Já não é de hoje que eu me questiono até quando as crianças vão se dar por satisfeitas ao encontrarem diversos papais noeis, em tamanho, tipos de barba e roupas diferentes espalhados pela cidade. Os bem-intencionados centros comerciais montam suas decorações natalinas e botam lá um bom velhinho de aluguel para tirar fotos com os pirralhos.
Quando eu era pequena, a moda não tinha se espalhado. Ainda. Era algo tão incipiente e mal caracterizado que eu nem dava bola. Sentia o mesmo tédio infantil quando aparecia aquela tia bem intencionada me entregando um presente e dizendo “Papai Noel deixou esse lá em casa para você”. Estava claríssimo para mim que aquele presente fora comprado pela tia bem intencionada. Da mesma forma, eu sabia que o Papai Noel de verdade era aquela entidade mítica e distante que chegava de helicóptero no Maracanã, apoiado num cajado dourado e com um andar bem devagar. Ele sim! Ele era o verdadeiro Papai Noel, aquele que precisava rodar o mundo entregando presentes. Era um senhor tão ocupado e misterioso que eu jamais, em toda minha vida, consegui tirar uma foto ao lado dele.
A foto deste post é um flagrante de Papai Noel em seu lar, no Pólo Norte.
Papai Noel é mágico. Entra na casa das pessoas sem elas verem. Tem que ler cartinhas. Milhares, milhões…em diversos idiomas! É, portanto, um homem culto. Que fala com sotaque. Precisa estudar. Mesmo tendo gnomos para colaborar com sua intensa atividade, ele fiscaliza pessoalmente a confecção dos brinquedos, as compras pela internet e vistoria os pacotes. Precisam estar impecáveis.
Papai Noel cuida também das renas. Ele não entende de mecânica de trenó, mas questiona tudo que é feito. Ele não fica ocioso na praça de alimentação. Esses outros são impostores, que distribuem pirulitos para as crianças achando que elas são bobas de acreditar que Papai Noel teria tempo, às vésperas do Natal, para ficar sentado o dia todo num shopping tirando fotos apenas com crianças brasileiras. Tenha dó. Se nem a mãe tem tempo direito nessa época do ano, imagina Papai Noel!
Alguém tinha que fazer alguma coisa, acabar com essa mentira. Crianças muito pequenas têm medo de ir para o colo do velhinho. As maiores são espertas o suficiente para perceber que aquele senhor é um sósia improvisado do verdadeiro Papai Noel. É um desserviço com a lenda natalina você encontrar Papai Noel no shopping, topar com outro no posto de gasolina e um terceiro, no mesmo dia, distribuindo panfleto no sinal. Não pode, gente.
A roupa legítima do Papai Noel tinha que ser uma espécie de símbolo global, brasão terráqueo, uniforme militar. Não pode sair usando por aí impunemente.
Por essas e outras é que minha filha mais velha passou direto pelo Papai Noel do shopping perto de casa. Como se ele fosse parte da decoração do shopping. Nem ligou. Um dia antes nós tínhamos falado com outro Papai Noel num shopping mais distante. Banalizou total. Só pode ser isso. Que história é essa de Papai Noel ficar dando plantão em shoppings de Brasília? E as crianças do Rio? Da China? De Paris?
Por isso, quando passamos por aquele personagem no corredor do shopping, virei para ela e tentei dar logo uma explicação mais convincente.
“Quer saber? Eu acho que esse aí não é o verdadeiro”
“Eu sei, mamãe, eu sei”.
Tô dizendo…
Quando eu era pequena, a moda não tinha se espalhado. Ainda. Era algo tão incipiente e mal caracterizado que eu nem dava bola. Sentia o mesmo tédio infantil quando aparecia aquela tia bem intencionada me entregando um presente e dizendo “Papai Noel deixou esse lá em casa para você”. Estava claríssimo para mim que aquele presente fora comprado pela tia bem intencionada. Da mesma forma, eu sabia que o Papai Noel de verdade era aquela entidade mítica e distante que chegava de helicóptero no Maracanã, apoiado num cajado dourado e com um andar bem devagar. Ele sim! Ele era o verdadeiro Papai Noel, aquele que precisava rodar o mundo entregando presentes. Era um senhor tão ocupado e misterioso que eu jamais, em toda minha vida, consegui tirar uma foto ao lado dele.
A foto deste post é um flagrante de Papai Noel em seu lar, no Pólo Norte.
Papai Noel é mágico. Entra na casa das pessoas sem elas verem. Tem que ler cartinhas. Milhares, milhões…em diversos idiomas! É, portanto, um homem culto. Que fala com sotaque. Precisa estudar. Mesmo tendo gnomos para colaborar com sua intensa atividade, ele fiscaliza pessoalmente a confecção dos brinquedos, as compras pela internet e vistoria os pacotes. Precisam estar impecáveis.
Papai Noel cuida também das renas. Ele não entende de mecânica de trenó, mas questiona tudo que é feito. Ele não fica ocioso na praça de alimentação. Esses outros são impostores, que distribuem pirulitos para as crianças achando que elas são bobas de acreditar que Papai Noel teria tempo, às vésperas do Natal, para ficar sentado o dia todo num shopping tirando fotos apenas com crianças brasileiras. Tenha dó. Se nem a mãe tem tempo direito nessa época do ano, imagina Papai Noel!
