3 de junho de 2011

Amantes em busca





Por que, no mundo atual, tornou-se tão difícil encontrar um companheiro ou uma companheira? Antigamente, as coisas não eram assim. Começavam com uma simples troca de olhares. Daí, ou acontecia aquele clique mágico do amor à primeira vista, ou aquela aproximação gradual, que aquece lentamente os sentimentos. A verdade é que a situação não assustava tanto como hoje. Há alguns anos, as pessoas solteiras ou divorciadas eram menos descrentes; seu entusiasmo sem medo criava maiores possibilidades de encontro e permitia que se aproximassem com uma facilidade que parece ter desaparecido.

Como estava ocorrendo uma revolução sexual, pode-se argumentar que havia um deslumbramento com a liberdade recém - descoberta, quer dizer, todos queriam desesperadamente sentir mais prazer e/ou fazê-lo durar mais.

Entretanto, muitas das crenças e expectativas dessa época se transformaram em armadilhas. Durante a revolução sexual, muitos homens e mulheres, em vez de terem se tornado sexualmente liberados, ficaram sexualmente aprisionados. Em vez da sensação de aventura sugerida pelos manuais de sexo, passaram a sentir-se fora de sintonia. Em vez de relaxar, de se entregar, passaram a comparar seu comportamento com aquilo que estava sendo descrito à exaustão nas revistas masculinas e femininas.

Acontece que, de modo geral, os conselhos oferecidos eram simplistas demais para uma das mais complexas experiências da vida. Funcionavam como guias turísticos do tipo Descubra o caminho para a Prazerlândia, esquecendo que, em matéria de sexo, não se pode simplesmente dizer às pessoas: "Experimente", como se estivéssemos falando de um novo sabor de sorvete.

Uma das melhores análises da revolução sexual foi feita por Melvyn Kinder, no seu livro Correndo para Lugar Nenhum. Ele explica que, durante a revolução sexual, se pensou que era bom oferecer-se a todos, porque todos se ofereciam a nós.

Estas ideias não teriam sido tão destrutivas se o contato sexual fosse ou pudesse ser somente divertido, prazeroso, lúdico. Porém, os problemas mais sérios começaram quando as pessoas foram vistas como não sendo normais se não fossem capazes de se envolver em tal "diversão". Em outras palavras, foi dito a homens e mulheres que havia algo errado com eles se pensassem ou se comportassem de modo diferente.

As coisas se complicaram principalmente para as pessoas solteiras, porque se aproximar, vir a conhecer alguém, significava conhecer sexualmente. Nessa época, tornou-se lugar comum pensar em sexo como algo separado dos sentimentos, como se cada um só alugasse seu corpo por algumas horas para sentir prazer e depois de um certo número de orgasmos o outro simplesmente se desmanchasse no ar, desaparecesse como pessoa.

É bom lembrar que antes da revolução sexual os contatos eram mais simples. Para as mulheres, só havia dois tipos de homem: aqueles com quem dormiam (seus maridos) e os com quem não dormiam (todos os outros). Mas de repente as mulheres descobriram homens de cuja existência nem sequer desconfiavam. Havia aqueles com quem tinham vontade de dormir, os com quem dormiam às vezes e aqueles cujos nomes esqueciam. Era o que se chamava "liberdade sexual" .

Nem todas as mulheres aproveitaram esta liberdade, a maioria delas nem experimentou, mas hoje não se pode mais considerar a liberdade sexual como um presente simples e bom do passado. Ficaram várias seqüelas. Por exemplo, a revolução sexual deixou as pessoas confusas com o contraste entre a facilidade de desfrutar um momento de intimidade com alguém e a dificuldade de preservar a intimidade fora e além da cama.

Na verdade, todos aprendemos que leva tempo para conhecer alguém e mais tempo ainda para amar.

Outra sequela foi a questão do dia seguinte. Quando um homem e uma mulher se encaravam depois de um encontro sexual, muitas vezes havia um constrangimento, pois os dois sabiam que não estavam a caminho de uma conexão, mas, ao contrário, avançavam para a desconexão.

