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4 de janeiro de 2011

Um pouquinho sobre o chá


No século 15, o chá tornou-se conhecido também no Ocidente, ganhando diferentes versões. Existem até mesmo escolas que estudam a bebida. A mais famosa da Europa é a Escola do Chá, no bairro de Marais, em Paris.

Assim como os vinhos, os chás também apresentam aromas diferenciados, dependendo da região produtora. Conheça alguns dos mais especiais:

Lapsang Soushong: um chá para os conhecedores, de folha grande, com um aroma ‘‘fumado’’, muito característico. Só existe na China.
Gumpowder: nome que deriva da forma como as folhas são enroladas formando bolinhas. Chá verde tradicional, pálido, contendo menos cafeína do que qualquer outro chá. É o chá verde mais forte que se usa na Europa.
Darjeeling: chá indiano, cultivado a uns 2 mil metros de altitude na cordilheira do Himalaia, muito apreciado pelo seu sabor delicado, agradável a qualquer hora.
Matcha: chá em pó japonês, o preferido para a cerimônia do chá.

Tradicionalmente, o chá está dividido em quatro categorias baseadas na grau de oxidação:

Chá branco: feito a partir da Camellia sinensis, mas cujas folhas são tratadas de forma diferente dos chás tradicionais; são folhas jovens que não sofreram efeitos de oxidação.
Chá verde: a oxidação é parada pela aplicação de calor, quer através de vapor, um método tradicional japonês, ou em bandejas quentes, o método tradicional chinês.
Oolong: a oxidação é parada entre o chá verde e o chá preto.
Chá preto: oxidação total.


Esta classificação está relacionada ao chá preparado com folhas da Camelia sinensis, a verdadeira planta do chá. Dentro de cada uma das categorias, há diversas misturas mais ou menos conhecidas, como o Pekoe, Darjeeling ou Ceilão.

No entanto, existem inúmeras outras plantas que se dedicam à preparação do “chá” ou, mais precisamente, infusões. Também são muito agradáveis ao paladar e tem propriedades medicinais.

O chá é tradicionalmente usado, nos seus países de origem, como uma bebida benéfica à saúde em vários aspectos. Recentemente, estudos têm verificado os efeitos do chá sobre o organismo. Alguns já demonstraram que o chá preto é eficaz como antioxidante e neuroestimulante, tendo sido aplicado em estudos contra o câncer e a epilepsia. E o que chá verde demonstra propriedades músculo-relaxantes, com efeitos sobre a hipertensão e ulceras no aparelho digestivo.

Segundo alguns textos ligados à medicina natural e ao mundo herbáreo, existem alguns chás e infusões que podem aliviar certos tipos de mal-estar.

Dores de cabeça: erva cidreira; camomila; alecriam; salva
Calmantes: Tília; Manjerona; Flor-de-laranjeira
Antifadiga: Tomilho; Alecrim
Dores menstruais: Salsa; Açafrão
Ansiedade: Camomila; Valeriana; Passiflora
Ressaca: Menta; Urtiga
Soluços: Hortelã-pimenta
Problemas Hepáticos: Boldo
Pedras nos Rins: Picão


O valor nutricional do chá (Camellia sinensis) é pouco significativo, mas possui propriedades que auxiliam o bom funcionamento do nosso organismo. O chá é composto por alguns estimulantes como a cafeína podendo por isso acelerar a frequência cardíaca, avivar a mente e facilitar a função respiratória. Os taninos presentes no chá podem impedir uma adequada absorção de ferro, se for tomado à hora das refeições.

Mas talvez a principal qualidade benéfica do chá resida num composto químico denominado por bioflavonóide cuja ingestão elevada atua como um antioxidante forte que reduz o risco de câncer e de doenças cardíacas.

5 de julho de 2010

Chá das cinco




Umas das maiores instituições culturais no Reino Unido é o chá das cinco. Quem no mundo todo não associa imediatamente o chá como um costume tipicamente britânico? O que muito pouca gente sabe é que a popularidade do chá nesse país deve-se em boa parte à portuguesa Catarina de Bragança, que foi esposa do rei Carlos II da Inglaterra e consequentemente rainha dos ingleses, e que trouxe consigo o costume de beber chá.

Já a tradição do afternoon tea é datada de 1830 e creditada à duquesa de Bedford, Anna. A história conta que a nobre sentia fome entre o café da manha e o jantar e, por esse motivo, criou o hábito de tomar chá servido rigorosamente às cinco da tarde. Passou a convidar algumas amigas a acompanhar e rapidamente o costume virou moda entre toda a sociedade. A duquesa nunca soube que seu hábito iria mudar para sempre a vida dos seus súbditos, tornando-se um elemento indissociável da sua personalidade e da sua maneira de ser.

Mas não pense que o hábito parou no simples e puro saquinho de ervas. O ritual envolve muito mais do que apenas a tradicional bebida que o batiza. A ele estão associadas maravilhosas peças de porcelana e prata, além de regras de etiqueta para o serviço de chá e receitas que fazem parte do cardápio como: bolinhos, biscoitos, torradas com manteiga, geléia (marmelade) ou mel, scones (pães doce escoceses), creme Devon ou Devonshire (creme grosso, rico, amarelado, com 60% de nata e sabor doce) muffins, sanduíches (os de pepino são muito apreciados), chá gelado de maçã, coquetéis de frutas, espumantes, sucos e chás de todos os tipos, é claro!

O chá é preparado em um bule de porcelana, e para cada pessoa, acrescenta-se uma folha de chá na água fervida. Essa mistura fica em infusão por alguns minutos, logo após coar e é quase regra o chá ser tomado com leite gelado e açúcar, o que difere um pouco dos costumes brasileiros, mas esse é um costume tão antigo que não vale a pena perder tempo tentando convencer um inglês de que chá é só com água. Dependendo da origem, ele pode ser servido com fatias pequenas de limão, como é o caso das ervas vindas da China. E há uma enorme variedade da bebida: o preto, os cítricos, como o de limão, laranja, amora, os verdes com essências de menta, jasmim e camomila. Para os mais exóticos, há o chá de ervas com infusões.

Esse delicioso costume pode ser conferido em hotéis e casas especializadas da Inglaterra. Mas não pense que é so chegar e sentar, não! É preciso agendar horário para pegar um bom lugar e se deliciar com as maravilhas servidas durante toda a tarde. E para fazer juz à pontualidade britânica, a primeira entrada acontece às 14h e finaliza às 16h, dando início à segunda. Sem agendamento, corre-se o risco de não conseguir lugar.


Edição: Lena