23 de setembro de 2010

O charme do espumante



Pode ser Natal, Ano Novo, aniversário, casamento, formatura... sendo festa, tem espumante! Até aí, tudo bem, mas tomar espumante e entender, pelo menos um pouquinho, sobre a bebida são coisas bem diferentes!

Os mais secos, chamados de brut e extra-sec, são os que melhor acompanham os pratos salgados, realçando o sabor. Os sec e demi-sec são os adocicados e caem melhor com as frutas e com os doces.

Como a vantagem do espumante é que ele combina com tudo, pode acompanhar carne branca, vermelha, queijo. Por ser um vinho leve, é perfeito para clima quente, não tem geralmente um alto teor alcoólico e sua efervescência dá também um tom de frescor e de festa. Sua boa acidez, frescor e leveza o credenciam para preceder uma refeição, despertando o apetite e acompanhando o tira-gosto.

Além da quantidade de açúcar, os espumantes também se diferenciam pelas uvas usadas, pela região onde ele é produzido e pelo método de fabricação. Para fazer um vinho básico, se fermenta a uva. Se quiser fazer um vinho espumante, precisa fazer aquele vinho passar por uma segunda fermentação, onde se segura o gás carbônico.

No método champenoise - o tradicional e mais custoso - essa segunda fermentação é feita dentro da própria garrafa. Já o método charmat consiste em fermentar o vinho dentro de enormes cubas de aço, hermeticamente fechadas, passando depois a bebida por uma filtragem e um engarrafamento isobárico, que não deixe sair o gás. Porque o charme de um vinho espumante é ter, obviamente, toda aquela espuma, aquele gás natural, que chega até a sua taça.

Mais nobre entre os espumantes, o champanhe é feito, claro, pelo método champenoise. Mas para levar esse nome, ele deve seguir uma série de regras rígidas para sua fabricação. E tem, necessariamente, que ser fabricado na região da Champagne, na França. Todos os vinhos que têm espuma são espumantes. Mas só o vinho espumante produzido na região da Champagne pode se chamar champanhe.

O mesmo ocorre com o prosecco e com o cava. Prosecco é uma denominação específica do Vêneto, no norte da Itália. Já o cava é proveniente de uma região da Espanha. Esses vários nomes são ligados à região de produção e, indiretamente, ao tipo de vinho. Porque no momento em que ele é um champanhe, tem que respeitar as regras da região de Champagne. Para ser um prosecco, deve ser feito pelo método charmat.

O que pode ser uma surpresa para alguns é que os espumantes brasileiros são, sim, considerados de boa qualidade. Eles são os melhores vinhos feitos no Brasil. Na serra gaúcha há produtores excelentes de espumantes. Hoje podemos falar que a melhor qualidade dos nossos vinhos brasileiros fica nos espumantes, desde aqueles produzidos no sul até aqueles produzidos no Nordeste.

A abertura de uma garrafa de espumante é um ritual à parte, pois dispensa o uso de ferramentas especiais, como o saca-rolhas. A rolha do espumante é amarrada por uma gaiola metálica e fica parcialmente exposta, permitindo que seja puxada por essa porção externa. A garrafa deve estar bem fria e não ter sido chacoalhada durante o transporte até a mesa, pois caso contrário uma expulsão explosiva será inevitável. O espocar da rolha, tão celebrado em festas, é tecnicamente indesejável, pois faz com que se perca uma parte do gás carbônico, cujo aprisionamento tanto custou - e que, afinal, é o elemento que faz a diferença entre um vinho tranquilo e um espumante. Assim, ao abrir a garrafa, certifique-se de perder o mínimo possível de pressão - e de não ser atingido pela rolha.

O espumante deve ser servido em taças longilíneas, alongadas, conhecidas como flüte, ou flauta, que devem ser previamente resfriadas e enchidas em duas fases, para que o excesso de espuma não derrame borda afora. Para mantê-lo na temperatura ideal de consumo é recomendável deixar a garrafa dentro de um balde com água e gelo. A garrafa deve ser envolvida com um guardanapo de tecido quando for retirada da água, para que não molhe a mesa ou os convidados.

Pronto! Agora basta servir, observando sempre a temperatura: o espumante é o vinho, dentre todos, que se serve mais frio, entre 6° e 8º C.

Um comentário:

orvalho do ceu disse...

Olá, Lena querida
É PRIMAVERA!!!
Novo tempo!!!
Então, vamos brindar???
É tempo também de cantar com as flores...
Aqui em minha cidade inauguraram uma floricultura... que gente mais original!!!
Sabe, amiga, ouvir música... cantar... me faz pulsar o coração também... Respiro e solto o ar... suspiro... sou feliz!!!
Entoando sempre uma melodia não há FELICIDADE que se acabe...
De repente me surpreendo cantalorando... quando estou em TEMPO TRANQUILO...
Se não, as lágrimas embalam minha piedosa canção...
E agora, nesse tempo temos a presença majestosa das flores...
Um grande abraço primaveril.
Bjs floridos.