Já se fala, atualmente, que a revolução sexual foi uma encruzilhada de ilusões perdidas. Por isso aquela ânsia, aquela sede de liberdade a qualquer preço, está dando lugar a uma aproximação mais lenta, porque sabemos agora que a sexualidade separada do amor cria suas próprias armadilhas.
Maria Helena Matarazzo 


27 comentários:

PauloSilva disse...

Meu Deus. Que texto forte e... verdadeiro! Não sei como era antes mas sei que hoje é tão difícil esse amor!

Um abraço.

chica disse...

Muito lindo ! Interessante de ler! Maria Helena sempre vale a pena!beijos,chica

kiro disse...

Oi Leninha!

Lindo texto. Assino embaixo!

E devo dizer que eu preciso perder um pouco do romantismo enaltecente das ilusões e entrar mais numa ladeira acima que permita essa lentidão e me permita sentir mais prazer no início, sem almejar tanto o durante!!!

=[

Triste, eu sei! Mas a vida ensina e vc ajuda!!!! ^^

Te love, florzinha ♥

Hellen Caroline disse...

"Na verdade, todos aprendemos que leva tempo para conhecer alguém e mais tempo ainda para amar. "
Acredito que viveremos uma vida inteira e não conseguiremos conhecer todas as pessoas que habitam em nossa realidade,talvez seja por isso que esse tão sonhado amor hoje em dia é difícil...
Lindíssimo esse texto viu? Parabéns.
Beijos,Querida Lena!
Uma abençoada sexta-feira pra ti.

MA FERREIRA disse...

Lena..

Sabe..somos muito ansiosos.. Queremos tudo agora.
Queremos sexo, queremos amor.,.aquele sexo selvagem, aquele amor desenfreado, queremos tudo grande..
E acabamos caindo neste mundo de ilusão..
As coisas tem que acontecerem naturalmente.
Pode ter certeza, o amor, que é nosso, nos encontra quando menos esperamos..
Temos aprender a sermos felizes independende do amor romantico. Ele vem na hora certa.. wu wei..deixa acontecer..
bjka carinhosa..
Ma

Meire Oliveira disse...

Lena, minha flor de formosura, podem até me chamar de careta, e chamam, mas sexo só com amor. E confiança que é essencial para rolar algo legal, é preciso um cuidado muito grande nesse ponto, pois a tal da ressaca moral não é nada agradável. O lance é fazer sem culpa, sem medo de ser feliz, não há coisa melhor que se entregar totalmente a quem a gente ama. Adorei o texto, vou até encaminhar para umas pessoinhas que precisam ler isso!!!

Uau, vc comemora seu niver da melhor maneira possível, romântica! Eu já gosto de um bolo de chocolate, bem básico, há vezes que acabo viajando no início de novembro tbm porque tem feriado, mas aí é um pouco depois do meu niver :) Meu big dream é viajar o mundo e quando eu for fazer isso vou pedir dicas pra vc (abusada eu né?!). Quanto ao abraço maior do mundo, o que é seu tá guardado rsrsrs

Estrelinha brilhantérrima, cheguei aos 200 (yay) tem selinho lá para vc, espero que goste, vc é uma das almas irmãs que encontrei por aqui, que enche mio core da mais pura alegria. Amo vc :)
bjokitas e uma linda sexta pra ti.

Paulo Francisco disse...

Adorei o texto!
Estou adorando os comentários.
Volto pra ler mais.
Um beijo grande

mfc disse...

A sexualidade pura e dura, para além do prazer momentâneo cria um vazio que anula aquele prazer!
Tem que passar sempre pelo amor... e aí é o sétimo céu!!

Ingrid disse...

sabe que concordo?.. me lembro que sabíamos quando estávamos namorando,pois o "pretendente" pedia-nos em namoro..
não sei bem se esta "evolução" fez bem ao amor e a busca que todos necessidade..
enfim, é o que temos..
cabe a nós e a cada um buscar o que nos faz bem e felizes!
beijos linda e bom findi.

