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4 de fevereiro de 2013

Você é manipulador ou sedutor?




Não sei se você já foi alvo de alguém assim, mas poucas situações são mais tensas e constrangedoras do que se relacionar ou conviver com uma pessoa que tenta, o tempo todo, te convencer de que você deveria ser diferente de quem é!

Por meio de críticas, comentários que subjugam e até de brincadeiras maldosas e sem graça, essa pessoa -que muitas vezes é a mesma que vive repetindo que te ama- parece querer provar o quanto você está equivocado por fazer o que faz, dizer o que diz ou pensar como pensa. Quer que você acredite que não passa de uma fraude!

A primeira pergunta que poderia ser feita para esta pessoa mal resolvida seria: "então, por que você continua comigo?". Afinal, se não está satisfeita, que procure alguém que a satisfaça, não é? Pois é... não, não é! Porque esse tipo de gente se alimenta exatamente desse tipo de relacionamento: baseado numa dinâmica onde o objetivo -mesmo que inconscientemente- é minar a autoestima do outro até fazê-lo sentir-se pequeno, pouco e sem valor.

Agora, a próxima pergunta seria justamente para quem está com essa pessoa que poderia perfeitamente ser chamada de "manipuladora", já que se trata de um adjetivo que descreve aqueles que tentam forjar, controlar e dominar o outro. E a pergunta seria: por que você está se deixando manipular? Por que está querendo, pelo menos enquanto continua permitindo esse tipo de relacionamento, ocupar o lugar de "manipulável". Além disso, no final das contas, manipulador e manipulável são dois lados de uma mesma moeda. São praticamente "iguais"!

As razões, tanto para quem está sendo o manipulador, quanto para quem está sendo o manipulável, podem ser muitas e particulares. Tem a ver, certamente, com a história de cada um. No entanto, as duas grandes questões sobre as quais podemos refletir diante dessa realidade são:

1. Se você é "o manipulável" e está com alguém que faz isso com você, está por quê? Algum ganho existe nesta história. Qual é? E para que você precisa desse ganho que, em última instância, é uma grande perda? Por exemplo: você "ganha" o lugar de vítima para parecer boazinha, compreensiva e vítima. Mas perde a chance vital de ser melhor e estar com alguém que enxerga e valoriza suas qualidades. Aliás, perde a chance soberana de aprender a valorizar a si mesmo!

2. Se você é "o manipulador" e se alimenta do constrangimento e do sofrimento alheio, faz isso por quê? Precisa estar diante de alguém que se sinta pior que você para poder se sentir bem? Esconde sua insegurança atrás da insegurança do outro? Tem medo de ser trocado e, por isso, tenta convencer o outro de que você é o máximo e precisa "agradecer" por ter alguém como você ao lado?

Será que não valeria a pena trocar esses jeitos de funcionar por outros bem mais interessantes, onde todos pudessem se sentir bem, evoluindo e amadurecendo? Sugiro que em vez de ocupar lugares tão desgastantes e ineficientes, que todos nós passemos a desempenhar papeis mais divertidos, tais como os de sedutores e seduzidos, com consciência e propósito.

Seduzir é encantar, fascinar, conquistar o outro. Sedução se faz com carinho, desejo, inteligência e criatividade. E deixar-se seduzir é ter olhos para o belo. É reconhecer o que o outro faz de bom, é deixar-se ser amado.

Por essas e outras, pare de tentar manipular a vida e o amor. Pare de tentar manipular as pessoas. Torne-se um inesquecível sedutor e esteja certo de que a vida, o amor, a pessoa que você ama e, sobretudo, você serão muito mais leves e felizes!

Rosana Braga



7 de novembro de 2010

Culinária e sedução



Adoro cozinhar. Sempre achei verdadeira magia transformar certos alimentos em outros, completamente diferentes. Já fiz amizades do tipo “pra vida toda” ao redor de uma bacia de batatas, devidamente descascadas antes de virarem acompanhamento do almoço. Minha teoria é: quem divide com você, harmoniosamente, o espaço da cozinha serve para partilhar o resto da vida. Ninguém precisa ser chef ou expert em culinária para isso.

Se a teoria tem bases sólidas nas amizades, não há dúvida da sua aplicabilidade na vida amorosa. Considero poucas coisas mais sedutoras do que cozinhar para o ser amado. Não importa se você é mulher ou homem. Há um ritual especial em comprar os alimentos, higienizar, cortar, temperar, cozinhar, esfriar, enfeitar e servir. É alquimia. É generoso. É fascínio. Estamos falando de pura sedução.

De fato, poucas coisas são tão maravilhosas como provar um pouco de molho na palma da mão, sentindo o cheiro de cebola nos dedos, logo acima. E se o seu amor não for capaz de entender isso, ele merece perder muitos, mas muitos pontos por isso. Nada menos do que lavar toda a louça compensa tamanha falha de caráter. Já para o caso de ter a sorte de dividir a vida com alguém com sensibilidade suficiente, deixe que ele experimente o molho no meio da sua mão e que sinta o aroma. E não se esqueça das panelas no fogo, por favor…

Especialmente no mundo feminino, há algo de aromático e voluptuoso quando se prepara um prato para seduzir um homem. Para quem ainda duvida, aconselho assistirem ao filme “Como água para chocolate”. Além da certeza de que a comida é um código de comunicação, o filme narra verdadeiros fenômenos de alquimia em que sentimentos e alimentos convertem-se uns nos outros. Como disse: magia, prazer e sedução.

Confesso a vocês que poucas coisas me inspiram mais compaixão do que ouvir uma amiga dizer as seguintes frases:

- Jamais vou cozinhar para um homem. Vê lá se aceito ser explorada desse jeito! Humph.

Esforço-me para ficar em silêncio e consigo, na maioria das vezes. Sendo alguém que aprendeu amar panos de prato antes de se entender mulher, mantenho, em um canto bem escondido de mim, uma vontade enlouquecida de dividir os segredos de algo que pode ser incrivelmente erótico. Fico segurando a vontade de desmentir essa história de que apenas homem cozinhando é sexy e que mulheres na cozinha só lembram um universo doméstico e sem graça. Como confiar a céticas a sutileza afrodisíaca da sedução culinária? Não paro de pensar no que aconteceria se mulheres bonitas, divertidas e inteligentes conseguissem viver a culinária sem o peso da subserviência, mas com o poder do erotismo feminino. Falta-lhes descobrir que cozinhar dá “tesão em pé de mesa”. Em você. E no homem que a acompanha.

Penso isso tudo, mas também reconheço que, no fundo, Deus sabe o que faz. Mulheres lindas, engraçadas e geniais, se ainda por cima cozinhassem, tornariam-se irresistíveis. Concorrência desleal demais para nós, pobres mortais que, por sorte, mantemos esse fascínio gastronômico como reserva de mercado capaz de atrair nossos apaixonados. Então fica como um segredo entre nós.



Raquel Carvalho