Não sei se você já foi
alvo de alguém assim, mas poucas situações são mais tensas e constrangedoras do
que se relacionar ou conviver com uma pessoa que tenta, o tempo todo, te
convencer de que você deveria ser diferente de quem é!
Por meio de críticas,
comentários que subjugam e até de brincadeiras maldosas e sem graça, essa
pessoa -que muitas vezes é a mesma que vive repetindo que te ama- parece querer
provar o quanto você está equivocado por fazer o que faz, dizer o que diz ou
pensar como pensa. Quer que você acredite que não passa de uma fraude!
A primeira pergunta que
poderia ser feita para esta pessoa mal resolvida seria: "então, por que
você continua comigo?". Afinal, se não está satisfeita, que procure alguém
que a satisfaça, não é? Pois é... não, não é! Porque esse tipo de gente se
alimenta exatamente desse tipo de relacionamento: baseado numa dinâmica onde o
objetivo -mesmo que inconscientemente- é minar a autoestima do outro até
fazê-lo sentir-se pequeno, pouco e sem valor.
Agora, a próxima pergunta
seria justamente para quem está com essa pessoa que poderia perfeitamente ser
chamada de "manipuladora", já que se trata de um adjetivo que
descreve aqueles que tentam forjar, controlar e dominar o outro. E a pergunta
seria: por que você está se deixando manipular? Por que está querendo, pelo menos
enquanto continua permitindo esse tipo de relacionamento, ocupar o lugar de
"manipulável". Além disso, no final das contas, manipulador e
manipulável são dois lados de uma mesma moeda. São praticamente
"iguais"!
As razões, tanto para quem
está sendo o manipulador, quanto para quem está sendo o manipulável, podem ser
muitas e particulares. Tem a ver, certamente, com a história de cada um. No
entanto, as duas grandes questões sobre as quais podemos refletir diante dessa
realidade são:
1. Se você é "o manipulável"
e está com alguém que faz isso com você, está por quê? Algum ganho existe nesta
história. Qual é? E para que você precisa desse ganho que, em última instância,
é uma grande perda? Por exemplo: você "ganha" o lugar de vítima para parecer
boazinha, compreensiva e vítima. Mas perde a chance vital de ser melhor e estar
com alguém que enxerga e valoriza suas qualidades. Aliás, perde a chance
soberana de aprender a valorizar a si mesmo!
2. Se você é "o
manipulador" e se alimenta do constrangimento e do sofrimento alheio, faz
isso por quê? Precisa estar diante de alguém que se sinta pior que você para
poder se sentir bem? Esconde sua insegurança atrás da insegurança do outro? Tem
medo de ser trocado e, por isso, tenta convencer o outro de que você é o máximo
e precisa "agradecer" por ter alguém como você ao lado?
Será que não valeria a
pena trocar esses jeitos de funcionar por outros bem mais interessantes, onde
todos pudessem se sentir bem, evoluindo e amadurecendo? Sugiro que em vez de
ocupar lugares tão desgastantes e ineficientes, que todos nós passemos a
desempenhar papeis mais divertidos, tais como os de sedutores e seduzidos, com
consciência e propósito.
Seduzir é encantar,
fascinar, conquistar o outro. Sedução se faz com carinho, desejo, inteligência
e criatividade. E deixar-se seduzir é ter olhos para o belo. É reconhecer o que
o outro faz de bom, é deixar-se ser amado.
Por essas e outras, pare
de tentar manipular a vida e o amor. Pare de tentar manipular as pessoas.
Torne-se um inesquecível sedutor e esteja certo de que a vida, o amor, a pessoa
que você ama e, sobretudo, você serão muito mais leves e felizes!
Rosana Braga
4 comentários:
oi Lena,
não sei se sou,
mas tento ser sedutora...
beijinhos
belo texto Lena..
acho que o manipulador tem a sedução com ele..
sei lá..
beijinhos e linda semana querida!
Lindo texto...Penso que não devemos deixar nos manipular, mas conheço pessoas que são manipuladas e não adianta falar para elas..Estão seduzidas de uma maneira que não conseguem enxergar.Só lamento, nada se pode fazer quando as pessoas não querem abrir os olhos.
Paz e bem
Creio que um pouquinho de cada um faz um pack especial...
Abraço!
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