoas, procrastinar acaba se tornando um modo de vida. Uma conta que fica atrasada, uma visita a um parente doente que fica sempre para depois. A procrastinação nada tem a ver com a personalidade. A personalidade é algo produzido ao longo da vida, não é natural, algo inato. Assim, a procrastinação pode surgir da indecisão e não necessariamente estar ligada à “personalidade fraca”, mas simplesmente a delicadezas de quem procura avaliar todas as consequências de seus atos e indecisões para não ferir ou magoar ninguém.

Além de atrapalhar a vida de quem costuma sempre adiar suas responsabilidades, a procrastinação dificulta a vida de pessoas que, por algum motivo, dependem delas. Entretanto, o mais prejudicado é o próprio “procrastinador”. É claro que ela é ruim para as pessoas que a manifestam. Porém, para as outras que a cercam e dependem de suas decisões e atos, essa falta de atitude perante os compromissos e responsabilidades acaba afetando a vida de quem convive com este tipo de pessoa.

Quanto mais o tempo passa, também fica mais difícil se desvencilhar desse hábito tão ruim. Com a idade, superar essas dificuldades e passar a encarar as atribuições é tarefa árdua, mas com boa vontade é possível. Com o passar do tempo, todas as características adquiridas ao longo da vida podem se radicar mais profundamente nas pessoas, por isso fica mais difícil superá-lo. Porém, só depende da vontade do procrastinador para mudar esse hábito.

O importante para quem está sempre protelando tudo é avaliar o quanto isso afeta a sua vida, e mais, ter a consciência de que, mais cedo ou mais tarde, terá de tomar decisões. O “procrastinador” pode se cercar de pessoas que decidam, não por ele, mas dentro de áreas específicas de atuação que sustentam ou substituam a sua decisão. Pode também criar regras ou procedimentos-padrão que sejam orientadores da decisão a ser tomada. Lembrando que sempre haverá situações que exijam decisão e que muitas vezes apareçam repentinamente.


Maria Fernanda Schardong

Um comentário:

Anônimo disse...

O comentário que fizeste no meu blog e o primeiro parágrafo do teu post me acordou, tens razão...estou deixando pra depois o que poderia fazer agora!
Estava aguardando umas idéias, mas acho, acho não!
Vou coloca-las no papel, ou melhor na tela.
Obrigado!!
És anjo ou não?
Bjos