Você conheceu alguém e se
encantou... vai tudo muito bem, muita sintonia, declarações, romantismo, paixão
e você se sente cada vez mais realizada, entregue, certa de que encontrou,
finalmente, uma pessoa com quem vale a pena ficar!
Porém, contudo, no entanto...
quando menos espera, bate a cara contra um muro! Pelo menos, é esta a sensação
que tem ao descobrir que essa tal maravilhosa pessoa, que vive dizendo que a
ama, já tem outra relação. Sim, você é "o estepe"!
Como avaliar a situação
considerando que a relação tem sido realmente especial e intensa? Qual é a
verdade? Por um lado, tudo leva a crer que, de fato, o outro também está
envolvido, interessado e apaixonado. Mas, então, por que não fica com você, e
só com você?
Resumindo: se você está vivendo
um cenário como esse e não se incomoda, então, está tudo certo. Não se fala
mais nisso! Porém, se não está tudo bem, é provável que tenha de se preparar
para uma montanha-russa de pensamentos, sentimentos e decisões. Poucas são as
pessoas com determinação e convicção suficientes para abrir mão de tudo o que
poderia vir a ser e focar somente no que está sendo agora. Isto é, alguém não
está convicto do que quer. E este alguém não é você!
E agora? O que fazer?
Aceitar e continuar tudo como está? Desistir e abrir mão da chance de ser
feliz? Exigir que o outro faça uma escolha, mesmo correndo o risco de ser a
pessoa preterida? Será mesmo que existe o tal poliamor? Qual é o preço que você
está disposto a pagar para ficar com essa pessoa, lembrando que isso pode (e
provavelmente vai) significar dor, tristeza, baixa autoestima, ciúme,
insegurança, desconfiança e profundos conflitos internos?
Realmente, não é fácil se
descobrir parte de um triângulo amoroso, especialmente quando você entrou nele
sem saber. Muitos outros sentimentos vêm à tona, tais como competição, ego,
disputa, comparações, orgulho ferido, raiva, estranhamente mais paixão, medo da
perda, e a atormentadora impressão de que esta é, sim, a última "bolacha
do pacote", e que você precisa fazer de tudo para ser a preferida dela, a
escolhida, a que merece mais que a outra!
Vamos aos fatos! Você sabe
o que quer, não sabe? Quer ficar com esta pessoa, não quer? Já fez sua escolha.
Sente-se maduro o bastante para assumir um compromisso, ser verdadeiro e fiel,
não é? Portanto, quem não sabe o que quer, não consegue escolher e não está
pronto para viver um amor por inteiro é a outra pessoa, certo?
Sendo assim, a reflexão é:
quanto você acredita que merece da vida e do amor? Ser "estepe" é o
bastante? Por que você se deixaria desgastar tanto por alguém que não tem
certeza se quer mesmo ficar com você? E se ele diz que te ama tanto ou mais do
que ama a outra pessoa, por que ela também não pode saber que você existe?
Seria mais justo com todos, não seria?
Enfim, a vida é feita de
escolhas! Sempre! Em todas as áreas, inclusive, a amorosa! Isso é maturidade!
Quem não sabe fazer escolhas é porque não cresceu, emocionalmente falando! Eu,
particularmente, só acredito em poliamor se todos os envolvidos estiverem
cientes, felizes e satisfeitos - o que nunca vi. Nunca!
Estou cada dia mais certa
de que compartilhar a vida com alguém, dedicar-lhe amor e sinceridade e
investir em confiança e aprendizado mútuo é o maior de todos os desafios pelos
quais nós, homens e mulheres, passaremos ao longo de toda a vida! Por isso, que
haja dignidade e integridade neste exercício. E, sobretudo, que saibamos fazer
valer a pena, seja qual for a decisão tomada!
Rosana Braga
2 comentários:
oi Lena,
ah,já passei por isso...
mas afinal quem não passou?
beijinhos
desfiz meu triangulo
como é ruim machucar né?
pior é que as vezes nem remorso sentia
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