A rejeição é uma das
coisas que mais afeta a autoestima. Ainda mais quando acontece durante a
infância, fase em que estamos mais vulneráveis emocionalmente. É nessa fase que
o ser humano aprende gradativamente a se amar através do amor que recebe dos
pais e adultos importantes à sua volta.
O alimento vital para o
fortalecimento da autoestima e amadurecimento gradativo da criança é o amor
incondicional. Entretanto, quando a criança não recebe esse amor e/ou sofre
rejeição, ela interpreta que não tem valor, que tem algo de errado dentro de si
e por isso não é digna de receber amor. "Se nem meus pais me amam, só pode
ser culpa minha por algum defeito que tenho". É essa a distorcida
compreensão infantil.
A criança passa a
desenvolver uma autorrejeição. Não amadurece emocionalmente de forma plena e
carrega marcas de insegurança na sua autoestima que permanecem mesmo depois de
se tornar adulta.
Como a maioria de nós não
recebe amor incondicional de forma adequada e suficiente que consiga suprir a
carência durante a infância, carregamos alguma dose de autorrejeição. O gatilho
da autorrejeição é puxado todas as vezes que alguém nos rejeita. É como se, em
algum nível, ainda estivéssemos tendo a mesma reação infantil de achar que não
temos valor quando alguém demonstra ter ficado insatisfeito conosco. Por isso é
que dói tanto ser rejeitado.
Se estivermos plenamente
amadurecidos emocionalmente, não ficaremos incomodados pelo fato de alguém não
nos aprovar. Entenderemos que esse não é um problema nosso e ficaremos em paz.
Ou seja, a nossa autoaprovação não dependeria da aprovação dos outros.
Buscamos a aprovação das
outras pessoas para que nós mesmos possamos nos aprovar. Isso nos torna
dependentes emocionais, como se ainda fôssemos crianças. Ao sermos aprovados
por alguém, temporariamente sentimos um bem-estar que encobre a nossa
insegurança. A partir daí, buscamos mais e mais aprovação para que possamos
sentir esse alívio, como se fosse um vício.
É por causa desse
mecanismo que muitas pessoas se relacionam de uma forma que parece totalmente
irracional com alguém que as rejeita. Para quem olha de fora é muito fácil
julgar e dizer para um familiar ou amigo que ele deve se afastar de uma
determinada pessoa que só lhe causa sofrimento através da rejeição. Só que esse
comportamento não é guiado pela parte racional.
Quem age dessa forma está
viciado em tentar a buscar a aprovação de quem lhe rejeita, pois enquanto não
ganha essa aprovação, sente que não tem valor. É uma forma infantil de se
comportar que normalmente a pessoa não enxerga. Ela apenas sente um impulso de
buscar a aprovação do outro, que muitas vezes só lhe dá algumas migalhas e a
rejeita na maior parte do tempo. Esse é o caso de algumas mulheres que entram e
permanecem em relacionamentos com homens que as traem e maltratam.
É possível também observar
filhos adultos que desenvolvem esse tipo de relacionamento com os pais. Sempre
são rejeitados, mas continuam fazendo tudo por eles na esperança infantil de
serem aprovados em algum momento.
A rejeição tem o poder de
minar a autoestima de forma tal, que as pessoas ficam escravizadas buscando
aprovação incessante até mesmo de quem nunca será capaz de lhes dar. Ficam
presas na ilusão de que só podem sentir seu próprio valor quando alguém lhe der
valor. O impulso em buscar essa aprovação é tão forte quanto o impulso do
dependente químico pela droga.
Críticas, comparações
negativas, abandono, perda de pessoas importantes, abuso psicológico, físico e
sexual, bullying, indiferença, traições e decepções; tudo isso pode gerar
sentimentos de rejeição. Quando essas coisas acontecem na infância, os danos à
autoestima são maiores devido à imaturidade da criança. E quando a criança
ficar adulta terá bem mais dificuldade de lidar com novos episódios de
rejeição. A dor sentida no momento é sempre somada às feridas que ficaram da
rejeição do passado, amplificando o sentimento.
Entender e descobrir o
poder que tem os eventos de rejeição na nossa vida é importante. Entretanto, o
fundamental é dissolver esses sentimentos para que possamos ficar em paz.
Andre Lima
6 comentários:
Oi Lena,
Muito sério esse assunto da tua postagem, realidade isso e o que é pior,acontece frequentemente com muitas pessoas, crianças então, e é uma pena que muitos ainda não tenham coragem de denunciar esses tipos de abusos, talvez por medo, afinal hoje em dia ninguém mais quer ser comprometido com a verdade e com a justiça e por isso deixa de lado. Que pena!
Bjs querida.
Auxiliadora RS
Muito bem abordado o tema, mas tem gente que ainda acha isso tudo uma bobagem. Parabéns pela forma como tratou do tema.
Muito bem abordado o tema, mas tem gente que ainda acha isso tudo uma bobagem. Parabéns pela forma como tratou do tema.
A rejeição pode literalmente destruir a vida de alguém, especialmente quando acontece na infancia e não é trabalhada.
Olá moça vim de fazer uma visita,parabéns pelo blog o meu tbm tem este fundo já temos algo em comum kkkk,bom gosto vem me fazer uma visita tbm bjs.
http://drea-amigos.blogspot.com.br/
Nossa senhora, parece que de repente vc entrou dentro de mim e m exeu em velhos fantasmas, sempre quiz a aprovação da minha mãe.....mas prefero não me aprofundar no assunto!
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