Alguém tinha que fazer alguma coisa, acabar com essa mentira. Crianças muito pequenas têm medo de ir para o colo do velhinho. As maiores são espertas o suficiente para perceber que aquele senhor é um sósia improvisado do verdadeiro Papai Noel. É um desserviço com a lenda natalina você encontrar Papai Noel no shopping, topar com outro no posto de gasolina e um terceiro, no mesmo dia, distribuindo panfleto no sinal. Não pode, gente.
A roupa legítima do Papai Noel tinha que ser uma espécie de símbolo global, brasão terráqueo, uniforme militar. Não pode sair usando por aí impunemente.
Por essas e outras é que minha filha mais velha passou direto pelo Papai Noel do shopping perto de casa. Como se ele fosse parte da decoração do shopping. Nem ligou. Um dia antes nós tínhamos falado com outro Papai Noel num shopping mais distante. Banalizou total. Só pode ser isso. Que história é essa de Papai Noel ficar dando plantão em shoppings de Brasília? E as crianças do Rio? Da China? De Paris?
Por isso, quando passamos por aquele personagem no corredor do shopping, virei para ela e tentei dar logo uma explicação mais convincente.
“Quer saber? Eu acho que esse aí não é o verdadeiro”
“Eu sei, mamãe, eu sei”.
Tô dizendo…
Isabel Clemente
16 comentários:
Lena,
Que façamos desse natal, um momento de reflexão,
Que possamos fortalecer nossa força e nossa fé,
Que humildemente, nos voltemos para o verdadeiro espírito dessa data,
A Ti, um abençoado natal,
Bjkas
Querida amiga hoje venho especialmente para lhe desejar um Feliz Natal e que o novo ano que se aproxima seja repleto de alegria, saúde, paz e amor. “A Melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida.” (autor desconhecido)
Beijinhos
Maria
Olá, querida
Um santo e abençoado Natal junto aos seus queridos!!!
Que o Menino Deus esteja em seu coração plenificando-o de ternura!!!
Bjm natalino
Tem toda razão,Lena. O bom velhinho tem que ter autenticidade.
Uma das minhas piores decepções foi saber que ele não existia de fato, mas de uma maneira muito fria e direta. Imagine... rsrs.
Pois Lena, o que fizeram da festa?
Então lhe desejo um Feliz Natal todo dia,com espirito doador. Um Natal sem fome,sem fartura,mas com pão.
Meu agradecimento pela maravilhosa troca de emoções durante todo ano e que possamos renovar esta magia no Novo Ano.
Meu abraço de paz e luz e muita alegria na familia.
Bju.
Bom dia Lena. Adorei o texto e concordo plenamente com vc. Acabou essa magia do papai noel tão sonhado, virou marketing. Amiga desejo um belo Nata de Paz, Harmonia e Luz pra vc e toda sua familia. Bjos! Feliz Natal!
E eu conheço uma criança que me perguntou:
- Se aqui é tão quente, por que o Papai Noel não relaxa e põe um bermudão e um chinelo pra ficar mais a vontade? Não precisa dessa roupa quente.. isso é pra ele usar lá nos pólos....
Crianças...
Beijinhos Lena e oh oh oh Feliz Natal
Apesar de ausente da blogosfera, talvez de forma permanente, passo por aqui para desejar-te um Feliz Natal.
Abraço
Célia
oi Lena querida,
Papai Noel verdadeiro e autêntico,
é aquele que mora no nosso coração...
nesse acredito até hoje,
seja como for...
beijinhos
Adorei, Lena!
Realmente estão banalizando tudo e isso tá acabando com a magia do mito. Uma pena!!!
Querida, te desejo um Natal abençoado, cheio de alegrias!!!
Bju grande!
Oi Lena!
Gosto muito de passear pelo seu blog!
E hoje tenho que deixar um comentário...
Devidos às comemorações natalinas vou dar um tempinho de internet!
Mas venho aqui deixar um forte abraço e as melhores energias para que o seu Natal seja especial!
Um forte abraço com todo o carinho...
Sheila do Blog Passarinhos no Telhado.
Madeirinha linda, adorei o texto e a foto do flagrante :)
Quando eu era criança tbm num entendia porque o Papai Noel no centro da cidade (porque Lins num tem shopping) ficava distribuindo bala rsrs Já banalizaram tantas coisas que antigamente não eram "coisas" que até o pobre velhinho entrou no meio! Eu sabia que ele morava no polo Norte, então esses genéricos não eram ele rsrs
Ah, adorei ver a Sheila aqui, o blog dela é uma delícia tbm :) e ela é uma querida.
Parabéns pelos 100.000 acessos, já falei lá no FB, mas repito: quando colocamos amor no que fazemos, tudo flui de maneira positiva. E vc é ótima no que faz, minha Estrela madrinha!!
beijocas nas bochechas lindas.
nunca fui fantasioso com relação ao natal
acho q atendencia é as crianças perderem a magia é fato
mas seria bom elas terem o tempo de inocencia por mais tempo
Lena, a melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida. Um ótimo Natal. Muita paz em seu coração!
A banalização acaba com o encanto!
O natal chegou!!!
O melhor momento é quando estamos felizes
E somos sorrisos
É quando doamos o melhor de nós mesmos
Na infinidade do ombro amigo
E o abrigo?
É ser “momento” de poesia.
Um FELIZ NATAL para você.
Seja apenas feliz!!!
Auxiliadora RS (Só pra você)
e
Marcos Alderico (Poesias Partidas)
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