Calu Barros disse...

Altamente certeiro esse texto.Eu que vivi grande parte desta ebulição toda, mas não tive ação efetiva, me questionava ás vezes se era eu a errada.Mas, logo descobri que escolhi o caminho certo. Sexo é vida quando está à ela ligado;em emoções, afetos, carinhos, cuidados, partilha, parceria e comunhão.
A história da humanidade é rica nos episódios cíclicos que advém dos movimentos sociais. Vemos agora chegar o tempo das justas medidas quanto á liberdade sexual e seus benefícios e malefícios.Ainda bem.
Minha linda, fico comovida com tuas carinhosas palavras. Saiba que vc representa pra mim, dignidade e delicadeza perfeitamente comungadas numa pessoa especial,Lena!
Bjinhos,
Calu

Mariazita disse...

Olá, Lena
Já tenho lido excertos de livros de Maria Helena Matarazzo, de que tenho gostado muito.
Este texto que vc publica confirma a minha boa opinião acerca da psicóloga/socióloga.
Estou perfeitamente de acordo com o que ela escreve.
E penso que, presentemente, os jovens andam muito desorientados no que respeita a sexo exatamente porque os pais, que viveram a revolução sexual, não souberam transmitir-lhes valores que os ajudem a orientar-se.

Bom fim de semana. Beijinhos

ValériaC disse...

Excelente texto voce escolheu Lena...

Creio que toda esta liberação, pós um grande período de repressão, no caso sexual, não teve o resultado esperado, pois de um extremo, se partiu para o outro e a vida em tudo, pede equilibrio...

Além de que cada pessoa tem seu próprio tempo, ninguém é igual a ninguém, portanto, eu particularmente abomino receitas, formulas prontas de como se fazer as coisas, como se relacionar etc... porque viver é experenciar tudo de forma particular.

Posso ser a moda antiga, bom nem tanto rsrsrs, acho que sexo é muito melhor quando há um envolvimento emocional junto.

Beijos amiga...bom fds...
Valéria

Anônimo disse...

Ahh que entrar aqui em seu cantinho Lena, é a certeza de uma leitura deliciosa!... Adoro os temas que você aborda!

Beijocas super em seu coração..
Verinha

Débora Andrade disse...

Para escrever tão maravilhosamente a ponto de emocionar e causar impacto através das palavras, só poderia ser uma pessoa cheia de luz. Helena. Luminosa. Como você, Lena. Sabe, às vezes lamento por ser de uma geração em que as pessoas estão tão distantes umas das outras. Isso, claro, também atinge os amores, os amantes. O que faz com que as pessoas hoje em dia sejam tão 'descrentes', e até mesmo pouco sociáveis, não é, em minha opinião, apenas a falta de confiança, mas também a falta de amor ao outro, e sobretudo, a hiper valorização do eu. O egocentrismo, ou até o comodismo. Acham que esperar que o outro venha é mais vantajoso. Pensam que são melhores, então, o outro é que deveria vir e tentar algo. "Pra quê tirar uma mulher pra dançar? Eu sou o bonitão, então ela que tome a iniciativa, tempos modernos!", me desculpem as mulheres mais modernas que investem, que dão a cantada e que sentam na mesa do bar em que o homem desejado se encontra, mas eu conservo a ideia de que ficar sentada esperando pelo cortejo do homem, é uma característica feminina! Hoje em dia, vemos o homem esperar ser cortejado, paquerado, quem sabe, até beijado. Eu, sinceramente, não tenho vocação para assumir o antigo papel dos homens, já que hoje, nem se sabe mais de quem é esse papel. Acredito que uma mulher pode e até deve mostrar interesse quando está realmente envolvida por alguém, pode beijar, ou atuar como preferir, mas o investimento inicial, não me cabe. Pelo menos, para mim. O deslumbramento sexual ainda está ocorrendo, infelizmente. Não que seja horrível o fato de que as pessoas valorizam o sexo, pelo contrário, é uma peça chave numa relação, mas colocá-lo acima do amor, a ponto de fazê-lo sem nada sentir além do prazer carnal, para mim, já é modernidade demais. Mas esse é um assunto muito polêmico, cada um, cada um.
Acredito até, que depois dessa febre de "experimente a posição da ponte, disso, daquilo", as pessoas deixaram de sentir o prazer que o sexo poderia proporcionar se houvesse uma sintonia entre os parceiros. Além disso, se você faz algo para dizer ao outro que fez, você deve se questionar se não está se tornando escravo não apenas do que fez para impressionar, mas está sendo escravizado também pela rotina que estará, sem perceber, impondo em cima de si mesmo. As pessoas começam a pintar o cabelo de ruivo, é moda, então, quando o cabelo a crescer, pinta-se novamente a raiz de ruivo; logo você se tornará escravo não apenas de um estilo, de um padrão, mas de fazer aquilo para satisfazer, muitas vezes, ao outro. O mesmo é com o sexo. Faz-se para dizer que fez, faz-se de novo para contar da nova posição, faz-se outra vez para manter a imagem viril, e por aí vai. Escravo do sexo e da rotina que acabou sendo imposta por você mesmo.
Algumas mulheres reclamam dos maridos por começarem a dormir de imediato, após uma noite de amor. Deve ser horrível realmente, mas ao menos o marido, este vai estar lá para a próxima de amor, amanhã, logo logo. Imagina o que seria lidar com o fato de depois de uma noite dessas, você parecer que evaporou? Como se o seu corpo, o seu calor, o seu desempenho, fossem um nada?! Acabou, passou, tchau! Eu não conseguiria me adaptar a isso.

Débora Andrade disse...

Fui vista muitas vezes como tradicional, antiquada, conservadora, cafona, uma série de adjetivos que denotam uma visão arcaica, segundo eles. "Como você pode ter namorado por mais de um ano e não ter tido relações sexuais com o seu namorado?" - me perguntou uma amiga um dia desses. Não me arrependo de ter apenas namorado ao ar livre, no banco da praça, no shopping, e ter abandonado a ideia de ficar debaixo dos cobertores. Acho que me sinto até melhor por ter sido assim. Romântica que sou, estaria chorando porque fui de alguém que agora nem é mais meu. Pois é. Cada um é como é.
Tenho amigas que ainda conservam a ideia de se manterem virgens até o casamento, tenho outras que encaram o sexo como algo 'bom demais pra ser verdade, mas já que é, deve ser aproveitado de todas as formas, quantas vezes forem possíveis, enquanto há tempo'. Eu sou do tipo que acredito que há o homem com quem vou dormir, meu marido, e diversos outros, que por mais bonitos, sensuais e inteligentes que possam ser, são apenas os outros. Nada além disso. Liberdade sexual para mim é poder fazer sexo com o meu marido quando eu não me sentir forçada a fazê-lo, mas porque eu quero. É poder fazer amor nos lugares onde eu me sinto à vontade, sem pressão alguma. É encarar o sexo como algo que me liberte e não que me aprisione, como algo que faço para relaxar, para sentir prazer, para me sentir amada, e não por obrigação. Ou por rotina.
Não quero facilidade de desfrutar um momento de intimidade com alguém, terei essa facilidade, mas não com 'alguém', e sim com a pessoa certa. Também não quero a dificuldade de preservar a intimidade fora da cama, porque para mim, a cumplicidade deve existir sob e sobre os lençóis. Eu não demoro muito para amar. Essa é a verdade. Eu amo até que me machuquem, e aí sim, vou ter mais cautela, mas deixar de amar, é um pouco mais difícil que aconteça. Amo em meio ao sofrimento também. Acho que tudo tem o seu tempo. Então, o fato de amar alguém, - e eu amei o meu namorado - não significa que precisamos fazer sexo com ele. A não ser que realmente queiramos. Há quem faça sexo para prender o outro, para que o outro não vá buscar o sexo em outro lugar, mas isso não é amor. Quem se submete a isso, está esquecendo de amar-se. E quem deixa o outro, a quem diz amar, porque não respeita as limitações alheias, também não ama.
Quando penso em sexo, penso em duas pessoas que se tornam uma, não apenas quando estão interligadas carnalmente, mas pelo que os envolve, por serem - ou ao menos deverem ser - uma só alma, também. Acordarem depois de uma noite juntos, levantarem-se e irem cada um para um lado, parece-me um mecanismo, uma função robótica, e não humana. Talvez as pessoas realmente estejam voltando aos antigos valores, a antiga tradição, mas muitos se perderam no caminho dos prazeres, e estão tão condicionados a efetuar atitudes em busca apenas de prazer, que não conseguem mais voltar. Duvido que eles, uma hora ou outra, não queiram ser como os conservadores, como os cafonas, e sentir, um pouco do que é viver e se entregar de corpo e alma a alguém, mas a apenas um alguém.

Amei o texto!
Te desejo um final de semana tão iluminado quanto você.
Beijos mil,
Débora.

Julliany kotona disse...

HOJE EM DIA TA DIFICIL DE ENCONTRA A ALMA GEMEA ACHO QUE AMOR ESFRIO NÃO É MAIS COMO ANTIGAMENTE =/ LINDO POST AMIGA!

Débora Andrade disse...

Lena, estou passando aqui de novo, agora, para responder-lhe o comentário.
A recíproca é verdadeira, pois eu também estou encantada com você. Sua sensibilidade ímpar e o cuidado que tem ao escolher cada postagem, de modo que ela possa falar aos nossos corações, me deixa fascinada. Fico muito feliz por saber que estou agradando e fazendo os outros felizes com o meu modo de agir. É, apego mesmo, só às pessoas. Pode ter certeza que o mais que precisar, também cairá no seu colo. Aos bons amigos, o melhor. E já te sinto como uma boa amiga. Me sinto lisonjeada pelos elogios que me direcionou, e até sem graça, não sei se os mereço, mas me alegro muito porque me vês assim.
Pois é, o bom é que depois da agonia na calada da noite, despertamos para um belo e renovador amanhecer. "Vocês, poetas" não. "Nós, poetas". Você é a própria poesia, singela, tocante e linda. Ah, eu também adoro me relacionar com pessoas que possuem bom humor, e com uma energia tão positiva como a sua. Fico ainda mais feliz por saber que te provoquei boas risadas. É para isso que vivemos, não é?! Para semear o riso! Quanto ao final do que me escreveu: "Minha flor, que a gente mantenha e solidifique nossos laços virtuais.", posso dizer que ao que depender de mim, manteremos contato e solidificaremos sem dúvida alguma os nossos laços virtuais. Deste modo, embora distantes, haverá entre nós, o que está nascendo no agora: Uma amizade bonita e que independe do frente a frente. Virtual, sem deixar de ser real.

Um abraço bem forte, com muito carinho!
Débora.

Peônia disse...

Excelente texto da Maria Helena e aplausos para Melvyn Kinder, ambas tem categoria para lidar com um assunto tão complexo como a sexualidade!
Beijos querida!

Unknown disse...

Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho.

Beijo meu e bom fim de semana.

Vera Lúcia disse...

Oi Lena,
Bem oportuno o texto.
Ainda bem que passou aquela época, quando o sexo era praticado com banalidade e compulsão.

Acredito que os jovens de hoje desfrutam do sexo com mais cautela, embora nem sempre em decorrência de um sentimento de amor.
E nem poderia ser de outra forma, haja vista as consequências decorrentes.

Não se pode dizer o que seria ideal, mas acho a experiência sexual importante para que o casal se conheça plenamente e possa abraçar uma vida a dois com mais confiança.

Beijinho.

Meire Oliveira disse...

Lena, minha preciosa irmã amiga, pensa que eu tive um dia tenebroso hj, cheguei a chorar de nervoso, foi trash!
Mas chegar aqui e ver esse seu lindo rostinho e essas palavras tão docinhas me fez chorar de alegria, de gratidão não só a vc, que tem sido especial no meu dia-a-dia, mas a Deus que permite que aconteça esses pequenos encontros mágicos na nossa vida, até mesmo virtual e nem por isso menos lindo.
Bem como Clarice Lispector dizia, tem sentimentos que não dá para expressar com palavras e bem que a gente tenta, mas é inefável o carinho e a terna e fraterna amizade que sinto por ti!! Eu to tentando transpor em palavras os sentimentos. Mas ai é difícil!
Sabe de uma coisa, te admiro muito estrelinha minha, e se hj eu precisava de um abraço suas belas palavras me abraçaram!! Minha mãe já está assustada porque to chorando e a torneirinha num fecha! rsrsrs posso te falar uma coisa bem, mas beeeeem boba? Eu tenho uma irmã mais nova e sempre quis ter uma irmã mais velha em quem eu pudesse mirar para seguir os exemplos, etc, etc. Achei uma virtual, olha só e ela é linda, de olhos verdes *-* e um coração único, cheinho de coisas boas, de ouro!!
Te amo minha amiga, vc se tornou muito importante pra mim.

Aninha Zocchio disse...

As pessoas têm urgência da felicidade, nos tornamos imediatistas demais, com pouca paciência para esperar acontecer.
Ou finalmente nos valorizamos tanto que esquecemos de pensar no outro para nos acompanhar nas estradas da vida? Ou temos medo de sofrer e nos acabamos em relacionamentos superficiais e quando notamos a vida passou e os valores mudaram, com perdas e danos! Mas enfim a vida continua.
Abraços, ótimo final de semana!

MA FERREIRA disse...

Lena..to curiosa..chegou? se não chegou com certeza chega amanhã..
Como eu faço.. eu respondo aquelas perguntas e posto no meu blog e indico mais cinco?
Faço uma postagem é isso?
Aqui ta um friozinho..
bjkas..

Unknown disse...

Lena


Mais um excelente texto como sempre.
Quanto a mim, essa vontade de saltar de cama em cama, do prazer pelo prazez , do desamor é mais uma moda a que muita mulher aderiu.
As amigas fazem, então bora lá fazer também.
Nem se apercebem que de descartadas, passam a descartáveis.
Quando me divorciei apercebi-me disso mesmo.
"Amigas", que diziam:- agora é que estás bem, goza a vida e não sejas palerma. Vamos para a noite que a noite é nossa.
O conceito de gozar a vida não é igual para todos não...nem se baseia na falta de respeito por nós mesmas!
Essas ditas "amigas", continuam na sua luta desenfreada de procurar o (des)amor numa cama qualquer.
Eu procuro principalmente respeitar-me como mulher, pensem elas o que quiserem.
Devoro sua escrita e dá-me sempre que pensar!

Bom fim de semana, e o meu beijinho!

Luar

SOL da Esteva disse...

Lena

Belo desenvolvimento dum Tema bem actual.
Concordo plenamente com todo o conteúdo e, acrescento: o Amor está confuso entre o verdadeiro Amor/sentimento e o banalizado Amor/sexo.
É corrente ouvir-se a frase:"Fazer Amor", quando deveria dizer-se Fazer Sexo.
O Amor, não se faz. Sente-se e vive-se... ou não!


Bom fim de semana

Beijo

SOL da Esteva
http://acordarsonhando.blogspot.com/

AC disse...

O seu texto tem o condão de tocar numa ferida ainda não sarada.
Há quem queira curá-la da melhor maneira, há quem remexa na carne viva...
Gostei muito, Lena!

Tatiana Kielberman disse...

Estamos sempre em busca de algo que nos eleve a alma...

Que bom!

Beijos!!